Relato do CEB
Aproveitando alguns momentos antes de me jogar na sol da praia para contar como foi o ceb autoconvocado da sexta feira... foi longo so isso posso dizer... foram poucas as vezes que vi uma reuniao de ceb tao cheia...epocas de eleicao ninguem fica parado, fique dito... em fim foram 2h30m de uma reuniao cheia de falas carregadissimas com o peso eleitoreiro devido as partes envolvidas... foi uma discussao tendenciosa desde o inicio para algo que mais parecia uma roleta russa.. quem começaria a brincadeira... marino o relatado , que pertence a gestao boas novas e apoiador da rosa dos ventos ou a comissao eleitoral que precisaria explicar todas suas acoes desde o ocorrido, ja que esta estava sendo julgada pelos seus atos,ao expor o relatado a toda a comunidade academica Esta brincadeira de roleta russa ate o inicio das duas falas foram quase 40 minutos de um ar seco de poucos espaços para respiro entre as forças que arquitetavam o inicio do jogo de xadrez. Pelo cansaço e nao muito por tatica o relatado marino começou a falar e posteriormente a comissao eleitoral. Apos as explicacoes de ambas as partes as ´peças ja estavam posicionadas dentro da sala de reunioes.A briga para saber quem teria suas peças ainda em jogo para enfraquecer e anular o jogo eleitoral nao deu conta de medir as forças, mas deixou visivel quais sao as forças e de que jeito elas se movimentam dentro do tabuleiro.Nao existiu consenso entre as interpretacoes das regras, entao aquele jogo ja nao tinha mais possibilidades de continuar sendo jogado, voltando assim os exercitos para a frente de batalha nas campanhas eleitorais... Ficou afirmado entre as partes o envio da ata desta reuniao para que a comunidade academica fica-se sabendo do empate forçado pelo tempo e conndicoes ,estando presente nesta ata a fala explitcativa de marino, da comissao eleitoral e dos demais ca´s que se aglutinavam entre as varias forças ali presentes..
obs: para quem nao entendeu o que falei sobre o ocorrido que foi discutido, leia as cartas da comissao eleitoral mandou para todos os estudantes (segue carta abaixo)
Bom dia
Favor divulgar comunicado da comissão eleitoral do Diretório Central dos Estudantes da UFSC.
Att,
Comissão Eleitoral do DCE da UFSC
Comunicado da Comissão Eleitoral – 26/10/10
Nós, da Comissão Eleitoral para o DCE da UFSC, viemos a público através deste nos posicionarmos sobre fatos ocorridos na última semana.
No último dia 20 de outubro de 2010, o integrante da antiga gestão do DCE Canto Geral, Marino Mondek, foi flagrado no interior da sede do DCE com posse de uma das suas chaves. Esse fato ocorreu sem o consentimento de qualquer membro da comissão eleitoral e muito menos da própria comissão eleitoral.
Conforme explicado posteriormente, a chave lhe foi repassada por um dos membros da gestão da Associação dos Pós-Graduandos (APG), a qual divide sede com o DCE, com o intuito de ajudar na organização de atividades acadêmicas ligadas a EIV. Este membro da APG tinha consciência também que não podia repassar uma chave a um estudante da graduação.
Não negamos a importância política das atividades relacionadas ao Estágio Interdisciplinar de Vivência, mas gostaríamos de lembrar que o ocorrido se constitui em falta grave, pois ameaça a credibilidade das eleições e desta comissão. A sede do DCE ou qualquer um de seus bens não podem estar em posse privilegiada de qualquer estudante da graduação, sob pena de favorecimento de determinado grupo concorrente ao pleito.
Tendo isso em vista, o presente documento tem por objetivo esclarecer o fato ocorrido e exigir a devolução, em até 48 horas após o seu lançamento ao público, da chave em posse dos estudantes da graduação.
