---------- Forwarded message ----------
------------------------------------------------- Repudio ao massacre de indígenas realizado pelo governo de Alan Garcia no Peru!
Solidariedade internacional com a luta indígena em defesa do seu território!
Cumprindo com suas ameaças quando decretou o “estado de emergência” há três semanas, o governo reacionário de Alan Garcia enviou à polícia com helicópteros e armas de guerra para reprimir os indígenas que bloqueiam as estradas como parte da greve declarada na região amazônica.
Na madrugada de sexta feira 5 de junho, na cidade de Baguas, ponte do Corral Queimado, aconteceu um massacre de indígenas awajun e wampis. Estes se defenderam com armas rudimentares, paus, flechas, contra o ataque policial. Foi uma batalha armada em plena selva. Os jornalistas falam de mais de 30 mortos e centenas de feridos.
Os indígenas defendem a Amazonas da depredação das petroleiras e outras empresas imperialistas e mantêm uma greve e bloqueios de estradas há 56 dias.
Isto acontece depois que o Congresso da República, em um ato de provocação, decidiu adiar mais uma vez o debate da anulação dos decretos legislativos pró TLC que facilitam a invasão de territórios indígenas, enquanto o Poder Executivo enviava numerosos contingentes policiais à região amazônica para tentar esmagar a greve dos indígenas.
Para o regime aprista não teve nenhum valor que uma comissão multipartidária tenha concluído que os decretos legislativos devem ser anulados por serem anticonstitucionais ou que a Comissão de Constituição tenha emitido parecer no mesmo sentido de anular o decreto lei 1090, um dos mais questionados por parte dos indígenas. Tampouco, que a Defensoria do Povo tenha respaldado a petição dos indígenas.
O governo de Alan Garcia está disposto a passar por cima inclusive das próprias leis peruanas, pois se comprometeu com as multinacionais e o imperialismo a abrir a Amazônia para extrair gás e petróleo não para baratear o consumo dos peruanos, mas para vendê-los a outros países em beneficio das multinacionais Petrobrás, Pluspetrol, Perenco e outras.
O Estado peruano já entregou diversos blocos que estão em fase de exploração. Pretendem abranger em torno de 75% da selva amazônica, 55 milhões de hectares, muitas delas terras de comunidades sem que estas tenham sido consultadas. As empresas e o Estado manipulam esta situação realizando simples oficinas informativas que fazem passar por consulta, como se estivessem respeitando o convênio 169 da OIT.
O saqueio e devastação da selva por parte das empresas mineiras e madeireiras já está produzindo gravíssimas conseqüências ecológicas e deixando sem terra nem água potável às comunidades indígenas que ali habitam há milhares de anos.
Vagner Boni
Estudante de Ciências Sociais - UFSC
Bolsista Pesquisador do Memorial dos Direitos Humanos - MDH
Estudante de Ciências Sociais - UFSC
Bolsista Pesquisador do Memorial dos Direitos Humanos - MDH
Nenhum comentário:
Postar um comentário