31 de mar. de 2010

[Textos] Carta aberta dos professores do IUPERJ

Carta aberta dos professores do IUPERJ

Rio de Janeiro, 15 de março de 2010.

Prezados colegas e amigos do IUPERJ,

Voltamos, nós do IUPERJ, a recorrer aos colegas das Ciências Sociais e da Academia em geral. Dirão alguns decerto que se trata da continuada crise que os ocupou em nosso apoio, em momento crítico há seis anos atrás. Sim, é a mesma, só que agravada ao seu mais extremo limite, pois agora o que está em jogo é o encerramento das atividades da instituição.
Nestes últimos anos, a situação da Universidade Candido Mendes, mantenedora do IUPERJ, só fez deteriorar-se. Nos últimos dois anos, não recebemos 9 salários dos 26 devidos e vários direitos trabalhistas não são honrados desde 1999. Em 2010 não temos qualquer perspectiva de que receberemos salários ao longo de todo o ano letivo. Ora, como não temos recursos próprios, que fazer para evitar um desfecho que nos é catastrófico?
Estamos negociando com o Governo Federal, através do Ministério da Ciência e Tecnologia, a formação de uma Organização Social, entidade que propiciaria aporte de recursos públicos, inclusive orçamentários, e privados para o Instituto: trata-se da única alternativa capaz de garantir a sobrevivência institucional. Ocorre, porém, que não são poucos os obstáculos nesse caminho, até mesmo uma argüição de inconstitucionalidade das OS no Supremo Tribunal Federal. Se superados todos os obstáculos, vale lembrar, só alcançaremos resultados tangíveis em 2012, não obstante o apoio manifestado por diversas agências governamentais.
Incerto e longo, o caminho não será percorrido sem o apoio e a solidariedade da comunidade científica, os quais, diga-se a bem da verdade, jamais nos foram negados. O alerta aos poderes públicos só se efetivará de fato com crescentes manifestações de preocupação com o destino do IUPERJ.
O IUPERJ é sua história, o empenho de seus estudantes, funcionários e professores nestes últimos 40 anos; seus programas de Ciência Política e Sociologia, respectivamente com graus 6 e 7 na avaliação da CAPES e ambos totalmente gratuitos; as 281 teses de doutorado e 471 dissertações de mestrado aqui defendidas; o fato de que 41% de seus doutores egressos ensinam e pesquisam em universidades públicas e 23% o fazem em instituições particulares; os 40 doutores do exterior aqui diplomados; os 11 grupos de pesquisa ora cadastrados no CNPq. É por tudo isso que acreditamos numa solução institucional e decidimos iniciar o ano letivo mesmo sem salários.
Queremos continuar a fazer o que sempre fizemos. A instituição é maior que cada um de nós. Tudo faremos para tentar salvá-la, mas nem tudo está ao nosso alcance. Por isso, pedimos, e é este o verbo, o apoio dos colegas.
Adalberto Moreira Cardoso Argelina Maria Cheibub Figueiredo
Carlos Antonio Costa Ribeiro Cesar Augusto C. Guimarães
Diana Nogueira de Oliveira Lima Fabiano Guilherme M. Santos
Frédéric Vandenberghe Gláucio Ary Dillon Soares
Jairo Marconi Nicolau João Feres Júnior
José Maurício Domingues Luiz Antonio Machado Silva
Luiz Jorge Werneck Vianna Marcelo Gantus Jasmin
Marcus Faria Figueiredo Maria Regina S. de Lima
Nelson do Valle Silva Renato de Andrade Lessa
Renato Raul Boschi Ricardo Benzaquen de Araújo
Thamy Pogrebinschi  
Participe do abaixo assinado

Gestão 2010 - Não Iremos Embora!

Dia da Terra Palestina. 30 de março, esse foi o dia da Eleição da nova gestão do Centro Acadêmico Livre de Ciências Sociais. O nome da gestão é NÃO IREMOS EMBORA! 


A gestão é aberta a sua participação. Participe das comissões, dos projetos, das reuniões e das discussões. Contribua na construção de um movimento estudantil crítico e criativo.


O nome surgiu de uma poesia de Tawfic Zayyad, palestino de Nazaré, que e considerado um pioneiro da poesia de resistência. Abaixo podes ler a poesia:


Não iremos embora
Aqui
Sobre vossos peitos
Persistimos
Como uma muralha
Em vossas goelas
Como cacos de vidros
Imperturbáveis
E em vossos olhos
Como uma tempestade de fogo
Aqui
Sobre vossos peitos
Persistimos
Como uma muralha
Em lavar os pratos em vossas casas
Em encher os copos dos senhores
Em esfregar os ladrilhos das
cozinhas pretas
para arrancar
A comida de nossos filhos
De vossas presas azuis
Aqui sobre vossos peitos
Persistimos
Como uma muralha
Famintos
Nus
 
Provocadores
Declamando poemas
Somos os guardiões da sombra
Das laranjeiras e das oliveiras
Semeando as idéias como o
fermento na massa
Nossos nervos são de gelo
Mas nossos corações vomitam fogo
Quando tivermos sede
Espremeremos as pedras
E comeremos terra
Quando estivermos famintos
Mas não iremos embora
E não seremos avarentos com nosso
Sangue
Aqui
temos um passado
E um presente
Aqui
Está nosso futuro.

——


Material da CHAPA

Outros endereços
@sociaisUFSC
Comuna-Orkut das Ciências Sociais da UFSC
Comuna-Orkut do CALCS
Comuna-Orkut dos CAs e DAs de Ciências Sociais do Brasil
Comuna-Orkut do ERECS LONDRINA 2010!

30 de mar. de 2010

[Texto] O Regresso de Bolívar de Miguel Urbano Rodrigues


O REGRESSO DE BOLÍVAR
Miguel Urbano Rodrigues
Bolivar morreu há 172 anos. Não foi possível apagar-lhe da historia o nome. Mas pouco sabem os contemporâneos da sua vida e obra. Daí a surpresa provocada na Europa pela reivindicação do projecto bolivariano pelo venezuelano Hugo Chavez.

Simon BolivarÉ um facto que revolucionários como José Marti e Fidel Castro proclamaram sempre a sua identificação com o ideário do Libertador. Para ambos foi ele o grande pioneiro do combate pela unidade dos povos da América Latina .

Mas só muito recentemente o pensamento político de Bolivar principiou no continente a ser novamente tema de debate entre as novas gerações

Esse prolongado esquecimento do Bolivar pensador e estadista tem uma explicação simples.

Bolivar foi um reformador social revolucionário e um antimperialista consequente, o que incomodava na Colômbia e em toda a América as forças retrogradas que ele, sobretudo nos últimos anos, combateu com coerência e tenacidade.