Queremos reforçar que não é permitida a entrada na sede do DCE de qualquer pessoa estranha à comissão eleitoral e à gestão da APG.
Por fim, não existe autorização por parte da comissão eleitoral da reprodução total ou parcial de qualquer comunicado seu, tendo em vista que não se visa favorecer qualquer uma das chapas em disputa nas eleições. Livre é, obviamente, o debate sobre seu teor.
Sem mais.
Comissão Eleitoral 2010 – Diretório Central dos Estudantes da UFSC
26/10/10
15 de nov. de 2010
O desafio de construir ciências sociais autônomas no Sul
O desafio de construir ciências sociais autônomas no Sul
Com a presença de pesquisadores dos 5 continentes, encontro sobre dependência acadêmica realizado na Argentina, representa um passo adiante na luta por desenvolver um pensamento crítico não somente na América Latina mas, pode-se dizer, numa dimensão mundial. A presença de estadunidenses e europeus só enriqueceu o debate, apesar de uma parte deles ainda apegar-se a uma pretensa universalidade das Ciências Sociais produzidas no centro do Sistema Mundial. O artigo é de Theotonio dos Santos.
Theotonio dos Santos
Entre os dias 3 e 6 de novembro realizou-se em Mendoza, Argentina, a II Oficina sobre Dependencia Académica, dirigida por Fernanda Beigel, diretora do PIDAL, Programa de Investigaciones sobre Dependencia Académica en América Latina que funciona na Facultad de Ciencias Políticas y Sociales da Universidad Nacional de Cuyo, com apoio do CONICET e do Programa Sul-Sul do CLACSO.
Com a presença de pesquisadores dos 5 continentes, este encontro representa um passo adiante na luta por desenvolver um pensamento crítico não somente na América Latina mas, pode-se dizer, numa dimensão mundial. A presença de estadunidenses e europeus só enriqueceu o debate, apesar de uma parte deles ainda apegar-se a uma pretensa universalidade das Ciências Sociais produzidas no centro do Sistema Mundial. Mas foi muito emocionante assistir por exemplo a participação por vídeo-conferencia do professor Syed Farias Alatas , da Universidade de Singapura, regatando o papel tão especial da teoria da dependência na superação de uma ciência social criada a serviço de um projeto e uma prática colonialista e imperialista. Ele buscou inclusive destacar os antecedentes asiáticos desta empreitada teórica e empírica que seu famoso pai e outros importantes pensadores filipinos ya haviam iniciado desde o pós guerra. Não foi demasiado ousado, haver chamado a Conferência Pública em que participaram além de Syed Alatas, Enrique Oteiza e eu com a moderação da própria Fernanda Beigel: A tradição dependentista latinoamericana e o desenvolvimento de um circuito acadêmico periférico.
De fato, além da ampla dimensão regional é interessante apontar a amplitude temática que abordou esta oficina de trabalho. Figuras de grande peso como Hebe Vessuri, do Instituto de Investigaciones Científicas da Venezuela, Sujata Pael, da University of Hyderabad, Índia, Hernan Sabea da American University of Cairo, Egito, e vários outros discutiram os problemas epistemológicos e teóricos articulados com a especificidade de cada região do sul; a construção de carreiras acadêmicas e a profissionalização no Sul; a importancia dos modelos de desenvolvimento; as alternativas diante da dependencia académica como as pequenas publicações e as agendas de pesquisa não eurocéntricas; a autonomia institucional, a dependencia financeira e o desenvolvimento do campo científico-universitário; a dependencia e a internacionalização das Ciencias Sociais; os desafios epistemológicos e políticos da ciência periférica; a construção de carreiras acadêmicas desde espaços periféricos: desigualdades de acesso à educação superior, mobilidade académica intra-regional e internacional.; a divisão intrnacional do trabalho científico e o intercambio desigual do conhecimento.
