20 de jun. de 2008

[Textos] Declaração Pública sobre DCE FURB

Relato de uma estudante da FURB (Fundação Universitária da Região de Blumenau) sobre a (anti)democracia do DCE FURB,

Declaração Pública


Ontem presenciei um dos fatos mais autoritários que poderia ocorrer no lugar onde se encontra a alma mater. O motivo da seguinte declaração diz respeito às eleições do DCE na FURB. Pergunto-me, como estudante, o que nos está acontecendo? Estamos legitimando um ato que é totalmente ilegítimo, descarado e abusivo? Preocupa-me nosso baixo nível de cultura cívica em relação à Democracia e a negligência em não torná-la possível.

É uma vergonha que nossos representantes no DCE FURB não atuem com ética profissional tanto no decorrer de sua gestão, assim como no processo eleitoral, momento mais oportuno (não são as únicas causas, mas estas são as mais graves) para manifestação de posturas éticas e democráticas. Não cumpriram o dever de realizar a prestação de contas públicas, não chamaram
a comunidade acadêmica para o debate público de ambas as chapas (onde se confrontam as idéias e propostas) e de discussão e aprovação do estatuto sem nenhum tipo de participação dos estudantes de forma geral. Sem contar com o fato de que na eleição para DCE, os estudantes do mestrado não podem votar por não serem considerados associados do DCE, (se supõe que o DCE é um movimento de estudantes, conformados por estudantes, então os alunos de mestrado ocupam que característica na Universidade, será que são alienígenas?) de que Democracia estamos falando? Ou de qual nível de ignorância estamos falando?

Surgem às seguintes questões, estamos fechando nossos olhos, não queremos ver o que está acontecendo, ou realmente não se tem clareza por parte da comunidade universitária, dos conceitos de Democracia, ou ainda, simplesmente os valores éticos estão em franco declínio em nossa sociedade e nós estamos sendo cúmplices ficando calados?

Estudantes analisemos os conceitos e manifestemo-nos ante este atentado a Democracia em nossa Universidade.

20 de junho de 2008
*Paula Pérez R.
*Administrador Público, Licenciada em Ciências Políticas (ULA, Chile),
Mestranda Desenvolvimento Regional FURB.

[Textos] Pesquisa pra quem?

*NOTA DA VIA CAMPESINA PERNAMBUCO À SOCIEDADE BRASILEIRA - PESQUISA PRA QUEM?*

Dia 10 de junho a Via Campesina Brasil deu inicio a sua Jornada Nacional de Luta Contra o agronegócio e em defesa da agricultura camponesa.

Em Pernambuco, entre várias ações que estão se realizando durante a semana, foi realizada uma ação em protesto contra a produção em larga escala de agro-combustíveis, em específico o avanço da monocultura da cana-de-açúcar. O ato foi realizado na Estação Experimental de Cana-de-Açúcar (EECAC), no município de Carpina, Zona da Mata Norte de Pernambuco. A Estação Experimental é uma Parceria Público-Privada entre o Sindaçúcar - Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco, que reúne as 20 maiores usinas do Estado - e a Universidade Federal Rural de Pernambuco, e há 38 anos desenvolve pesquisas para o desenvolvimento genético de cana, inclusive, de cana transgênica.

O objetivo da ação política não foi um ataque à universidade ou às pesquisas acadêmicas em geral. O objetivo principal foi demonstrar à sociedade que os camponeses e camponesas do Brasil são contra este modelo que privilegia a monocultura exportadora, utilizando nossas riquezas naturais, nossas terras e mão-de-obra barata, destruindo o meio ambiente e produzindo trabalho escravo. Entendemos que o papel da universidade não é usar recursos públicos para pesquisas que beneficiam usineiros, mas sim, para pesquisas que construam uma alternativa de desenvolvimento para região que possa servir à grande maioria.

A Estação Experimental de Cana-de-Açúcar recebe cerca de 6 milhões de reais por ano para investir em pesquisa de "melhoramento genético" de cana-de-açúcar. Metade desse recurso - R$ 3 milhões - são provenientes de usinas ligadas ao Sindaçúcar, o que prova a estreita relação entre
a Estação, a UFRPE e os usineiros. Os outros R$ 3 milhões são captados por projetos de pesquisa vinculados à UFRPE - ou seja, é dinheiro público.

Segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o custo médio para o assentamento de uma família na região nordeste é de R$ 25 mil por família. Isso quer dizer R$ 6 milhões poderiam assentar pelo menos 240 famílias por ano no nordeste, que estaria produzindo alimentos saudáveis para elas e para a população local. Ao invés disso, esse dinheiro é utilizado para beneficiar 28 usinas e destilarias nos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, e para promover ainda mais o avança do monocultivo de cana-de-açúcar, causando a elevação dos preços dos alimentos e a concentração da propriedade da terra por empresas estrangeiras.

A diminuição sucessiva da área plantada de alimento terá, em breve, conseqüências gravíssimas para toda população mundial. Hoje a população urbana já está sofrendo em função do aumento dos preços dos alimentos, conseqüência principalmente da utilização da soja brasileira para produção de biodiesel e do milho dos Estados Unidos para produção de etanol.

Nós, da Via Campesina, somos aqueles que foram despojados de toda e qualquer sorte e possibilidade em conseqüência da ação devastadora da monocultura da cana-de-açúcar, concentradora de terra e riqueza. Somos pobres, fomos durante toda história escravos do setor
sulcroalcooleiro, que sempre dominou a Zona da Mata Pernambucana, que chega até a ser chamada por alguns pesquisadores de "região canavieira". Somos filhos desta terra e ao longo da história fomos onstruindo a consciência de que nesta região podemos construir um outro modelo de agrícola e de desenvolvimento econômico.

Queremos fazer entender que a responsabilidade da universidade publica é para com o povo e não para com o agronegócio e o capital financeiro,que querem transformar os alimentos, as sementes e todos os recursos naturais em mercadoria para atender os interesses, o lucro e a ganância das grandes empresas transnacionais. Os recursos financeiros e humanos de uma instituição pública como a Universidade Federal Rural de Pernambuco devem ser usados para ajudar a resolver os problemas do povo brasileiro. E a fome é um deles. Portanto que pesquisem desenvolvimento de milho, de feijão, de macaxeira. Se os usineiros querem fazer pesquisa para aumentar seus lucros, que façam em suas terras e contratem seus técnicos.

Certamente quando a universidade pública entender seu papel social ela poderá contribuir muito utilizando o conhecimento acumulado e os técnicos servidores públicos que se apropriaram destes conhecimentos, com recursos públicos do povo brasileiro, para a melhoria das condições de vida da maioria e a produção de alimentos audáveis e baratos. Esse é certamente o anseio da maioria do povo brasileiro e de inúmeros professores e alunos da UFRPE e da UFPE que nos parabenizaram pela ação e continuam nos prestando sua solidariedade.

*Via Campesina - Pernambuco*

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