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18 de out. de 2007
[Ocupação] Reitorias ocupadas contra o REUNI
Reitorias ocupadas contra o REUNI | |
As reitorias de quatro universidades federais estão ocupadas contra o REUNI. São elas: UFF UFRJ UFBA : http://www.ocupacaoufba.blogspot.com/ UFPR: forareuni.wordpress email: ufprocupada@ Os estudantes da Ocupação da Reitoria da UFSC dão total apoio a essas ocupações e suas pautas. |
[OCUPA] Ocupação da Reitoria da UFPR
A comissão de comunicação e imprensa da ocupação da Reitoria criou um
blog onde será reportado tudo o que disser respeito à ocupação:
forareuni.wordpress.com
Contato pode ser mantido através do e-mail ou dos telefones abaixo listados.
E-mail: ufprocupada@gmail.com
Telefones: 9154-9967 / 9227-3739
Abaixo se segue o manifesto da ocupação.
Eduardo Perondi
*MANIFESTO DE OCUPAÇÃO DA REITORIA da UFPR *
Nós, estudantes da Universidade Federal do Paraná, declaramos que,
aproximadamente às 14 horas e 40 minutos do dia 17 de outubro de 2007,
ocupamos pacificamente a reitoria de nossa universidade. Nosso ato explicita
nossa posição contrária ao REUNI, decreto presidencial de número 6.096,
publicado a 24 de abril de 2007. Permaneceremos em nossa manifestação até
que:
- o item "REUNI" seja definitivamente retirado das pautas do Conselho
Universitário (COUN);
- que a adesão ou não da universidade ao programa seja decidida
através de um plebiscito deliberativo com toda a comunidade acadêmica, já
que os efeitos afetariam drasticamente todas as categorias – estudantes,
servidores técnico-administrativos e professores.
Os estudantes sempre defenderam a universidade como uma instituição de
direito público, básico e universal. Partindo dessa premissa, reivindicamos
políticas de acesso e permanência à universidade. Entretanto, essas
bandeiras não podem ser confundidas com as metas e índices do governo,
decretados por meio do REUNI, que gera uma falsa democratização da educação
universitária.
Defendemos que o aumento na taxa de diplomação para 90% e o aumento da
relação professor por aluno de graduação para 1 por 18, da maneira como o
decreto institui, implica uma mudança pedagógica que compromete a qualidade
do ensino, bem como inviabiliza a pesquisa e a extensão, que constituem
indissociavelmente a essência da universidade. A submissão das universidades
federais a um programa de metas do governo é inconstitucional, pois fere o
princípio da autonomia universitária, instituído pela Constituição de 1988.
A preocupação com o programa REUNI deve ser compartilhada também pela
sociedade como um todo, já que a universidade pública é a principal figura
na produção e transmissão do conhecimento no Brasil. Ainda que o REUNI
promova o ingresso de mais estudantes, não assegura a qualidade da formação
dos profissionais. Portanto, convidamos a sociedade a se juntar a nossa
luta, especialmente aqueles que pretendem ingressar em uma universidade
pública.
Questionamos a representatividade do Conselho Universitário, que é composto
em 70% por professores e em apenas 30% por servidores e estudantes. Os
estudantes formam a maior parte da comunidade acadêmica. Todavia, a votação
no COUN não é nem mesmo paritária.
Cabe a todo estudante lutar para que o Estado realmente invista na expansão
qualitativa e quantitativa das universidades públicas e na assistência
estudantil. Precisamos fazer com que esse decreto saia da pauta do COUN e
que a decisão seja tomada de forma democrática por toda a comunidade
acadêmica.
blog onde será reportado tudo o que disser respeito à ocupação:
forareuni.wordpress.com
Contato pode ser mantido através do e-mail ou dos telefones abaixo listados.
E-mail: ufprocupada@gmail.com
Telefones: 9154-9967 / 9227-3739
Abaixo se segue o manifesto da ocupação.
Eduardo Perondi
*MANIFESTO DE OCUPAÇÃO DA REITORIA da UFPR *
Nós, estudantes da Universidade Federal do Paraná, declaramos que,
aproximadamente às 14 horas e 40 minutos do dia 17 de outubro de 2007,
ocupamos pacificamente a reitoria de nossa universidade. Nosso ato explicita
nossa posição contrária ao REUNI, decreto presidencial de número 6.096,
publicado a 24 de abril de 2007. Permaneceremos em nossa manifestação até
que:
- o item "REUNI" seja definitivamente retirado das pautas do Conselho
Universitário (COUN);
- que a adesão ou não da universidade ao programa seja decidida
através de um plebiscito deliberativo com toda a comunidade acadêmica, já
que os efeitos afetariam drasticamente todas as categorias – estudantes,
servidores técnico-administrativos e professores.
Os estudantes sempre defenderam a universidade como uma instituição de
direito público, básico e universal. Partindo dessa premissa, reivindicamos
políticas de acesso e permanência à universidade. Entretanto, essas
bandeiras não podem ser confundidas com as metas e índices do governo,
decretados por meio do REUNI, que gera uma falsa democratização da educação
universitária.
Defendemos que o aumento na taxa de diplomação para 90% e o aumento da
relação professor por aluno de graduação para 1 por 18, da maneira como o
decreto institui, implica uma mudança pedagógica que compromete a qualidade
do ensino, bem como inviabiliza a pesquisa e a extensão, que constituem
indissociavelmente a essência da universidade. A submissão das universidades
federais a um programa de metas do governo é inconstitucional, pois fere o
princípio da autonomia universitária, instituído pela Constituição de 1988.
A preocupação com o programa REUNI deve ser compartilhada também pela
sociedade como um todo, já que a universidade pública é a principal figura
na produção e transmissão do conhecimento no Brasil. Ainda que o REUNI
promova o ingresso de mais estudantes, não assegura a qualidade da formação
dos profissionais. Portanto, convidamos a sociedade a se juntar a nossa
luta, especialmente aqueles que pretendem ingressar em uma universidade
pública.
Questionamos a representatividade do Conselho Universitário, que é composto
em 70% por professores e em apenas 30% por servidores e estudantes. Os
estudantes formam a maior parte da comunidade acadêmica. Todavia, a votação
no COUN não é nem mesmo paritária.
Cabe a todo estudante lutar para que o Estado realmente invista na expansão
qualitativa e quantitativa das universidades públicas e na assistência
estudantil. Precisamos fazer com que esse decreto saia da pauta do COUN e
que a decisão seja tomada de forma democrática por toda a comunidade
acadêmica.
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