Por esta agenda de debates os leitores podem avaliar a importância de todo um campo temático construido sistematicamente a partir destes seminários que desenvolvem e aprofundam uma problemática muito querida do pensamento crítico latinoamericano.
Creio que Enrique Oteiza, o artífice do Conselho Latino Americano de Ciencias Sociais (CLACSO) dirigido na atualidade por Emir Sader, sintetizou muito bem o espírito desta reunião quando me fez um comentário emocionado:” me sinto feliz de constatar como aquele espírito de debate de nossos tempos está de volta”. E com um forte e estimulante núcleo energético no qual predominam mulheres acadêmicas de ponta e jovens cientistas de todo o planeta com fortes traços étnicos não europeu. É uma resposta contundente aos que dizem que a teoria da dependencia está morta. Havia que perguntar: ONDE?
O LIVRO DO PRIMEIRO ENCONTRO:
AUTONOMIA E DEPENDENCIA ACADÉMICA:
Universidad e Investigación Científica en un Circuito Periférico: Chile y Argentina (1950-1980).
Fernanda Beigel dirigiu este livro editado por Editorial Biblos (Investigaciones y Ensayos) que foi lançado durante a II Oficina apresentada acima. Este livro vai desde uma Introdução da diretora sobre “Reflexões no uso do conceito de campo e sobre a “elasticidade” da autonomia em cirduitos acadêmicos periféricos” até um conjunto de estudos de história do conhecimento que analisa com detalhe e profundidade a emergência teórica e analítica do Cono Sul (primeiro de 1950-a 1973), para estudar numa segunda parte os dependentistas e a dependencia acadêmica, para, finalmente numa terceira parte, debruçar-se sobre o perído de ascenso do pensamento único neoliberal montado nas baionetas golpistas (tema que tratei muito criticamente no meu livro: Do Terror à Esperança - Auge e Decadência do Neoliberalismo, Idéias e Letras, aparecida, S.P.)sob o título A contração da Autonomia: Las Dictaduras y los Exílios (1973-1990).
Apesar de sua concentração nos casos da Argentina e do Chile, este livro contribui para a história das ciências sociais não só na América Latina como em todo o mundo, particularmente neste universo cultural que se designa como o SUL.
fonte: CArta Maior ,15 de novembro
Internacional| 14/11/2010 | Copyleft
Com a presença de pesquisadores dos 5 continentes, encontro sobre dependência acadêmica realizado na Argentina, representa um passo adiante na luta por desenvolver um pensamento crítico não somente na América Latina mas, pode-se dizer, numa dimensão mundial. A presença de estadunidenses e europeus só enriqueceu o debate, apesar de uma parte deles ainda apegar-se a uma pretensa universalidade das Ciências Sociais produzidas no centro do Sistema Mundial. O artigo é de Theotonio dos Santos.
Theotonio dos Santos
Entre os dias 3 e 6 de novembro realizou-se em Mendoza, Argentina, a II Oficina sobre Dependencia Académica, dirigida por Fernanda Beigel, diretora do PIDAL, Programa de Investigaciones sobre Dependencia Académica en América Latina que funciona na Facultad de Ciencias Políticas y Sociales da Universidad Nacional de Cuyo, com apoio do CONICET e do Programa Sul-Sul do CLACSO.
Com a presença de pesquisadores dos 5 continentes, este encontro representa um passo adiante na luta por desenvolver um pensamento crítico não somente na América Latina mas, pode-se dizer, numa dimensão mundial. A presença de estadunidenses e europeus só enriqueceu o debate, apesar de uma parte deles ainda apegar-se a uma pretensa universalidade das Ciências Sociais produzidas no centro do Sistema Mundial. Mas foi muito emocionante assistir por exemplo a participação por vídeo-conferencia do professor Syed Farias Alatas , da Universidade de Singapura, regatando o papel tão especial da teoria da dependência na superação de uma ciência social criada a serviço de um projeto e uma prática colonialista e imperialista. Ele buscou inclusive destacar os antecedentes asiáticos desta empreitada teórica e empírica que seu famoso pai e outros importantes pensadores filipinos ya haviam iniciado desde o pós guerra. Não foi demasiado ousado, haver chamado a Conferência Pública em que participaram além de Syed Alatas, Enrique Oteiza e eu com a moderação da própria Fernanda Beigel: A tradição dependentista latinoamericana e o desenvolvimento de um circuito acadêmico periférico.
