Galera, favor divulgar (e comparecer)
Festa para arrecadar fundos e denunciar os processos criminal e administrativo que 22 estudantes da UFSC sofrem por lutarem pela aprovação da Bolsa Permanência e aumento do valor das bolsas em 2005. Em anexo, cartaz da festa e um texto explicativo sobre os processos.
FESTA DA QUADRILHA
dia 03 de Setembro (quinta-feira)
às 22 hs
com 3 bandas e cerva barata
no R.U.
(em caso de chuva será no espaço das oficinas no Centro de Convivência)
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Para restaurar a verdade dos fatos, é importante lembrar que a convocação do Conselho Universitário fora decidida, para acontecer naquela data, 18 de outubro de 2005, após compromisso assumido, pelo então reitor Lúcio Botelho, com os estudantes e sindicatos dos professores e dos técnicos-administrativos – Apufsc e Sintufsc – que haviam buscado abrir canais de diálogo para o impasse das bolsas, que haviam levado inclusive os estudantes à greve. Os sindicatos foram chamados pelo próprio reitor e havia sido pactuado, entre todos os envolvidos, que a pauta dos debates no CUn, no dia 18 de outubro de 2005, contemplaria dois temas de interesse de cada categoria (bolsas, construção da terceira ala do RU, reconhecimento da greve nas três categorias, plano de saúde para os servidores técnicos e docentes, jornada de 6 horas para os trabalhadores técnico-administrativos e situação dos professores substitutos). Agora, está sendo oferecida aos estudantes processados uma “suspensão condicional do processo”, que tem como cláusula, além de outras condições limitadoras de sua liberdade, o pagamento de R$1.000,00. Se eles estavam reivindicando o aumento do valor das bolsas para conseguirem se manter, como poderão pagar tal quantia para não cair diante da tal “justiça que falha”?! Ou, se o processo não for suspenso, como irão pagar advogado? O problema é que, se continuar o processo, terão que pagar muito mais e por muito mais tempo (esse processo duraria no mínimo dois anos) e ainda correm o risco de, no final, a justiça falhar.... O que acontece hoje na UFSC faz lembrar coisas tremendas como o horror da Operação Condor, que, na América Latina calou, fez desaparecer e até exterminou, milhares de líderes estudantis, sindicais, intelectuais e trabalhadores, dizimando grande parte daqueles que faziam a luta e propunham a mudança. Não podemos permitir que a nossa universidade, sustentada com o dinheiro do povo, se preste a papel tão desprezível com esses mesmos filhos do povo, que, em 2005, se levantaram na defesa desta instituição pública, reivindicando o direito de nela permanecer, com dignidade e garantia de direitos.
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