É esclarecedor que nenhum governo colombiano tenha tomado até hoje a iniciativa de promover a edição e divulgação da obra (completa) do herói máximo das lutas pela independência na América latina.

Liberais e conservadores, ao longo de mais de século e meio, entenderam-se tacitamente em torno de um objectivo comum: incutir no povo a ideia da existência de dois Bolivares. Um, o militar, merecedor do respeito e da gratidão de todos os americanos; o outro, o político, um governante incapaz, incompatível com a democracia, com vocação de tirano. Glorificam o primeiro; satanizam o segundo.

Para a oligarquia da Grande Colômbia (que englobava a Venezuela, o Equador e o Panamá, alem da antiga Nova Granada) Bolivar deveria ter ido para casa quando o ultimo exército espanhol capitulou nos Andes peruanos.

Segundo a historiografia oficial o herói esgotou a sua missão após Ayacucho. Teria morrido para a história. Depois, na visão da oligarquia, nasceu um vilão.

Esse retrato, pintado com as cores do ódio, é fantasista e perverso. A tese dos dois Bolivares não tem pés nem cabeça. Foi forjada para denegrir o reformador social que de 1826 a 1829 se tornou o pesadelo da oligarquia: o libertador dos escravos e dos índios, o defensor dos direitos do povo como sujeito da historia, o pedagogo, o internacionalista, o líder da unidade continental contra a prepotência imperialista.

Todos os detractores de Bolivar — antigos e actuais — coincidem em condená-lo por haver assumido a ditadura em 1828.

É suficiente ler os textos da época para se perceber o conceito de democracia dos legisladores que então invectivaram e combateram Bolívar.

Chamaram-lhe «caudilho dos descamisados», «líder dos debaixo», «chefe da negrada e indiada».

O general Santander, ex-vice-presidente de Bolivar, que se tornou o seu mais implacável adversário, deixou cair a máscara ao acusar o Libertador de desencadear «uma guerra interior na qual ganhem os que nada têm, que sempre são muitos, e que percamos nós, os que temos, que somos poucos».

Essas palavras acabam por funcionar como um boomerang , servindo para justificar a decisão e a política de Bolívar.

Ao regressar a cavalo do Perú a Bogotá, pelos vales e mesetas da cordilheira, Bolivar sofre com o espectáculo da miséria dos povos que havia libertado. Percebe que após anos de uma luta heróica pela independência esses povos viviam ainda pior do que na época da opressão espanhola. Ao transmitir a Santander as reivindicações das populações escreve: «não sei como não se levantaram ainda todos estes povos e soldados ao concluírem que os seus males não vêm da guerra mas de leis absurdas».(1)

Os cinco anos de ausência do Libertador, absorvido no Sul pela guerra contra os espanhóis, foram aproveitados pela nova classe dominante para modelar as estruturas de um Estado cujas instituições haviam sido concebidas para perpetuar e aprofundar a desigualdade social em vez de a reduzir.

Os crioulos ricos e grande parte dos generais, toda uma casta de descendentes dos antigos terratenientes encomenderos peninsulares, exploradores dos índios e comerciantes mobilizaram esforços para defender e ampliar privilégios e acrescentar àquilo que já tinham o poder político que antes era exercido pelos representantes da Coroa. Claro que ao longo da guerra houve clivagens entre essa gente. Mas quando as armas silenciaram, a máscara dos republicanos e monárquicos caiu em pedaços. Convergiram num objectivo: colocar o poder do Estado ao serviço dos seus interesses pessoais. Os legisladores usavam uma fraseologia inspirada em grandes textos da Revolução Francesa e da Revolução Americana. Mas usaram grandes palavras para criar uma «republica aérea», como dizia Bolivar, porque queriam um Estado amorfo e passivo que lhes permitisse ampliar os seus privilégios senhoriais. Não concebiam a Constituição como algo criado para servir o corpo social; era este que deveria funcionar como emanação da lei magna. Bolivar, como Kant, achava que a política deve «dobrar os joelhos perante a moral». E na Colômbia os legisladores pretendiam o contrário. Pensavam e agiam como se a «vontade do povo fosse a opinião deles».

Noutras cartas a Santander, Bolívar escreveu: «Tenho mil vezes mais fé no povo do que nos deputados(...) Jamais um Congresso salvou uma republica»(...) Não conheço outra opção saudável que não seja a de devolver ao povo a sua soberania primitiva, para que refaça o pacto social».

Para agravar a situação o Estado oligárquico havia criado uma administração corrompida e corruptora que Bolivar comparou a sanguessugas que se alimentam com o sangue humano.

O pacote de medidas que se seguiram ao Decreto Orgânico de Agosto de 1828 foi apresentado nos EUA e nas monarquias europeias como espelho da política autocrática de um caudilho tirânico. A imprensa norte-americana intensificou a campanha contra o Libertador, pintando-o como um ditador vingativo e sanguinário. A correspondência trocada então entre o Departamento de Estado e o representante dos EUA em Santa Fé de Bogotá lembra pelo reacionarismo e o cinismo a dos modernos embaixadores norte-americanos na Venezuela ou Cuba no seu dialogo com a sra. Albright.

O que inquietava os governos da Santa Aliança e o nascente imperialismo americano era o conteúdo profundamente democrático e revolucionário das medidas de Bolivar. Elas golpeavam duramente os interesses da oligarquia.

Bolivar utilizou os poderes extraordinários do mandato que assumiu para virar o Estado do avesso. Este deixou de ser o instrumento de defesa e reforço dos privilégios da classe senhorial para ser colocado a serviço dos direitos, liberdades e exigências sociais do povo.

O saneamento da justiça e a punição dos funcionários corruptos foi uma preocupação prioritária. Bolivar começou por reduzir para metade os altos vencimentos dos membros do Congresso e aboliu todos os privilégios que o Estado concedia à Igreja Católica.

A lei que obrigava os índios a prestar serviço militar obrigatório num regime de semi-escravidão foi revogada. De todas as suas medidas revolucionarias a que mais indignou os grandes latifundiários foi aquela que ordenou a devolução aos índios, como seus «legítimos proprietários», das terras de que os seus antepassados haviam sido expulsos pela coroa espanhola, independentemente dos títulos de posse apresentados pelos actuais senhores.

Leis promulgadas para o efeito incentivaram a indústria e o comércio e a elevação das taxas aduaneiras protegeu a produção nacional da livre concorrência com as mercadorias importadas. O monopólio da navegação no rio Magdalena (a grande artéria fluvial do pais) concedido por Santander a um empresário dos EUA foi revogado. A milenária indústria textil dos índios equatorianos foi protegida de forma a poder vestir, se necessário, «toda a América do Sul».