De fato, além da ampla dimensão regional é interessante apontar a amplitude temática que abordou esta oficina de trabalho. Figuras de grande peso como Hebe Vessuri, do Instituto de Investigaciones Científicas da Venezuela, Sujata Pael, da University of Hyderabad, Índia, Hernan Sabea da American University of Cairo, Egito, e vários outros discutiram os problemas epistemológicos e teóricos articulados com a especificidade de cada região do sul; a construção de carreiras acadêmicas e a profissionalização no Sul; a importancia dos modelos de desenvolvimento; as alternativas diante da dependencia académica como as pequenas publicações e as agendas de pesquisa não eurocéntricas; a autonomia institucional, a dependencia financeira e o desenvolvimento do campo científico-universitário; a dependencia e a internacionalização das Ciencias Sociais; os desafios epistemológicos e políticos da ciência periférica; a construção de carreiras acadêmicas desde espaços periféricos: desigualdades de acesso à educação superior, mobilidade académica intra-regional e internacional.; a divisão intrnacional do trabalho científico e o intercambio desigual do conhecimento.
Por esta agenda de debates os leitores podem avaliar a importância de todo um campo temático construido sistematicamente a partir destes seminários que desenvolvem e aprofundam uma problemática muito querida do pensamento crítico latinoamericano.
Creio que Enrique Oteiza, o artífice do Conselho Latino Americano de Ciencias Sociais (CLACSO) dirigido na atualidade por Emir Sader, sintetizou muito bem o espírito desta reunião quando me fez um comentário emocionado:” me sinto feliz de constatar como aquele espírito de debate de nossos tempos está de volta”. E com um forte e estimulante núcleo energético no qual predominam mulheres acadêmicas de ponta e jovens cientistas de todo o planeta com fortes traços étnicos não europeu. É uma resposta contundente aos que dizem que a teoria da dependencia está morta. Havia que perguntar: ONDE?
O LIVRO DO PRIMEIRO ENCONTRO:
AUTONOMIA E DEPENDENCIA ACADÉMICA:
Universidad e Investigación Científica en un Circuito Periférico: Chile y Argentina (1950-1980).
Fernanda Beigel dirigiu este livro editado por Editorial Biblos (Investigaciones y Ensayos) que foi lançado durante a II Oficina apresentada acima. Este livro vai desde uma Introdução da diretora sobre “Reflexões no uso do conceito de campo e sobre a “elasticidade” da autonomia em cirduitos acadêmicos periféricos” até um conjunto de estudos de história do conhecimento que analisa com detalhe e profundidade a emergência teórica e analítica do Cono Sul (primeiro de 1950-a 1973), para estudar numa segunda parte os dependentistas e a dependencia acadêmica, para, finalmente numa terceira parte, debruçar-se sobre o perído de ascenso do pensamento único neoliberal montado nas baionetas golpistas (tema que tratei muito criticamente no meu livro: Do Terror à Esperança - Auge e Decadência do Neoliberalismo, Idéias e Letras, aparecida, S.P.)sob o título A contração da Autonomia: Las Dictaduras y los Exílios (1973-1990).
Apesar de sua concentração nos casos da Argentina e do Chile, este livro contribui para a história das ciências sociais não só na América Latina como em todo o mundo, particularmente neste universo cultural que se designa como o SUL.
fonte: CArta Maior ,15 de novembro
Internacional| 14/11/2010 | Copyleft
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