04/02/2010 | |
Evo convoca Conferência Mundial dos Povos sobre o câmbio climático e ois direitos da Mãe Terra O presidente da Bolívia, Evo Morales, convocou a realização, de 19 a 22 de abril, da Primeira Conferência Mundial dos Povos sobre o Câmbio Climático e os Direitos da Mãe Terra, com o objetivo de “analisar propostas em defesa da vida e sobrevivência do planeta”. Para o evento, que será sediado na cidade de Cochabamba, no centro da Bolívia, a 400 km de La Paz, estão sendo convidados governantes, cientistas, representantes dos movimentos sociais e organizações dos povos indígenas em defesa da vida.
De acordo com Carmen Foro, “esta Conferência Mundial dos Povos sobre o câmbio climático e os direitos da Mãe Terra vem num momento essencial, diante do fracasso de Copenhague, onde os países ricos obstaculizaram qualquer avanço, colocando a Humanidade numa encruzilhada”. “Não temos dúvida que sem o compromisso efetivo das nações com o direito à vida, sem o envolvimento e a participação da sociedade nos destinos desta e das futuras gerações, não haverá futuro”, acrescentou Carmen, sublinhando a importância da participação do sindicalismo brasileiro no evento. Abaixo, publicamos na íntegra a Convocação, assinada pelo presidente boliviano Evo Morales. CONVOCAÇÃO Considerando que o câmbio climático representa uma real ameaça para a existência da humanidade, dos seres vivos e de nossa Mãe Terra; como hoje a conhecemos. Considerando o grave perigo que existe para as ilhas, regiões costeiras, geleiras dos Himalayas, os Andes e as montanhas do mundo, os pólos da terra, regiões calorosas como a África, fontes de água, populações afetadas por desastres naturais crescentes, plantas e bichos, e ecossistemas em geral. Evidenciando que os mais afetados pelo câmbio climático serão os mais pobres do planeta que verão destruídos seus lares, suas fontes de sobrevivência e serão obrigados a migrar e procurar refúgio; Confirmando que o 75% das emissões históricas de gases de efeito estufa originaram-se nos países do norte irracionalmente industrializados; Constatando que o câmbio climático é produto do sistema capitalista; Lamentando o fracasso da Conferência de Copenhague por responsabilidade dos países chamados "desenvolvidos" que não querem reconhecer a dívida climática que têm com os países em vias de desenvolvimento, as futuras gerações e a mãe terra; Afirmando que para garantir plenamente o cumprimento dos direitos humanos no século XXI é necessário reconhecer e respeitar os direitos da Mãe Terra; Reafirmando a necessidade de lutar por justiça Climática. Reconhecendo a necessidade de assumir ações urgentes para evitar maiores danos e sofrimento à humanidade, a Mãe Terra e restabelecer a harmonia com a natureza. Seguros de que os povos do mundo, guiados por princípios de solidariedade, justiça e respeito pela vida, serão capazes de salvar à humanidade e a Mãe Terra; e Celebrando o dia internacional da Mãe Terra. O governo do Estado Plurinacional da Bolívia convoca aos povos, movimentos sociais e defensores da Mãe Terra do mundo, e convida aos científicos, acadêmicos, juristas e governos que queiram trabalhar com seus povos à Conferência Mundial dos Povos sobre o Câmbio Climático e os Direitos da Mãe Terra a realizar-se do dia 20 ao dia 22 de abril de 2010 na cidade de Cochabamba, Bolívia. A Conferência Mundial dos Povos sobre o Câmbio Climático e os Direitos da Mãe Terra tem por objetivos: 1. Analisar as causas estruturais e sistêmicas que provocam o câmbio climático e propor medidas de fundo que possibilitem o bem-estar da humanidade toda em harmonia com a natureza. 2. Discutir e acordar um projeto de Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra. 3. Acordar as propostas de novos compromissos para o Protocolo de Kioto, e para projetos de Decisões da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Câmbio Climático que guiarão as ações dos governos comprometidos com a vida, nas negociações de câmbio climático em todos os cenários das Nações Unidas, respeito a: a) Dívida Climática, b) Migrantes - refugiados do Câmbio Climático, c) Redução de emissões, d) Adaptação, e) Transferência de tecnologia, f) Financiamento, g) Bosques e Câmbio Climático, h) Visão compartilhada, i) Povos indígenas, e j) Outros. 4. Trabalhar na organização do Referendum Mundial dos povos sobre Câmbio Climático. 5. Analisar e definir um plano de ação para avançar na constituição de um Tribunal de Justiça Climática. 6. Definir as estratégias de ação e mobilização em defesa da vida frente ao Câmbio Climático e pelos Direitos da Mãe Terra. Bolívia, 5 de janeiro de 2010. Evo Morales Ayma Presidente do Estado Plurinacional da Bolívia |
26 de mar. de 2010
[Evento] II encuentro de Ecología Popular e Integración
Bolívia, de 19 a 22 de abrilgigo
[Vídeo] A sua Cara!