As minas particulares foram nacionalizadas e o Estado concentrou nas suas mãos o monopólio de todas as riquezas do subsolo.

Decretos especiais visaram a protecção da natureza, nomeadamente as florestas e as águas dos grandes rios.

Na área da Educação as faculdades de Medicina de Bogotá, Caracas e Quito foram incumbidas de zelar, em cooperação com as autoridades do Estado, pela preservação das plantas medicinais úteis. Bolivar chegara à conclusão de que o primeiro dever de um governo consistia em proporcionar ao povo uma boa Educaçao, gratuita. O seu mestre e amigo Simon Rodriguez recebeu autoridade e meios para reformar os estabelecimentos escolares existentes e criar outros «nos melhores edifícios», para «todas as crianças de ambos os sexos que em cada departamento estejam em estado de instruir-se em ciências e artes» (gramática, literatura, historia, etc).

O Governo decidiu adoptar os muitos milhares de crianças que haviam ficado órfãs em consequência da guerra .

A Constituição de Cucuta (redigida e imposta pela oligarquia tomando como modelo a norte-americana e as ideias de Jefferson) estabelecia que um cidadão para ser eleitor e elegível tinha de ser proprietário ou possuir um determinado rendimento. O Libertador não aceitou essa discriminação que ampliava a desigualdade. Aboliu-a. Decretou que «Todos os cidadãos são iguais perante a lei e igualmente admissíveis para servir em todos os empregos civis, eclesiásticos e militares».

Dispositivos legais como esse intensificaram as criticas ao «ditador» que promovia «o despotismo da maioria». Bolivar respondeu-lhes com estas palavras:

«O povo é mais sábio que todos os sábios(...) A vontade nacional será o meu guia e nada poderá impedir que me consagre ao seu serviço e de conduzir este povo onde ele quiser».

Seria infindável o rol da legislação bolivariana de caracter progressista promulgada durante os dois breves anos da ditadura que, segundo a direita colombiana, constituiu uma tresloucada agressão à democracia.

Bolívar tinha pressa. Sabia que era curto o seu tempo de vida útil. Sentia a proximidade da morte na ruína de um corpo marcado pelos estigmas de uma vida que pela dureza lembra a dos heróis da mitologia grega. Gastara duas décadas da existência cavalgando e combatendo pelos llanos tropicais, por florestas e pantanais e pelas e altas punas andinas, transpondo com o seu exercito, cada vez mais internacionalista, píncaros de neves eternas que trespassavam o céu.

Viveu o suficiente para assistir, angustiado e já moribundo, afastado do poder, ao desmoronar da sua obra, odiada pelos abutres da oligarquia .

Mas as sementes dela não secaram. Não puderam o medo e a inveja dos inimigos destrui-las. Voltaram a germinar .

Não é por acaso que o venezuelano Chavez submeteu ao seu povo uma Constituição bolivariana e ela foi plebiscitada por uma esmagadora maioria.

Não é por acaso que Fidel Castro desfralda desde a juventude as bandeiras de Bolívar.

Marx era uma criança quando Bolivar se batia pela unidade da América hispânica e índia e antecipava que os Estados Unidos iriam, em nome da liberdade, semear misérias no corpo das jovens republicas. Lenine nasceu quatro décadas após a sua morte.

Era outra no tempo do Libertador a linguagem política. Mas de alguma maneira, a ditadura revolucionaria de Bolivar foi inspirada pelo mesmo espirito humanista e democrático, pelo mesmo amor do povo que levou a Revolução de Outubro de 17 a proclamar a ditadura do proletariado, hoje tão caluniada .

Nunca esqueço que nos regimentos do exército bolivariano que sob o comando de Sucre destruiu em Aycacucho o que restava no Continente do poder imperial da Espanha lutaram, ombro a ombro, colombianos, venezuelanos, equatorianos, peruanos, bolivianos, chilenos e argentinos. Era um exercito internacionalista e revolucionário, como o Libertador.

_________________
(1) Todas as citações deste artigo foram extraídas do livro «Bolivar, el Hombre de América - Presencia y Camino», Juvenal Herrera Torres, Ediciones Convivencias, Medellín, Colômbia, 2000.

[Textos] Cartilha Popular sobre Abordagem Policial


Cartilha Popular sobre Abordagem Policial





                                                                                                         Baixe aqui a Cartilha Popular sobre Abordagem Policial



Cartilha Popular
Por Marianna Araujo - Cidadania - 19/03/2010 12:31


Na tarde do dia 18 de março, cerca de oitenta pessoas entre militantes e moradores do morro Santa Marta se reuniram na estação do Bondinho para o ato delançamento da Cartilha Popular sobre Abordagem Policial. A Cartilha foi idealizada pela organização comunitária e de hip-hop Visão da Favela Brasil, que tem entre seus integrantes o rapper MC Fiell. Fiell, há alguns meses, vem denunciando cenas de abuso de poder por parte da Polícia Militar, que desde dezembro de 2008 ocupa o morro com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Ele explica que a ideia da Cartilha nasceu desses fatos que presenciou, mas também do relato de outros moradores.

O ato de lançamento contou com uma mesa de debateonde estavam presentes (1) o deputado estadual Marcelo Freixo, (2) o líder comunitário Itamar Silva, (3) um representante do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado, Rodrigo Murtinho, (4) o presidente da Associação de Moradores do Santa Marta, José Mário, (5) um representante do Ministério Público, Leonardo Chaves e (6) MC Fiell. O ato se iniciou com uma intervenção do rapper Gas-Pa, do coletivo de hip-hop Lutarmada. Gas-pa cantou e falou sobre a importância dos cidadãos terem acesso à informação para garantia de seus direitos.

Leonardo Chaves e Rodrigo Murtinho reafirmaram ocompromisso tanto do Ministério Público quanto da Defensoria Pública em apoiar os moradores da comunidade nas demandas que têm surgido após a instalação da UPP. Algumas dessas questões não dizem respeito apenas à ação da polícia, mas dos serviços que passaram a ser disponibilizados após o projeto de urbanização, como o fornecimento de luz e água, que, segundo os moradores, às vezes possuem cobranças abusivas.

O deputado Marcelo Freixo, presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALERJ, que apoiou diretamente a realização da cartilha, ressaltou a importância da presença do estado na comunidade, mas ponderou que era importante preservar os direitos dos cidadãos para o pleno exercício da democracia. “Não se promove a paz com decreto. Não há paz sem debate público. E essa cartilha é uma forma de promover isso, um instrumento para colaborar com a democracia”, afirmou.

