13 de abr. de 2010

[MACS] Greve dos estudantes do ICHS-UFMT

Camaradas, ontem (segunda feira dia 12/04) os estudantes de 5 cursos (História, Ciências Sociais, Geografia, Serviço Social, Filosofia) que compõem o instituto de ciências Humanas e Exatas da UFMT, fizeram uma grande assembleia em conjunto e
após algumas colocações, elencaram alguns pontos, a mais, na pauta de reivindicações que ja estava sendo construida pelo DCE e CAs.
E logo após, como avia sido deliberada no conselho de entidades de Base, começamos a fechar o bloco, desde então estamos de greve e voltaremos, as aulas, somente após o atendimento de nossas pautas de reivindicações
segue o texto manifesto, da Greve dos estudantes do ICHS-UFMT

em resumo lutamos principalmente contra os efeitos do REUNI



CARTA-MANIFESTO

Campanha em combate as consequências do REUNI e em defesa da Universidade pública, gratuita e de qualidade

No ano de 2007, foi decretado pelo governo federal o REUNI (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) que prevê até 2012 o aumento do número das vagas na universidade em até 100% e, no entanto, o número de servidores aumentará somente 50%.
As conseqüências desse decreto são visíveis na universidade: falta de professores e de técnicos para operar laboratórios e equipamentos; problemas na estrutura - alguns cursos não têm sequer sala de aula em bloco próprio; política de Assistência Estudantil ineficiente, já que diariamente passamos horas na fila do Restaurante Universitário (RU), não há vagas suficientes na Casa do Estudante Universitário (CEU) e são poucas as bolsas de permanência diante da demanda.
Tendo em vista as metas do Reuni, como podemos ter qualidade de ensino se os professores e técnicos não terão como se dedicar ao que fazem? Como os docentes conseguirão acompanhar e corrigir as provas de 80, 100 alunos, orientar formandos e ainda produzir conhecimento por meio de pesquisas? Além disso, a previsão de recursos destinados à Assistência Estudantil, ou seja, manutenção da CEU, do RU e bolsas de permanência são insuficientes para os estudantes que entram na universidade.
Há, ainda, outras ações claramente ofensivas a comunidade acadêmica. Foi aprovada pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) - que já aprovou o “novo Enem” como única forma de ingresso na UFMT via ad referendum - a Resolução 197/2009, a qual tem como um dos objetivo diminuir a carga horária do professor para pesquisa e extensão e obrigá-lo a assumir mais disciplinas, o que implicará numa redução significativa da produção de conhecimento, comprometendo a qualidade do nosso ensino. Neste caso, a preocupação central é atender ao Reuni, se lembrarmos quais são as suas metas de ampliação de vagas sem proporcional ampliação de investimentos e contratação de professores.
Outra questão também importante é que nos últimos dias a administração superior realizou o Seminário de Segurança, o qual apresentou um novo projeto que pretende “isolar” a UFMT, proibindo a circulação de ônibus e exigindo identificação de todos que entrarem no Campus. Indício claro de que a noção de espaço público está distorcida para os nossos representantes, bem como a de representação, visto que o que fazem não é representar a vontade da maioria, e sim atender interesses particulares ou de pequenos grupos. Em reação a esses ataques, os estudantes estão se organizando para combater as medidas políticas aprovadas pela administração superior, sem discussão com a comunidade acadêmica.
O Movimento Estudantil tentou dialogar e protocolou diversos ofícios pedindo que estes problemas fossem efetivamente resolvidos. Diante de tantas negativas, nós, estudantes, resolvemos organizar uma mobilização para que nossas reivindicações sejam, de fato, atendidas.
Muito já se discutiu a esse respeito em reuniões, assembléias e nos CEB’s (Conselho de Entidade de Base), realizados pelo DCE. Outros cursos, que apresentam os mesmos problemas, também sinalizam paralisação ou outros tipos de manifestações em repúdio ao sucateamento da universidade.

Por isso, convocamos todos os estudantes a participarem da GREVE ESTUDANTIL que terá início no dia 12 de abril no ICHS (Instituto de Ciências Humanas e Sociais).


Por uma política de Assistência Estudantil de qualidade!
Ampliação do Restaurante Universitário, da CEU e das bolsas já!
Por mais bolsas de pesquisa e extensão!
Abertura imediata de concursos públicos para técnicos e professores efetivos!
Pelo funcionamento em todos os períodos da biblioteca setorial!
Pela revogação da resolução 197/2009!
Pela discussão ampliada do projeto de segurança da UFMT. Nada deverá sem implantado antes da aprovação da sociedade!

DCE E CA’S

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