Os sindicatos que compõem a Intercel realizaram assembléias em todo o estado, no último dia 27, aprovando um calendário de lutas contra o ato do governador Leonel Pavan, de abrir mão do controle da Celesc em benefício dos acionistas minoritários. Além de encaminhar ações e representações no MP e CVM, é claro o conflito de interesses entre o estado e o lucro privado.
A aprovação da paralisação em todo o estado, no dia 30 de abril, e greve por tempo indeterminado, a partir das 06 horas do dia 12 de maio, por unanimidade, mostra claramente o descontentamento dos eletricitários com a postura do governo. Não são somente os eletricitários que estão defendendo o patrimônio publico catarinense. Os deputados, representantes do povo, aprovaram, por unanimidade, uma moção contra a indicação de um acionista minoritário na vaga da representação do governo (leia ao lado).
Mais uma vitória em defesa da Celesc pública. Na última terça-feira, dia 27, na Alesc, foram votadas duas PECs (Proposta de Emenda Constitucional) relativas à Celesc. Uma que obriga a diretoria da empresa a prestar informações, quando solicitadas pelo Poder Legislativo. A empresa não praticava, entendendo que não teria obrigatoriedade em prestar informações aos deputados.
A segunda PEC prevê que qualquer alteração que implique em mudança do Estatuto Social das empresas estatais e de economia mista, será precedida de autorização do Poder Legislativo, com a maioria absoluta dos seus membros. Essa emenda à Constituição Estadual cria todos os mecanismos para mantermos a Celesc pública. Significa dar mais segurança às empresas públicas, resguardando seu patrimônio.
Os sindicatos que compõem a Intercel convocam os eletricitários para lotarem a Alesc hoje, dia 29, às 11 horas, quando as duas PECs serão promulgadas e entram em vigor.
Nessa sexta-feira, dia 30, ocorrerão as assembléias que indicarão os novos conselheiros da Celesc. Nesse sentido, a Intercel está organizando um grande ato na sede da Administração Central, que mobilizará toda a categoria eletricitária, cobrando da direção da empresa e do governo do estado lisura no processo e a manutenção da Celesc como empresa pública.
Fonte: Sinergia
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