Durante a mesa, ainda aconteceu uma intervenção do MC Rosendo que cantou o rap “Favela Modelo”, música que a letra faz referência às mudanças que têm ocorrido no Santa Marta. Nas falas que se seguiram, José Mário, Fiell e Itamar Silva, moradores do morro, reiteraram os relatos sobre a falta de participação da população no processo de urbanização e enfatizaram a importância da cartilha para os moradores.


O que a polícia pode e o que não pode


A Cartilha Popular do Santa Marta, que teve tiragem de 3 mil exemplares, contou com apoio de diversos grupos do Rio de Janeiro que tratam do tema direitos humanos, além da ajuda da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da ALERJ e organizações internacionais, como a Anistia Internacional. Durante o ato de lançamento, Fiell explicou que a intenção foi escrever o texto em uma linguagem mais informal e sintética para que a Cartilha atinja seu principal público: os moradores jovens da favela. Assim, o livreto traz esclarecimentos básicos acerca da abordagem policial, informação que todo cidadão deveria ter, pois diz respeito a seus direitos.

Na Cartilha, o morador fica sabendo, por exemplo, quenão é obrigado a portar documentos e que caso não esteja com nenhuma forma de identificação essa não é razão para o policial ameaçar ou mesmo prender o cidadão. Há ainda informações de como se portar nas “duras”, como são conhecidas as revistas policiais, e também sobre os casos de busca dentro das residências. As buscas nas casas são bastante comuns em favelas, muitas vezes sem mandado judicial ou com os conhecidos mandados coletivos. “O mandado coletivo é ilegal, pois cada mandado de busca e apreensão só pode ser dirigido a uma casa”, afirma o texto da cartilha.


Para os casos em que os direitos dos cidadãos expostos no livreto são desrespeitados, a cartilha disponibiliza o contato de organizações que trabalham com direitos humanos na cidade e também dá indicações de como os moradores podem realizar denúncias de abusos. No entanto, como afirmou Itamar Silva do Grupo Eco na mesa de abertura, a intenção da cartilha não é estimular uma crítica à polícia, mas “ampliar o exercício do direito no Santa Marta, pela garantia do acesso à informação e da possibilidade de todos poderem ser cidadãos plenos, poderem andar pelas ruas sem medo”.


Simone Lopes, uma das moradoras presentes no lançamento, afirmou que os casos de abuso policial são pontuais, não são comuns, mas mesmo assim a cartilha se mostra importante como uma forma de garantir os direitos. “É bom para educar e conscientizar os moradores a respeito dos seus direitos. Acaba também alertando a polícia que ela não pode fazer o que quer, mas o que está lei”, afirmou.

Além do ato, os organizadores prepararam uma festa para o lançamento da Cartilha Popular. O evento aconteceu no sábado, dia 20 de março, na Praça do Cantão (Santa Marta) e contou com a presença de artistas locais. Hoje, 24, será realizada uma distribuição por todo o morro, que deverá se iniciar às 16:30h. De acordo com Fiell o horário foi escolhido porque é quando os moradores começam a retornar do trabalho.






http://www.4shared.com/file/246779657/283a0d20/Cartilha_Popular__do_Santa_Mar.html

29 de mar. de 2010

[MACS] CONVOCATÓRIA Fórum Nacional de Executivas e Federações de Curso – FENEX

Fórum Nacional de Executivas e Federações de Curso – FENEX

 CONVOCATÓRIA
 Convocamos por meio desta, a próxima reunião do Fórum Nacional de Executivas e Federações de curso (FENEX) a se realizar em Aracaju – SE nos dias 16, 17 e 18 de abril de 2010, local a confirmar (enviaremos assim que confirmarmos). Tal espaço cumpre com um papel importante de articulação das lutas entre as executivas e federações de curso por todo o país.
Além disso, esse FENEX terá o Seminário do mundo do trabalho como pauta, e é de suma importância que as federações e executivas de curso enviem até o próximo dia 10/04 um texto colocando o acumulo de discussão sobre o tema abordado para que tal espaço cumpra com o objetivo de formulação.  

Este Fórum terá como pautas:
1-      Seminário do mundo do trabalho ( EXNEEF, FEMEH, DENEM )
2-      Boicote ao ENADE/ Avaliação (CONEP, ENESSO, DENEM, FEAB)
3-      Pagas (CONEP, ENECOS, ENESSO)
4-      Opressões – Ponto de formação (ENESSO, FEAB, ENEBIO)

 Programação:


16/04
17/04
18/04
MANHÃ

Mesa I:
Mundo de trabalho e Regulamentação

GD II
Pagas
TARDE

GD I

Sistematização
Opressões
NOITE

Mesa II:
Formação e Universidade

Boicote ao ENADE / Avaliação
-

Assinam essa convocatória : FEMEH, ENECOS, FEAB, ENESSO, DENEM, EXNEEF, ABEEF. 
Estão como observadores: ENEBIO, CONEEG 

Contatos: 
Cleidinho (FEMEH)  cleidsomcarlosarrobagmail.com 
Breno (EXNEEF) (79) 8806 5382  breno-nmarrobayahoo.com.br
Pedrão (ENECOS) (79) 9807 7695 pedraum.hcarrobagmail.com
Giuliana (DENEM) (79) 9812 1867 giuliana.feitosaarrrobayahoo.com.br
Larissa (ENESSO) (79) 9983 0560 Larissab8arrobahotmail.com

[UFSC] O futuro da UFSC em nossas mãos!

28 de mar. de 2010

[Textos] Revista do ANDES-SN abordando o trabalho docente nas IES

REVISTA UNIVERSIDADE E SOCIEDADE da ANDES-SN.
ANO XIX, Número 45. Janeiro 2010.
Tendo como centralidade da análise o trabalho docente nas Instituições de Ensino Superior.

