Trago notícias desagradáveis, porém que devem chegar a todos/as estudantes dessa universidade.
No dia 18/10 esteve na UFSC uma oficial de justiça que, em sala de aula, apresentando-se como tal e criando um tremendo constrangimento para alunos e professores, intimou algumas pessoas que ocuparam a reitoria no início do semestre para deporem na justiça (com j minúsculo). Outras pessoas terão a mesma visita na próxima semana. Tratam-se dos onze nomes de alunos/as que entraram no processo de reintegração de posse pedido pela reitoria para que desocupássemos o prédio da administração da UFSC.
Estamos falando da possibilidade concreta de expulsão da universidade ou mesmo prisão de ativistas do movimento estudantil, numa tentativa clara de nos intimidar e enfraquecer nossa luta. As onze pessoas da lista estão dentro da nova gestão do DCE, ou participando ativamente da construção da chapa, mesmo sem estarem na nominata.
A reitoria quer cortar o mal pela raíz já no início da gestão da chapa "Educação não é mercadoria", pois sabem que viemos para questionar a privatização e o autoritarismo na universidade. Independente se temos no movimento estudantil da UFSC, acordo sobre essa gestão, ou sobre a ocupação da reitoria, esse processo deve ser entendido por todos/as como um processo contra si próprio, pois este é um ataque que fere nosso direito de questionar, que vem para suprimir nossa liberdade e que visa nos calar, para que aceitemos passivamente a política conservadora do governo e da reitoria.
As perguntas são: Vamos nos calar? Vamos deixar nossos/as amigos/as e companheiros/as de luta serem violentados no seu direito de lutarem, sabendo que se forem processados e acusados criminalmente abrir-se-á, na UFSC, um precedente para processos futuros? Ou vamos dar uma resposta a altura? Proponho a última opção.
Vamos reunir todos/as os/as estudantes de luta dessa universidade, independente das diferenças pontuais (pois esse é um ataque a todos nós), mostrar a nossa força e dizer bem alto que ninguém vai ser processado por ser uma pessoa que se indigna e luta por seus direitos e na defesa da Universidade Brasileira.
Comecemos pela assembléia de segunda, 12:30h, na concha acústica, que discutirá o REUNI, o Conselho Universitário da próxima terça e fará a discussão da criminalização do movimento estudantil, além do momento que vive a universidade.
Todos/as na assembléia estudantil.
Se querem nos calar é porque nos temem. Mostremos nossa força.
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