Bem gente, segue um vídeo curtinho (7 minutos) produzido por alunos da 6ª fase de Jornalismo da UFMT. O Programa trata de o povo brasileiro não é representado pela mídia. Vale a pena! Aqui vai o link: http://www.youtube.com/ |
Anna Cristina Xavier
[Evento] I Seminário sobre Contratualização de Serviços Privados pelo SUS em Fpolis
Prezados Colegas,
No dia 27 de março, sábado, das 8h30min as 16h30min no auditório do HEMOSC (Rua Presidente Coutinho, Centro) o Conselho Municipal de Saúde de Florianópolis estará organizando o I Seminário sobre Contratualização de Serviços Privados pelo SUS em Fpolis.
O debate terá a presença de representantes do Ministério da Saúde (Luís Carlos Bolsan e Cláudio Brasil), Secretarias do Estado (Maria Tereza Locks)e Município (José Cândido da Silva), além de um representante do HU/UFSC (Prof. Paraná). Contamos com a presença de todos os interessados em conhecer a realidade do SUS na cidade de Florianópolis e ao mesmo tempo, pensar conjuntamente alternativas públicas para a média e alta complexidade a partir da inclusão da cidade na gestão semi-plena.
Um abraço, Doris.
O debate terá a presença de representantes do Ministério da Saúde (Luís Carlos Bolsan e Cláudio Brasil), Secretarias do Estado (Maria Tereza Locks)e Município (José Cândido da Silva), além de um representante do HU/UFSC (Prof. Paraná). Contamos com a presença de todos os interessados em conhecer a realidade do SUS na cidade de Florianópolis e ao mesmo tempo, pensar conjuntamente alternativas públicas para a média e alta complexidade a partir da inclusão da cidade na gestão semi-plena.
Um abraço, Doris.
[CSO] Conceito e Avaliação Institucional (visita do MEC)
Olá para todas(os).
Em primeiro lugar quero me apresentar, fui estudante do curso de CSO e participei durante bastante tempo do movimento estudantil no curso e na UFSC. Os que me conhecem sabem que estive por aí até neste último semestre como professor de Prática de ensino de Sociologia e Metodologia de Ensino. Atualmente sou responsável pelas disciplinas de Sociologia, Metodologia Científica, Sociologia Rural, Tópicos Especiais em Ciência Tecnologia e Sociedade e Orientações para o Estágio, no Instituto Federal Catarinense-Vid.
Achei muito legal o debate sobre a avaliação do curso de CSO que vocês estão fazendo. Gostaria de apresentar algumas informações no intuito de fomentar mais a discussão.
O que nós conhecemos hoje como avaliação institucional teve suas origens concomitantemente ao desenvolvimento das idéias que denominamos neoliberais. De início o modelo de avaliação pode ser caracterizado como cientificista, ou seja, no que diz respeito a pesquisa e também para o ensino o peso deste instrumento recai na relação entre custos e rendimentos. Aliás esta é uma orientação do Banco Mundial adotada por todos os países periférico e os chamados em desenvolvimento desde os anos 90. Os efeitos transformam-se em comparações entre as instituições universitárias, resultando em classificações que servirão para alocações orçamentárias. Os indicadores passam a considerar:
-tempo médio de conclusão dos cursos;
-custo do aluno;
-número e avaliação dos cursos de pós-graduação;
-aumento anual de vagas preenchidas;
-número de alunos formados;
-proporção de docentes com titulação de mestre e doutor;
-proporção entre professores e estudantes e servidores;
-capacidade de captação de recursos junto às empresas;
Entre outros pontos, creio que estes são suficientes para uma breve caracterização do instrumento que nos avalia.
