23 de out. de 2009

[CALCS] Possibilidades de Reunião no CFH

Olá Pessoal do curso de ciências sociais da UFSC,
 
Eu me chamo Pablo Ornelas Rosa, fui aluno do curso de graduação em ciências sociais e do mestrado em sociologia política da UFSC. Atualmente curso o doutorado em ciências sociais na PUC/SP e leciono na UTFPR em Ponta Grossa.
Escrevo este e-mail pois gostaria de convidá-los a participar e organizar um grupo de resistência a instalação de uma multinacional em uma pequena cidade de Santa Catarina que trará consequências graves para Santa Catarina.
Estamos em toda a região do Alto da  serra nos batendo contra duas multinacionais poderosas (Bunge e Yara) que estão querendo instalar em Anitápolis uma mina a céu aberto que irá explorar por 33 anos fosfatado e também irão produzir ácido sulfúrico em uma região exuberante, em plena mata atlântica. O empreendimento irá destruir 360 hectares de mata, fauna e flora, além do rio Pinheiros que irão transformar em lago para lavagem de dejetos, restos de sujeira da prospecção. Irão construir duas barragens com 54m de altura por 500m de largura que poderá vasar e destruir várias cidadezinhas logo abaixo, a primeira a comunidade do Rio Pinheiros. A comunidade de Anitápolis, pouco esclarecida sobre as possíveis consequências destas minas ainda não sabendo a extensão dos impactos em toda a região, estão favoráveis porque a mina virá trazer 400 vagas de emprego em Anitápolis, onde o índice de desemprego é praticamente inexistente, uma vez que a população é composta por trabalhadores rurais proprietários de pequenos espaços de terra. A região está começando a desenvolver uma agricultura orgânica (sem venenos ou adubos químicos) e o turismo rural. Com a mina, o tráfego na estrada trará mais de 100 caminhões superpesados trafegando sobre uma estrada sem capacidade de recebê-los. Dali pegarão a BR-282 até Lages. A favelização é outro fator de alto risco porque a cidade com 3000 habitantes não comporta receber 1500 empregados de outras partes do Brasil com as suas famílias, no período de construção do empreendimento. Uma ONG ajuizou uma ação judicial na justiça Federal que obteve êxito e trancou até agora a implantação desta loucura. Existem várias instituições lutando contra. Faremos caminhadas e panfletagens em Floripa agora em novembro. Em dezembro está previsto um SHOWMÍCIO em data (indicativo: 08.dez, 3a. feira, 18h) e local a serem definidos. A idéia é algumas bandas tocarem sem custo. Todos trabalhamos como voluntários e gratuitamente. Para maiores informações visitem os sites da Montanha Viva (www.montanhaviva.org.br ou ...bio.br) e do nosso Comitê ( www.nascentesdaserra.bio.br).
Ficamos agradecidos desde já por esta grande ajuda -  indispensável para reverter este quadro e dano ambiental.
Sendo assim, gostaria de saber se há possíbilidade de marcarmos uma conversa (exposição do quadro) no dia 16 de novembro (segunda-feira) no CFH, para tentarmos pensar em estratégias de combate a instalação destas duas multinacionais e suas possíveis consequências.
Atenciosamente,
 
Pablo Ornela Rosa
João Abílio de Carvalho Rosa