É possivel fazer o download da revista no seguinte link: http://www.andes.org.br/2010/revistas/Universidade%20e%20Sociedade/US45.pdf
 
 
Editorial
 
Aqueles de nós que vivenciamos o cotidiano de nossas universidades públicas, neste ano de 2009, provavelmente, não nos surpreenderemos com o conteúdo dos quatro primeiros artigos deste número de nossa Revista. Afinal, stress, sentimento de não-pertença ou, por outro lado, a alienação docente, em busca, exatamente, do reconhecimento dentro das atuais regras do jogo, e a qualquer custo, são fenômenos cada vez mais recorrentes nas salas e nos corredores da academia. É neste contexto que o desvelamento destes fenômenos e a reflexão quanto às suas causas se tornam importantes, como tarefa típica dos pesquisadores, que todos somos.
A tomada de consciência é o primeiro passo para a ação, bem o sabemos. E a sensação de “normalidade” – “é assim mesmo”; “não tem jeito” –, que o cotidiano inspira, como bem nos alerta um dos artigos que vem em seqüência, é o primeiro dos muitos obstáculos a ser transposto. Outro artigo desperta nossa atenção para o fato de que o “consenso”, que vem tomando conta da sociedade – novamente, “estamos no único caminho possível” – pode ter inspiração em recomendações e intervenções de um grupo de pessoas não tão numeroso, se bem que extremamente influente. A história é boa conselheira e deveria ser levada em devida conta, como nos ensinam pelo menos dois outros artigos que se debruçam sobre o verdadeiro compromisso com as transformações radicais: é preciso ampliar a parcela da intelectualidade que se assume como classe, na defesa dos interesses sociais da imensa maioria dos habitantes deste planeta - explorada e espoliada em seus direitos mais fundamentais.
De forma contundente, outros quatro artigos nos alertam sobre o quanto o atual caminho tomado pelas reformas na Educação Superior já nos afastou dos verdadeiros objetivos. Embora focando a pós-graduação em uma área específica, quem não reconhece, num dos artigos, os traços fundamentais das mazelas que assolam praticamente todas as áreas? Qual é a instituição que ainda se sente à vontade com o rumo que o Ensino à Distância está tomando? Como não enxergar os estragos do REUNI, e de outras expansões sem o devido financiamento, nas universidades públicas? Como não ficar indignado com os verdadeiros propósitos do dito “mestrado profissional”?
Promover a reflexão sobre estas temáticas continua sendo a opção do nosso Sindicato, o ANDES-SN, e a revista Universidade & Sociedade, em particular o presente número, é um dos instrumentos para tal propósito. Propósito este tão mais importante quanto mais forças, não tão ocultas assim, tentam calar sua ação, para que o caminho no rumo de um ensino público massificado, sem qualidade, voltado para os interesses privados, e não para os interesses da população em geral, seja aplainado. A contraposição firme é tão mais necessária nesta época, em que a crise, ao contrário do anunciado, muito provavelmente ainda não se encerrou.
Na seção “Debates Contemporâneos” temos, pois, mais um artigo que, de forma muito didática, nos desvenda mais alguns aspectos da presente crise, ao tempo em que, na mesma seção, outro texto nos mostra a face oculta do cooperativismo, como uma das maneiras de precarização do trabalho, mecanismo também empregado pelo setor mercantil da Educação Superior, conforme denunciado em número recente desta nossa U&S.
Por fim, mais um “Dossiê” contundente, desta vez denunciando a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti), que, ao não ser retirada com o fim do governo provisório, continua agindo como força de pressão a favor de interesses privados, contrários aos da maioria do povo haitiano.

Os Editores

[Evento] Seminário “Geografia e Comunicação” da Revista Discente Expressões Geográficas

Convite,
 
A Revista Discente Expressões Geográficas promove no período 05 a 09 de abril de 2010 o seu 2° Seminário “Geografia e Comunicação”, com ênfase para a atual relação da “Mídia” perante a Produção Científica, as Relações de Poder e a Problemática Ambiental. Durante os cinco dias estaremos debatendo questões quanto a divulgação de informações e conhecimentos científicos relativos à Geografia e áreas afins, objetivando contribuir para as discussões acerca da liberdade, facilidade e alcance do conhecimento da humanidade.
 
A inscrição no seminário é gratuita e aberta a todos os interessados

Programação completa, inscrições e outras informações, acesse:

[Greve] Serra usa polícia secreta infiltrada nos movimentos sociais

SERRA USA POLÍCIA SECRETA INFILTRADA NOS MOVIMENTOS SOCIAIS:A DITADURA VEM AÍ

 

A foto acima, feita ontem durante o conflito entre a polícia política de Serra/PSDB e os professores paulistas acabou por desmascarar as intenções e ações nazifacistas do governador paulista e seus apoiadores.

Em princípio se achou que seria um manifestante, no caso um professor, que estari socorrendo o policial emquestão.

Hoje a mídia dominante informa que era um policial militar à paisana.

Fato grave.

Notem a foto em cima.

Vemos que o policial está de barba, não uma barba de um dia de folga, por exemplo, mas de dias, no mínimo. Sabemos também que policial não pode andar barbado, logo a conclusão que tiramos é que se trata de um policial da P2, a polícia secreta paulista.

Perguntamos então:

O que estava fazendo este militar ali?

Não basta apenas responder que era policial à paisana passando por acaso.

Nem mesmo responder que era um policial à paisana para “observar de dentro” a manifestação, o que já bastaria para um protesto formal dos porfessores e uma indignação dos “defensores da liberdade” da mídia comprada.

MAS, o principal detalhe é a barba!

O policial em questão estava trabalhando dentro do movimento há muito tempo. Sua caracterização, usando barba é a prova concreta e definitiva.

Vemos então, caros leitores, que Serra/PSDB e companhia estão usando táticas totalitárias, para atacar os trabalhadores que “ousam” se organizar e defender seus direitos.

TÃO importante quanto, é o fato de que esta descoberta nos autoriza a pensar:

1. Quantos policiais disfarçados estavam presentes no ato público?

2. Foram eles orientados a iniciar os ataques para justificar a violência?

3.Quantos  policiais estão atualmente infiltrados em sindicatos e no movimento popular. A mando de quem e por que motivo?



Acho que a Assembléia Paulista, se prestasse para algo, visto que engaveta toda CPI contra o PSDB, abrisse uma CPI para esclarecer o que a polícia militar de Serra anda fazendo contra a população.

Estamos diante de um fato muito grave.

A liberdade de cada um de nós está sob ameaça. Este senhor do PSDB, está nos mostrando claramente o que faz e o que fará, contra aqueles que não seguirem suas ordens e desejos.

Ainda há tempo de nos organizarmos e banir este político do mapa.

Ou correremos o risco de viver em uma ditadura acobertada pela mídia.