Muitos outros pontos podem ser levantados, pretendo ir de pouco em pouco alimentando o debate. Por exemplo, será que na medida que determinado instrumento verificador se instala, isto termina por fazer com que os cursos busquem caminhar na direção dos itens avaliados? E isto poderia levar a uma definição externa dos currículos através do instrumento avaliador?
Do pouco que vi nestes dois meses de Instituto Federal (que tb abrirão cursos superiores) já sei que existe uma relação entre os recursos que o Gov. Fed. enviará e a manutenção dos estudantes nos cursos. Todo o tensionamento é no sentido de que os professores façam de tudo para cativar os estudantes e comenta-se bastante a disputa com outras instituições, disputa de mercado mesmo, disputa de estudantes para estar na instituição.
Esta lógica não resolve problemas!! As perguntas ainda não foram respondidas, e são perguntas antigas. Para quê e para quem serve o conhecimento produzido por toda a humanidade?
Esta lenga-lenga pós-moderna de pensar no aqui e agora encontra identidade no pensamento de Keynes que afirmava "no longo prazo todos estaremos mortos" indicando que esta não deveria ser a preocupação fundamental. Discordo, existe passado, existe futuro e o presente interfere nos rumos deste. Podemos não ter força para tamanha modificação, mas, ao menos podemos não compactuar.
Abraços! Dalton
O que nós conhecemos hoje como avaliação institucional teve suas origens concomitantemente ao desenvolvimento das idéias que denominamos neoliberais. De início o modelo de avaliação pode ser caracterizado como cientificista, ou seja, no que diz respeito a pesquisa e também para o ensino o peso deste instrumento recai na relação entre custos e rendimentos. Aliás esta é uma orientação do Banco Mundial adotada por todos os países periférico e os chamados em desenvolvimento desde os anos 90. Os efeitos transformam-se em comparações entre as instituições universitárias, resultando em classificações que servirão para alocações orçamentárias. Os indicadores passam a considerar:
-tempo médio de conclusão dos cursos;
-custo do aluno;
-número e avaliação dos cursos de pós-graduação;
-aumento anual de vagas preenchidas;
-número de alunos formados;
-proporção de docentes com titulação de mestre e doutor;
-proporção entre professores e estudantes e servidores;
-capacidade de captação de recursos junto às empresas;
Entre outros pontos, creio que estes são suficientes para uma breve caracterização do instrumento que nos avalia.
Muitos outros pontos podem ser levantados, pretendo ir de pouco em pouco alimentando o debate. Por exemplo, será que na medida que determinado instrumento verificador se instala, isto termina por fazer com que os cursos busquem caminhar na direção dos itens avaliados? E isto poderia levar a uma definição externa dos currículos através do instrumento avaliador?
Do pouco que vi nestes dois meses de Instituto Federal (que tb abrirão cursos superiores) já sei que existe uma relação entre os recursos que o Gov. Fed. enviará e a manutenção dos estudantes nos cursos. Todo o tensionamento é no sentido de que os professores façam de tudo para cativar os estudantes e comenta-se bastante a disputa com outras instituições, disputa de mercado mesmo, disputa de estudantes para estar na instituição.
Esta lógica não resolve problemas!! As perguntas ainda não foram respondidas, e são perguntas antigas. Para quê e para quem serve o conhecimento produzido por toda a humanidade?
Esta lenga-lenga pós-moderna de pensar no aqui e agora encontra identidade no pensamento de Keynes que afirmava "no longo prazo todos estaremos mortos" indicando que esta não deveria ser a preocupação fundamental. Discordo, existe passado, existe futuro e o presente interfere nos rumos deste. Podemos não ter força para tamanha modificação, mas, ao menos podemos não compactuar.
Abraços! Dalton
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