8 de ago. de 2009

[Debate] Congresso Nacional de Eatudantes

encaminhando pra vcs... outra forma de participar...
besos!!
Laurita




Olá, pessoal!
 
Como vocês já sabem essa semana irá acontecer o Congresso Nacional de Estudantes (CNE), nos dias 11, 12, 13 e 14 de junho.
 
Como preparação para o Congresso, nesta terça-feira (09/06) faremos um debate aberto às teses e demais contribuições para discussão sobre o movimento estudantil e o momento histórico pelo qual passamos. É muito importante que todos participem.
 
Debate de teses e demais contribuições ao CNE
-> Terça
       13h: auditório do CFH
       18h: auditório do CCE
Abraços,
Daniel - Economia/UFSC
Construindo o Congresso Nacional de Estudantes e a Conlutas

[Textos] Brasil: Laico ou concordatário?

BRASIL: LAICO OU CONCORDATÁRIO ?
Por Luiz Antônio Cunha*

Se alguém perguntar: o Brasil é um Estado laico? Eu diria: - Não. O Brasil nunca foi um Estado laico, pois ele é um Estado concordatário. Até o dia 13 de novembro de 2008 era, implicitamente, concordatário. A partir desta data, assume, explicitamente, essa condição. E, por que, implicitamente, concordatário? Porque o Brasil tinha legislações que não tinham o nome de concordata, nem de acordo com o Vaticano, mas que privilegiam, explicitamente, a igreja católica, nem igrejas cristãs, mas a igreja católica.

Há um dispositivo legal, que não está na Constituição brasileira, explicitamente, que trata do laudêmio, que é um estatuto do direito medieval, que significa a propriedade de um terreno ou de um imóvel, para além da propriedade individual. Há três sujeitos de laudêmio no Brasil: a Marinha de Guerra, com os terrenos da costa ; a família imperial; ea igreja católica nas cidades mais antigas do Brasil, como nos distritos centrais de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Recife, por exemplo. O que significa o laudêmio? Se alguém é proprietário de um terreno ou de uma casa e vendo um desses imóvies, deve à municipalidade o imposto de transmissão, que está na ordem de 2,5% ou 3%; mas, se o imóvel está sujeito ao laudêmio, a pessoa que comprar o terreno deverá também ao titular desse direito arcaico, o dobrodo imposto de transmissão.

Além disto, o comprador deverá pagar, anualmente, uma determinada quantia. Isto é uma fonte de renda muito importante, garantida pelo Estado. Não está na Constituição brasileira, mas é direito líquido e certo. Ninguém pode deixar de recolher este recurso.É impossível calcular, do ponto de vista prático, qual é o valor desse privilégio que o Estado brasileiro garante à igreja católica. Há outros exemplos, que não serão citados neste momento. Este já é suficiente para mostrar que o Estado brasileiro, parcialmente republicano, sempre foi, a despeito do que aparecia na Constituição, um Estado concordatário.

A partir da Concordata firmada com o Vaticano, em fins de 2008, o Estado Brasileiro é manifestadamente concordatário. Trata-se de um acordo entre a República Federativa do Brasil e a Santa Sé que prescreve, não os interesses comuns, masapenas os interesses da igreja católica no Brasil.

De uma maneira geral, os itens da Concordata brasileira são os mesmos da concordata firmada com o governo de Portugal com a Santa Sé. Parece que é como se houvesse uma espécie de modelito prévio a ser adaptado a cada caso.

Por exemplo, entre os artigos da Concordata brasileira há uma abordagem que envolvem questões trabalhistas com os quadros da igreja católica. Vale ressaltar que este ponto não está presente na concordata de Portugal. Sobre o ensino religioso, diz sobre o direito dos jovens portugueses terem o ensino da religião e moral católicas na escola. Não fala dos outros credos, na concordata portuguesa. No Brasil, ela tem formato que parece misturar um pouco da legislação civil brasileira. Mas, sobre as questões trabalhistas, a Concordata separa os quadros da igreja de todos os demais da legislação trabalhista brasileira e da justiça do trabalho. Ela retira de seu âmbito todos os casos de petições de reivindicações de direitos para sacerdotes, irmãos, leigos e freiras, enfim do pessoal da igreja católica. A concordata estabelece que seu trabalho é necessariamente voluntário. Isto é incrível porque o que está acontecendo é que gente que trabalha para a igreja católica durante décadas e depois vai à justiça do trabalho e busca reivindicar direitos, vai encontrá-la legalmente impedida.

A clarificação deste ponto apareceu num jornal no Rio de Janeiro, O Globo. Um pequeno artigo publicado no dia seguinte ao da aprovação da concordata, assinado por um Juiz do Superior Tribunal do Trabalho, aliás, um militante direitista e criminizador do aborto, Ives Granda, dizia que, finalmente, essa ambigüidade foi retirada da legislação brasileira.

A concordata prevê, também, que a anulação de um casamento na instância religiosa, passa a ter reconhecimento civil.