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27 de mar. de 2010

[Greve] O Valor de um Professor

 Segue a reportagem do Estadão
http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,policia-e-professores-entram-em-confronto-e-16-ficam-feridos,529695,0.htm
Com destaque para :

"Segundo fontes do governo, Serra preferiu não negociar pessoalmente com os professores pois não quer passar a impressão de que esteja cedendo aos manifestantes. "

Professor socorre PM paulista mandado prá atirar no professor que fazia manifestação por melhores condições.
Essa é prá guardar.
Retirada de:
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/03/26/um-classico-da-fotografia/

por Lucimara Domingues

Polícia e professores entram em confronto e 16 ficam feridos

Protestantes jogaram pedras e policiais revidaram com balas de borracha e bombas de efeito moral

26 de março de 2010 | 17h 53

Professor socorrendo policial (foto de Clayton de Souza)
Policial ferida é carregada durante manifestação em frente ao Palácio dos Bandeirantes
Mariana Mantelli, de O Estado de S. Paulo
O confronto entre professores da rede estadual de ensino e a Tropa de Choque da Polícia Militar deixou 16 pessoas feridas, segundo a Polícia Militar. A corporação informou que, desse total, 9 são civis e 7 são da PM. A manifestação terminou por volta das 19h30 desta sexta-feira, 26.
Veja também:
mais imagensFotos do protesto
linkProfessores municipais apresentam reivindicações
O governo de São Paulo informou a representantes dos professores que não negociará reajuste salarial enquanto durar a greve da categoria, que começou no dia 8.
O cruzamento da rua Wagih Assad com a avenida Giovanni Gronchi virou uma praça de guerra. Alguns manifestantes quebraram um vaso da rua e jogaram as pedras nos policiais, que revidaram com balas de borracha e gás de efeito moral. Um policial também chegou a jogar pedras.
No meio da confusão, uma pedra explodiu o vidro do carro do jornal O Estado de S. Paulo.
Os secretários-adjuntos da Casa Civil, Humberto Rodrigues, e da Educação, Guilherme Bueno, receberam dez integrantes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) para uma reunião de 40 minutos no Palácio dos Bandeirantes. Os sindicalistas deixaram a sede do governo sem falar com a imprensa.
Segundo fontes do governo, Serra preferiu não negociar pessoalmente com os professores pois não quer passar a impressão de que esteja cedendo aos manifestantes. O governador e seus assessores avaliam que o movimento é mal visto pela maioria da população.

Confronte entre Professores e Policiais (Foto de Luis Cleber Martines)
Manifestantes entram em confronto com tropa de choque
Os professores da rede estadual de ensino decidiram, por volta das 16h45 desta sexta-feira, 26, manter a paralisação da atividade.
Cerca de 7 mil pessoas participaram da manifestação, segundo a Polícia Militar. Com várias bandeiras da Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da União Nacional dos Estudantes (UNE), muitos manifestantes gritavam frases contra o governo, chamando-o de “intransigente” e “autoritário”.
Esse é o terceiro protesto da categoria. Nas manifestações anteriores, os professores fecharam a Avenida Paulista. No dia 12, o ato reuniu cerca de 12 mil pessoas. No dia 19, outra passeata na mesma região contou com 8 mil.
A classe reivindica reajuste salarial de 34%, incorporação imediata das gratificações e o fim das provas dos temporários e do programa de promoção.

(foto de Eernesto Rodrigues)
Bomba de efeito moral explode durante enfrentamento
“Movimento político”
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação informa que não mudará programas criticados pelo sindicato, como o de Valorização ao Mérito e a criação da Escola Paulista de Professores. Para a secretaria “são esses os programas que estão permitindo melhorar a educação de São Paulo”. Segundo a nota, a greve afeta 1% das escolas estaduais.
O governo voltou a classificar como “político” o movimento da Apeoesp. “O sindicato convocou a greve sem que tivesse tentado nenhuma negociação com a Secretaria da Educação, o que evidencia sua finalidade política”, diz a nota. “A secretaria lamenta a truculência e a violência dos sindicalistas, que nessa semana fizeram baderna até mesmo dentro de um hospital.”
A íntegra da nota:
“Uma comissão de sindicalistas foi recebida por representantes da Secretaria da Educação e da Casa Civil no Palácio dos Bandeirantes. O governo informou que só aceita conversar sobre salários após o fim da greve. A Secretaria da Educação também informou que não vai mudar nenhum dos programas que são combatidos pelo sindicato, como o Programa de Valorização pelo Mérito, que dá aumento de 25% de acordo com o resultado de uma prova; a lei que acabou com a possibilidade de faltar dia sim, dia não; e a criação da Escola Paulista de Professores, com a abertura de concurso para dez mil novas vagas. São esses programas que estão permitindo melhorar a educação de São Paulo, com o Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado tendo melhorado 9,4% em 2009 em relação a 2008. Ainda nesta semana o governo pagou R$ 655 milhões em Bônus por Resultado para 210 mil profissionais da educação.

“A Secretaria informa, ainda, que o movimento da Apeoesp afeta apenas 1% das escolas. O sindicato convocou a greve sem que tivesse tentado nenhuma negociação com a Secretaria da Educação, o que evidencia sua finalidade política. O movimento contesta, também, leis aprovadas na Assembleia Legislativa após amplo debate, o que indica mais uma vez o seu desprezo pelas regras da democracia.

“A Secretaria da Educação lamenta a truculência e a violência dos sindicalistas, que nesta semana fizeram baderna até mesmo dentro de um hospital. A Secretaria considera que a violência é uma tentativa do sindicato de criar um fato político, já que a rede de 5.000 escolas estaduais funciona normalmente.”


(foto Luis Cleber Martines)

Policiais jogaram bombas de efeito moral para dispersar a multidão

Colaboraram Julia Duailibi e Carolina Freitas
Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,policia-e-professores-entram-em-confronto-e-16-ficam-feridos,529695,0.htm. Acesso em: 26 mar. 2010.

[MACS] Carta Convocatória ao PRÉ-ERECS Londrina 2010




Carta Convocatória

Londrina, 19 de março de 2010
Os alunos de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Londrina (UEL) realizarão, nos dias 22, 23, 24 e 25 do mês de Abril do corrente ano, o Pré-Encontro Regional de Estudantes de Ciências Sociais (ERECS – Sul). Evento que acontece anualmente desde a década de 1970 e este ano terá a cidade de Londrina como sede da 22ª edição.
Convocamos todos os estudantes do curso de Ciências Sociais das Universidades do sul do país e ainda contamos com a presença dos convidados especiais das Universidades paulistas: Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (UNICAMP) e Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), para esse encontro tendo como local o espaço do DCE localizado na esquina das ruas Piauí e Hugo Cabral, no centro de Londrina.
Este encontro traz contribuições significativas para o desenvolvimento dos alunos, tanto acadêmico – pelas discussões, palestras e oficinas que promove – quanto pessoal pela vivência que propicia, dando prioridade à construção coletiva das atividades. Além disso, neste ano, pretendemos elaborar um documentário registrando as atividades dos participantes e uma cartilha que pretende reunir os encaminhamentos gerados nas discussões e debates.

