11 de mai. de 2010

[Video] Greve Geral na Grécia

Jueves, 11 de marzo de 2010: los sindicatos griego llamado otra huelga general para presionar al gobierno nacional y el sistema bancario internacional. En Atenas una protesta de cientos de miles de personas se congregaron. Antes de la protesta comenzaron a marchar en el parlamento, la policía antidisturbios golpeó con granadas de choque, porras y escudos y gases lacrimógenos. Las represalias por parte de todos los grupos, incluido el infame Bloque Negro, mostró que controlaban el poder en las calles de Atenas.

[UFSC] Projeto EcoAustral 2010

Convite
A equipe do Projeto EcoAustral 2010, convida você e seus amigos a prestigiar a exposição fotográfica, palestra de apresentação e debate   da utilização da bicicleta como meio de mobilidade sustentável.

EcoAustral é um projeto de caráter sócio-ambiental de iniciativa de um grupo multidisciplinar de estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina em parceria com o Núcleo de Educação Ambiental (NEAmb), que uniram-se pelo comum ideal de transcender seus estudos pela região da Patagônia. Aventuram-se pelo trajeto que sepera as ciadades de Ushuaia ? Argentina e Puerto Montt ? Chile, num total de 2.800km. Munidos de bicicletas como meio de mobilidade e socialização, conheceram práticas de conservação dos recursos naturais, tais como Unidades de Conservação dos quais o Parque Nacional da Tierra del Fuego, Torres del Paine e Los Glaciares;  projetos de desenvolvimento sustentável como o Plan Santiago en Bicicleta; e um projeto vinculado a não violência do nosso planeta conhecido como Patagônia Sin Represas.
 Venha prestigiar uma exposição fotográfica no hall da reitoria da UFSC entre os dias 10 à 15 de Maio e uma palestra  reflexiva na Quarta-Feira dia 12 de maio de 2010 as 19hrs no Auditório da reitoria UFSC.
- Bicicleta e Áreas de Preservação;

- Plan Santiago en Bicicleta;

- Cicloturismo e Ecoturismo;

- Carretera Austral;

- Patagônia Sin Represas.

Contamos com sua presença, para este momento interativo na pretensão construirmos uma sociedade mais justa, igualitária, solidaria e sustentável.

Atenciosamente,

Equipe EcoAustral 2010 ? www.ecoaustral2010.wordpress.com


Mauricio Almeida Faraon
Engenharia de Produção Civil - UFSC

[Textos] O mal-estar na Universidade

*O mal-estar na Universidade*

O abandono da Universidade Cultural e sua substituição pela “Universidade da Excelência” ou do “Conhecimento” dizem respeito à dissolução do papel filosófico e existencial da cultura. Constrangido à pressa e ao atarefamento diário, o ócio necessário à reflexão e à pesquisa é proscrito como inatividade, os improdutivos comprometendo o princípio de rendimento geral.

*Olgária Mattos*

A militarização do campus universitário d a USP e a solução de conflitos através da força atestam o “esquecimento da política”, substituída pela ideologia da competência, entendida segundo o modelo da gestão empresarial, com seu culto da eficiência e otimização de resultados. Também a proposta mais recente da reforma da carreira docente e do projeto da implantação da Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo), respondem, cada qual à sua maneira, à “produtividade”, os acréscimos salariais dos professores subordinando-se ao número de publicações e a seu estatuto— se livro, capítulo de livro, ensaio em revistas, se estas se ajustam ao “selo de qualidade” das agências de financiamento; número de congressos; soma de palestras; orientações de teses e dissertações e, sobretudo, se estas obedecem ao prazo preconizado, tanto mais exíguos quanto mais os estudantes chegam à Universidade desprovidos de pré-requisitos à pesquisa, como um conhecimento adequado do português para fins de leitura e escrita universitária, (guardadas as exceções de praxe), bem como acesso a línguas estrangeiras. De fato, a Universidade se adapta às circunstâncias do ensino médio, e o mestrado pretende contornar as deficiências da formação no ensino médio (e fundamental também), que incidem nos anos de graduação, convertida em extensão do segundo grau.

Professores e estudantes cedem precocemente a publicações, sem que haja nelas nada de relevante, e, ao mesmo tempo, devem freqüentar cursos ou prepará-los, realizar trabalhos correspondentes, desenvolver suas teses - uma vez que a quantidade consagra pontuações para futuras bolsas de iniciação científica ou aprovação de auxílios acadêmicos. Quanto aos docentes, estes se ocupam cada vez mais com tarefas de secretaria, como preenchimento de planilhas, elaboração de relatórios, propostas de inovação em cursos não obstante ainda em vias de implantação, acompanhamento de iniciação científica, organização desses congressos, participação em atividades de iniciativa discente, preenchimento de pareceres on line de um número crescente de bolsistas, e por aí vai. No que diz respeito ao ensino à distância, ele não responde à democratização da Universidade mas a sua massificação.

O abandono da Universidade Cultural e sua substituição pela “Universidade da Excelência” ou do “Conhecimento” dizem respeito à dissolução do papel filosófico e existencial da cultura. Constrangido à pressa e ao atarefamento diário, o ócio necessário à reflexão e à pesquisa é proscrito como inatividade, os improdutivos comprometendo o princípio de rendimento geral. Este encontra-se na base da transformação do intelectual em especialista e da docência como vocação em docência como profissão. O saber técnico é o do expert que transmite conhecimentos sem experiência, cujo sentido intelectual e histórico lhe escapa. Assim como no processo produtivo a proletarização é perda dos objetos produzidos pelos produtores e perda do sentido da produção, a especialização pelo *know how* é proletarização do saber. Por isso o especialista moderno se comunica por fórmulas, gráficos, estatísticas e modelos matemáticos. Foucault reconhece seu primeiro representante em Oppenheimer que enunciou o projeto Mannhathan - que levou à bomba-atômica - em termos simpaticamente técnicos.

A “Universidade do Conhecimento” perverte pesquisa em produção. Quanto à educação à distância, ela não significa um apoio ao conhecimento e seu acesso a regiões distantes, mas sim o fim de toda uma civilização baseada nos valores da convivência, da sociabilidade e da felicidade do conhecimento.

Olgária Mattos é filósofa, professora titular da Universidade de São Paulo