Car@S,
quem escreve aqui é a Renata, da USP.
Escrevo, na maioria, para os contatos que peguei no ERECS.
Também encaminho esse email para algumas outras pessoas.
Segue anexo a carta da ADUSP sobre os ultimos acontecimentos da Universidade.
Coloco aqui no corpo do texto a nota da gestão do Centro acadêmico de Ciências Sociais, da qual faço parte.
Domingo, 14 de Junho de 2009
Nota de repúdio da gestão do CeUPES - Centro Acadêmico de Ciências Sociais da USP
A atual gestão do CeUPES, Centro Acadêmico de Ciências Sociais da USP, vem por meio desta nota manifestar a toda a sociedade seu repúdio à inaceitável atitude - de extrema intransigência e truculência - que tomou a reitoria da Universidade de São Paulo na tarde de nove de junho de 2009. Em meio a uma manifestação pública e pacífica, estudantes, funcionários e docentes foram fortemente agredidos pelas tropas da Polícia Militar.
Contrário ao que tem sido veiculado, as manifestações das três categorias que compõem a comunidade universitária tem razões e objetivos claros: defender a educação pública e de qualidade a todos. Nossa maior bandeira é ampliar a participação popular nesta Universidade, que ainda hoje é destinada a poucos. Nossa luta é por mais vagas, principalmente à população pobre que excluiu de seus sonhos a chance de propiciar aos seus filhos e filhas uma educação de qualidade e transformadora.
Entendemos que a Universidade deve ser, por excelência, o ambiente estimulador de discussões críticas, receptiva à circulação de idéias e projetos para a sociedade. A USP comemora seus 75 anos neste ano. Seguirá sendo respaldada pela sociedade, que a reconhece como uma das maiores instituições públicas de ensino e pesquisa em nosso país. Porém, no último período, a reitoria mostrou não estar disposta a reconhecer ou reivindicar a Universidade como um espaço democrático de formulação de pensamento. Ainda que tenhamos buscado insistentemente o diálogo, a reitoria absteve-se do debate político com o movimento da universidade e preferiu – de maneira inédita – convocar a Força Tática da Polícia Militar para agredir os manifestantes. Todas as manifestações, como a de hoje, foram referendadas nos fóruns das categorias e, portanto, devem ser tratadas ao menos com respeito pelas autoridades universitárias. Realizamos - estudantes, docentes e funcionários - atividades públicas que procuram trazer novos participantes para as decisões coletivas, esclarecendo nossas pautas e reivindicações a toda população. A reitoria, de maneira diversa, optou por garantir, através de forças armadas, a supremacia de sua visão política.
Por muitas vezes, estudantes, funcionários e professores levantaram suas bandeiras e caminharam juntos em defesa da educação, conseguindo nessa trajetória grandes vitórias. Entretanto, nunca antes, dentro de uma universidade, estudantes, funcionários e professores foram obrigados a correr de bombas, policiais e todo o aparato que a reitoria invocou nesse nove de junho fatídico que manchará a história da Universidade de São Paulo. Ao permitir que a Polícia interviesse nas atividades da Universidade, a reitora abriu espaço para que os agentes policiais perdessem o controle sobre a situação. Indiscriminadamente, foram disparadas bombas de efeito moral, balas de borracha, sobre funcionários, estudantes e professores de várias unidades. Não só aos que já haviam aderido à paralisação inicialmente, mas também àqueles que, ao ter contato com a situação, saíram de suas salas para se somarem à manifestação. Ao contrário do que expõe a mídia, a agregação não foi um ataque aos manifestantes, mas sim um ataque a toda comunidade universitária. A USP, perplexa, não assistiu a um confronto entre policiais e manifestantes, mas sim um ataque frontal e descabido das forças policiais aos defensores da Educação Pública.
Nós, da gestão Canto Geral do Centro Acadêmico de Ciências Sociais da USP, repudiamos com veemência a opção desta reitoria. Não cederemos a essa onda de violência sem propósitos e reafirmamos nosso compromisso com uma Universidade aberta ao diálogo. Defendemos e continuaremos a defender a liberdade de organização, a autonomia da Universidade e a garantia de que ela passe a ser, de fato, um lugar onde se produza conhecimento crítico.
Fora Suely Vilela! Diretas para reitor já!
CeUPES - Centro Acadêmico de Ciências Sociais da USP
Gestão "Canto Geral"
segue também, aqui no corpo de mensagem, a nota do comando de greve da Filosofia:
PM ataca professores, estudantes e funcionários
No dia 09/06, terça-feira, deu-se uma manifestação dos professores, estudantes e funcionários das três estaduais paulistas – USP, UNESP e Unicamp (programada e divulgada massivamente desde a semana passada) em frente ao portão um da USP, com o intuito de expressar a indignação, por grande parte da comunidade uspiana, diante da presença de dezenas de policiais militares da força tática e tropa de choque no campus que têm reprimido a greve dos funcionários, docentes e estudantes. Entre outras coisas, o ato utilizou flores como forma de se manifestar a favor do diálogo e contra a força bruta. Por volta das cinco horas, a maior parte dos manifetantes já retornava em direção à universidade para a realização de uma assembléia estudantil, no entanto houve uma agitação entre policiais e manifestantes e, a partir daí, a ação policial foi desproporcional: o contingente de policiais aumentou com a chegada de dezenas de viaturas, junto com a utilização de bombas de gás lacrimogênio, balas de borracha e agressão com cacetetes. Além disso, a força policial seguiu encurralando os manifestantes em direção a reitoria. mantendo o ataque violento. Depois, o ataque prosseguiu até a FFLCH, onde os estudantes, acuados, buscaram abrigo, onde ocorria uma assembleia da ADUSP (associação dos docentes da USP). A ação policial continuou a utilizar bombas de gás lacrimogênio, o que forçou os manifestante e os professores em assembléia a abandonar o pédio.
Os estudantes se reuniram em assembléia, que decidiu por fazer vigília em frente a história, e uma comissão foi formada para negociar com a polícia, a princípio não houve negociação, mas depois de horas da permência da tropa de choque parada próximo a reitoria, a comissão onseguiu negociar a retirada da PM.
Dois líderes sindicais e um estudante foram presos, manifestantes foram feridos. Não podemos nos calar diante destes fatos gravíssimos. Uma reposta imediata frente a tal ato de violência desmedida faz-se necessária, visto que este episódio é inédito na Cidade Universitária.
Assim, convocamos todos para construir a greve na filosofia nesta semana, e nos colocarmos contra a intervenção militar no campus e a política autoritária da reitoria que chama a PM para itermediar negociações.
Atenciosamente,
CAF.
Peço moções de repúdio de c.a.s, d.a.s, dce s ou organizações.
segue também o link do blog do movimento dos blusa amarela, movimento que estamos organizando - alguns estudantes da USP - pela derrubada da reitora Suely Vilela.
http://blusasamarelas.blogspot.com/
Como última coisa, mando o link de um vídeo que já mencionei para alguns/algumas de vocês.
www.youtube.com/uspemgreve
Hoje teremos assembléia geral de estudantes, envio mais informes depois.
Saudações de luta !
Rena.
FORA SUELY !
FORA PM DO CAMPUS !
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