Agradecemos desde já a presença de todos.
Atenciosamente,
Comissão Organizadora ERECS – Sul / 2010
(43)9154-0269 – Tatiane
(43) 8432-8911- Jamile
erecs.uel@gmail.com
(————————————————————————————————
DESTINATÁRIO:
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
Curso de Ciências Sociais – UFRGS
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas – IFCH
Av. Bento Gonçalves 9500, Campus do Vale Agronomia – cep 91509-900
Prédio C2, sala 214 Porto Alegre/RS

DESTINATÁRIO:
PUC/RS Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas – A/C Curso de Ciências Sociais
Av. Ipiranga 6681 Prédio 05 – Sala 206
Porto Alegre – RS – Brasil CEP 90619-900

DESTINATÁRIO:
Universidade Federal de Pelotas – UFPEL
A/C Departamento de História e Antropologia
Rua Cel. Alberto Rosa, 14, Centro, Pelotas, RS

DESTINATÁRIO:
Universidade Federal de Santa Maria
Assessoria de Comunicação do CCSH – A/C Curso de Ciências Sociais
Rua Floriano Peixoto, 1184, 2° andar, sala 206
Bairro: Centro CEP: 97015-372 .Santa Maria – RS

DESTINATÁRIO:
Universidade da Região da Campanha
A/C Departamento de Ciências Sociais
Avenida Tupy Silveira, 2099 -CEP: 96400-110
Bagé- RS

DESTINATÁRIO:
Universidade da Região da Campanha
A/C Departamento de Ciências Sociais
Rua General Osório, 522 – CEP: 96571-000
Caçapava do Sul- RS

DESTINATÁRIO:
UNIJUÍ – Universidade Regional
A/C Departamento de Ciências Sociais
Rua 15 de Novembro nº 593, Centro. CEP: 98.700-000 Ijuí – RS

DESTINATÁRIO:
Universidade de Santa Cruz do Sul
A/C Departamento de Ciências Sociais
Avenida Independência, 2293. Bairro Universitário. CEP: 96.815-900
Santa Cruz do Sul-RS

DESTINATÁRIO:
Universidade do Vale do Rio dos Sinos- UNISINOS
A/C Departamento de Ciências Sociais
Avenida Unisinos, 950, bairro Cristo Rei. CEP: 93.022-000. São Leopoldo- RS.

DESTINATÁRIO:
Universidade do Vale do Rio dos Sinos- UNISINOS
A/C Departamento de Ciências Sociais
Rua Luiz Manoel Gonzaga, 744- Bairro Três Figueiras. CEP: 90.470-200. Porto Alegre- RS.

DESTINATÁRIO:
Universidade Regional de Blumenau- FURB
Centro de Ciências Humanas e da Comunicação – CCHC
Rua Antônio da Veiga, 140, bairro Victor Konder – Blumenau / Santa Catarina
CEP: 89012-900- Câmpus 1 – Sala R-109

DESTINATÁRIO
A/C Curso de Ciências Sociais –
Centro de Filosofia e Ciências Humanas –
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC
Campus Universitário – Trindade .CEP 88.040-900 – Florianópolis – Santa Catarina – Brasil

DESTINATÁRIO
A/C Departamento de Ciências Sociais
Universidade Estadual de Maringá – UEM
Avenida Colombo, 5.790- Câmpus Universitário- Bloco G-34 SALA 05.
Maringá- Paraná- Brasil .CEP: 87.020-900

DESTINATÁRIO:
DEPARTAMENTO CHALEC- A/C CURSO DE SOCIOLOGIA
Universidade para o Desenv. do Alto Vale do Itajaí­
Rua Guilherme Gemballa,13, Caixa Postal 193, CEP: 89.160-000, Rio do Sul, Santa Catarina.


DESTINATÁRIO: PUC/PR Pontifícia Universidade Católica do Paraná
A/C CURSO DE SOCIOLOGIA
Rua Imaculada Conceição, 1155
Prado Velho – Curitiba CEP: 80215-901
DESTINATÁRIO:
A/C Departamento de Ciências Sociais
Universidade Federal do Paraná – UFPR
Coordenação do Curso de Ciências Sociais Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes
Rua General Carneiro, 460 – 9º andar – Centro . CEP: 80060-150 – Curitiba – PR

DESTINATÁRIO:
Universidade Estadual de Ponta Grossa
Campus Central – Praça Santos Andrade n° 1- CEP 84.010-919 – Ponta Grossa – Paraná – Brasil

DESTINATÁRIO:
Universidade Estadual de Ponta Grossa
Campus de Uvaranas – Av. General Carlos Cavalcanti, 4748 – CEP 84.030-900 – Ponta Grossa – Paraná – Brasil

DESTINATÁRIO:
Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE
A/C CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CCHS – Centro de Ciências Humanas e Sociais de Toledo
Rua da Faculdade, 645 – Jd. Santa Maria . CEP: 85903-000 – Toledo – Paraná

DESTINATÁRIO:
Universidade Estadual Paulista – UNESP
FACULDADE DE CIENCIAS E LETRAS
DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA, POLITICA , FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
C. P. 174 Rodovia Araraquara – Jaú, km. 1, CEP. 14800-901 – ARARAQUARA – SP

DESTINATÁRIO:
Universidade Estadual Paulista – UNESP
FACULDADE DE CIENCIAS E LETRAS
DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA, POLITICA , FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
Avenida Hygino Muzzi Filho, 737. Caixa Postal 181,CEP: 17.525-900. Marília- São Paulo

DESTINATÁRIO:
A/C CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – FFLCH
Universidade de São Paulo – USP
Rua do Lago, 717 – sala 121 – Cidade Universitária – CEP 05508.900 – São Paulo/SP

DESTINATÁRIO:
A/C DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Caixa Postal 6110
Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP
CEP 13081-970 – Campinas – São Paulo – Brasil

DESTINATÁRIO:
A/C DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
Universidade Federal de São Paulo – Unifesp campus Guarulhos
Estrada do Caminho Velho, 333 Bairro dos Pimentas – Guarulhos-SP – CEP 07252-312

DESTINATÁRIO:
A/C CURSO DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA
Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Unidade General Jardim
Rua General Jardim, 522 – Vila Buarque ,São Paulo – SP CEP:01223-010
Próximo ao Metrô República ou Santa Cecília

DESTINATÁRIO:
A/C CURSO DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA
Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Unidade Cesário Mota Jr.
Rua Dr Cesário Mota Jr, 262 – Vila Buarque São Paulo – SP CEP: 01221-020
Próximo ao Metrô República ou Santa Cecília