*Coordenador do Observatório da Laicidade do Estado – UFRJ.

http://www.ccr.org.br/a_destaque_jogorapido070709-luizcunha.asp

[Textos] O que é a Sociologia Crítica

1. O QUE É A SOCIOLOGIA CRÍTICA
A sociologia crítica é a ciência que estuda, do ponto de vista da classe em ascensão, a estrutura da sociedade, com o objetivo da sua transformação racional. Esta sociologia ainda não existe. A sociologia corrente, aquela que se pratica comumente no Ocidente como no Oriente, é uma sociologia concebida como técnica essencialmente intermutável, boa para todos os usos, indiferente quando aos fins, considerada, por definição, apolítica, praticada por profissionais atentos a servir responsalvemente os seus clientes, entidades privadas ou públicas que sejam,  com um evidente cuidado muito particular para os clientes sérios, isto é, os que pagam. A transformação racional da estrutura social, e a revolução da mesma, não pode ser senão o fruto de uma escolha política precisa. Mas o caráter operativo a pesquisa sociológica não é opcional, não depende, por outras palavras, da vontade dos investigadores individuais, não corresponde a um propósito de ordem técnica. É um puro, necessitante corolário de toda a empresa científica. Uma investigação põe sempre, inevitavelmente, um problema político. Toda a análise sociológica implica a modificação do objeto a que se dirige. Esta modificação pode vir silenciada, mistifica, ocultada ou utilizada para os fins particulares dos grupos econômicos, sociais, políticos dominantes.
A sociologia crítica funda-se no reconhecimento do caráter operativo do conhecimento sociológico, aceita-lhe totalmente as conseqüências políticas, escolhe submeter a inquérito racional a situação existente, acusa as instituições que servem de apoio às classes no poder, liga-se ao empenho político de uma análise rigorosa dos mecanismos e das forças que regulam o funcionamento da sociedade
. p. 7-8
Ferrarotti, Franco. Uma Sociologia Alternativa. Da sociologia como Técnica do Conformismo à Sociologia Crítica, Porto, Afrontamento. 1972.

[Textos] Repudio ao massacre de indígenas realizado pelo governo de Alan Garcia no Peru!

repassando!

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 Repudio ao massacre de indígenas realizado pelo governo de Alan Garcia no Peru!
Solidariedade internacional com a luta indígena em defesa do seu território!

Cumprindo com suas ameaças quando decretou o “estado de emergência” há três semanas, o governo reacionário de Alan Garcia enviou à polícia com helicópteros e armas de guerra para reprimir os indígenas que bloqueiam as estradas como parte da greve declarada na região amazônica.
 Na madrugada de sexta feira 5 de junho, na cidade de Baguas, ponte do Corral Queimado, aconteceu um massacre de indígenas awajun e wampis. Estes se defenderam com armas rudimentares, paus, flechas,  contra o ataque policial. Foi uma batalha armada em plena selva. Os jornalistas falam de mais de 30 mortos e centenas de feridos.
Os indígenas defendem a Amazonas da depredação das petroleiras e outras empresas imperialistas e mantêm uma greve e bloqueios de estradas há 56 dias.
Isto acontece depois que o Congresso da República, em um ato de provocação, decidiu adiar mais uma vez o debate da anulação dos decretos legislativos pró TLC que facilitam a invasão de territórios indígenas, enquanto o Poder Executivo enviava numerosos contingentes policiais à região amazônica para tentar esmagar a greve dos indígenas.
Para o regime aprista não teve nenhum valor que uma comissão multipartidária tenha concluído que os decretos legislativos devem ser anulados por serem anticonstitucionais  ou que a Comissão de Constituição tenha emitido parecer no mesmo sentido de anular  o decreto lei 1090, um dos  mais questionados por parte dos indígenas. Tampouco, que a Defensoria do Povo tenha respaldado a petição dos indígenas.

O governo de Alan Garcia está disposto a passar por cima inclusive das próprias leis peruanas, pois se comprometeu com as multinacionais e o imperialismo a abrir a Amazônia para extrair gás e petróleo não para baratear o consumo dos peruanos, mas para vendê-los a outros países em beneficio das multinacionais Petrobrás, Pluspetrol, Perenco e outras.
O Estado peruano já entregou diversos blocos que estão em fase de exploração. Pretendem abranger em torno de 75% da selva amazônica, 55 milhões de hectares, muitas delas terras de comunidades sem que estas tenham sido consultadas. As empresas e o Estado manipulam esta situação realizando simples oficinas informativas que fazem passar por consulta, como se estivessem respeitando o convênio 169 da OIT.

O saqueio e devastação da selva por parte das empresas mineiras e madeireiras já está produzindo gravíssimas conseqüências ecológicas e deixando sem terra nem água potável às comunidades indígenas que ali habitam há milhares de anos.

 
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Vagner Boni
Estudante de Ciências Sociais - UFSC
Bolsista Pesquisador do Memorial dos Direitos Humanos - MDH

[CSO] Bolsa Permanência

Bolsa Permanência
O terceiro período para inscrições na Bolsa Permanência, direcionada a estudantes de graduação da UFSC, será aberto de 3 a 21 de agosto. A inscrição será realizada presencialmente, na Coordenadora de Serviço Social, entre 8h e 11h30min e 14h e 17h. Os acadêmicos interessados também devem ter cadastro socioeconômico aprovado até o dia 19 de agosto. Serão oferecidas 125 bolsas, no valor de R$ 364,00. A vigência será de 12 meses, com possibilidade de renovação em períodos sucessivos. O resultado da seleção e da classificação dos alunos será divulgado no dia 26 de agosto. Informações: Coordenadoria de Serviço Social / Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis / 3721-9341 /
www.prae.ufsc.br


Vagner Boni
Estudante de Ciências Sociais - UFSC