DESTINATÁRIO:
PUC/SP Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
A/C Curso de Ciências Sociais
Rua Monte Alegre, 984 – Perdizes – São Paulo – SP

DESTINATÁRIO:
CURSO DE LICENCIATURA EM SOCIOLOGIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
CAMPI ERECHIM
Endereço: Seminário Nossa Senhora de Fátima,
Avenida 7 de Setembro, 1305.
CEP 99700-000 ERECHIM, RS BRASIL

DESTINATÁRIO:
CURSO DE LICENCIATURA EM SOCIOLOGIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
CAMPI CHAPECÓ
Endereço: Antigo Seminário Sagrado Coração, Rua Nereu Ramos S/N
CEP: 89813-000 CHAPECÓ – SC BRASIL

26 de mar. de 2010

[Evento] II encuentro de Ecología Popular e Integración

Bolívia, de 19 a 22 de abrilgigo


04/02/2010
Evo convoca Conferência Mundial dos Povos sobre o câmbio climático e ois direitos da Mãe Terra

O presidente da Bolívia, Evo Morales, convocou a realização, de 19 a 22 de abril, da Primeira Conferência Mundial dos Povos sobre o Câmbio Climático e os Direitos da Mãe Terra, com o objetivo de “analisar propostas em defesa da vida e sobrevivência do planeta”.
Para o evento, que será sediado na cidade de Cochabamba, no centro da Bolívia, a 400 km de La Paz, estão sendo convidados governantes, cientistas, representantes dos movimentos sociais e organizações dos povos indígenas em defesa da vida.
  • Cochabamba sediará evento
Em carta enviada ao presidente da CUT, Artur Henrique, e à secretária Nacional do Meio Ambiente, Carmen Foro, a consulesa da Bolívia no Rio de Janeiro, Shirley Orozco, destacou a relevância do debate sobre o tema e da ação coletiva em defesa da vida, pois é cada vez mais grave a contaminação do ambiente e a emissão de gases que põem em risco populações inteiras. O encontro, ressaltou a consulesa, também pretende aprovar estratégias comuns de ação para a próxima Conferência no México.
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Foto: Cochabamba sediará evento
De acordo com Carmen Foro, “esta Conferência Mundial dos Povos sobre o câmbio climático e os direitos da Mãe Terra vem num momento essencial, diante do fracasso de Copenhague, onde os países ricos obstaculizaram qualquer avanço, colocando a Humanidade numa encruzilhada”. “Não temos dúvida que sem o compromisso efetivo das nações com o direito à vida, sem o envolvimento e a participação da sociedade nos destinos desta e das futuras gerações, não haverá futuro”, acrescentou Carmen, sublinhando a importância da participação do sindicalismo brasileiro no evento.
Abaixo, publicamos na íntegra a Convocação, assinada pelo presidente boliviano Evo Morales.
CONVOCAÇÃO
Considerando que o câmbio climático representa uma real ameaça para a existência da humanidade, dos seres vivos e de nossa Mãe Terra; como hoje a conhecemos.
Considerando o grave perigo que existe para as ilhas, regiões costeiras, geleiras dos Himalayas, os Andes e as montanhas do mundo, os pólos da terra, regiões calorosas como a África, fontes de água, populações afetadas por desastres naturais crescentes, plantas e bichos, e ecossistemas em geral.
Evidenciando que os mais afetados pelo câmbio climático serão os mais pobres do planeta que verão destruídos seus lares, suas fontes de sobrevivência e serão obrigados a migrar e procurar refúgio;
Confirmando que o 75% das emissões históricas de gases de efeito estufa originaram-se nos países do norte irracionalmente industrializados;
Constatando que o câmbio climático é produto do sistema capitalista;
Lamentando o fracasso da Conferência de Copenhague por responsabilidade dos países chamados "desenvolvidos" que não querem reconhecer a dívida climática que têm com os países em vias de desenvolvimento, as futuras gerações e a mãe terra;
Afirmando que para garantir plenamente o cumprimento dos direitos humanos no século XXI é necessário reconhecer e respeitar os direitos da Mãe Terra;
Reafirmando a necessidade de lutar por justiça Climática.
Reconhecendo a necessidade de assumir ações urgentes para evitar maiores danos e sofrimento à humanidade, a Mãe Terra e restabelecer a harmonia com a natureza.
Seguros de que os povos do mundo, guiados por princípios de solidariedade, justiça e respeito pela vida, serão capazes de salvar à humanidade e a Mãe Terra; e
Celebrando o dia internacional da Mãe Terra.
 
O governo do Estado Plurinacional da Bolívia convoca aos povos, movimentos sociais e defensores da Mãe Terra do mundo, e convida aos científicos, acadêmicos, juristas e governos que queiram trabalhar com seus povos à Conferência Mundial dos Povos sobre o Câmbio Climático e os Direitos da Mãe Terra a realizar-se do dia 20 ao dia 22 de abril de 2010 na cidade de Cochabamba, Bolívia.
A Conferência Mundial dos Povos sobre o Câmbio Climático e os Direitos da Mãe Terra tem por objetivos:
   1. Analisar as causas estruturais e sistêmicas que provocam o câmbio climático e propor medidas de fundo que possibilitem o bem-estar da humanidade toda em harmonia com a natureza.
   2. Discutir e acordar um projeto de Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra.
   3. Acordar as propostas de novos compromissos para o Protocolo de Kioto, e para projetos de Decisões da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Câmbio Climático que guiarão as ações dos governos comprometidos com a vida, nas negociações de câmbio climático em todos os cenários das Nações Unidas, respeito a:
      a) Dívida Climática,
      b) Migrantes - refugiados do Câmbio Climático,
      c) Redução de emissões,
      d) Adaptação,
      e) Transferência de tecnologia,
      f) Financiamento,
      g) Bosques e Câmbio Climático,
      h) Visão compartilhada,
      i) Povos indígenas, e
      j) Outros.
   4. Trabalhar na organização do Referendum Mundial dos povos sobre Câmbio Climático.
   5. Analisar e definir um plano de ação para avançar na constituição de um Tribunal de Justiça Climática.
   6. Definir as estratégias de ação e mobilização em defesa da vida frente ao Câmbio Climático e pelos Direitos da Mãe Terra.
Bolívia, 5 de janeiro de 2010.
Evo Morales Ayma
Presidente do Estado Plurinacional da Bolívia

[Vídeo] A sua Cara!

Bem gente, segue um vídeo curtinho (7 minutos) produzido por alunos da 6ª fase de Jornalismo da UFMT. O Programa trata de o povo brasileiro não é representado pela mídia.
 
Vale a pena!
 
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Anna Cristina Xavier