3 de mar. de 2010

[Educação] Dia internacional em defesa da educação pública será em 4 de março na Califórnia

Para divulgação a apoio. Segue abaixo informe divulgado nos sites da Conlutas e do Andes.


Ato Unificado
Dia internacional em defesa da educação pública será em 4 de março na Califórnia. Apóie esta luta!



Chamado as organizações estudantis, de professores e trabalhadores e a todos os ativistas do mundo em defesa da educação pública de contra as privatizações

Uma greve e um dia de ação no próximo 4 de março, em defesa da educação pública e contra os cortes no orçamento e as demissões. Essa foi a resolução da conferência realizada na Universidade da Califórnia, em Berkeley, em 24 de outubro. O evento contou com a presença de 800 representantes de faculdades e centros educacionais de todo o Estado.

Um componente chave desta greve e desta campanha é a luta contra a privatização do sistema de educação pública na Califórnia. Entretanto, este ataque contra a educação e os empregados e serviços públicos, é uma ofensiva mundial. Esta demanda é uma luta internacional pela defesa da educação pública e sociais e contra o financiamento da guerra.

Os cortes no setor afetam tanto a Educação pré-universitária (chamada de K-12 que inclui pré-escola, ensino fundamental e médio), como a universitária (são três sistemas públicos estaduais: os colégios comunitários, a Universidade Estadual da California – CSU e a Universidade da California – UC).

Estas medidas afetam a quantidade de alunos por sala de aula e os salários e benefícios dos professores no K-12. Nas universidades há aumento nas mensalidades, corte de salas de aula, horário de funcionamento de bibliotecas, demissões de trabalhadores, redução de salários e direitos.

Onda de mobilizações na Califórnia - Houve duas grandes mobilizações. A primeira foi no dia 24 de setembro de 2009. Cerca de 9 mil estudantes e trabalhadores paralisaram as atividades e fizeram atos e passeatas. O centro da manifestação foi a Universidade da Califórnia (principalmente o campus de Berkeley), mas também houve protestos em dois campus da Estadual.

A segunda foi no dia 18 ao dia 20 de novembro com greves, paralisações, protestos, ocupações. As principais foram em Los Angeles, Berkeley e Santa Cruz. Houve muitos confrontos com a polícia com ampla publicidade na imprensa local e nacional.

Esta onda de mobilizações ocorre em um momento importante nos EUA. Diferente do Brasil, a percepção da crise econômica persiste e gera descontentamento em amplos setores da classe trabalhadora. Há os primeiros sinais de ação entre os trabalhadores. Na Ford, a nova proposta de flexibilização de direitos defendida pelo sindicato UAW foi derrotada em referendum (foi a primeira vez em 50 anos que o sindicato perde um referendum nas grandes montadoras americanas).

Em Nova Iorque uma lista antiburocrática ganhou a eleição no importante sindicato dos transportes. Neste ano, 1400 trabalhadores de hotéis de São Francisco se mobilizaram pela renovação do contrato e quase invadiram o Hotel Hilton. No Arizona, 10 mil manifestantes protestaram contra o famigerado xerife Joe Arpaio conhecido em todo o país pela sua ação contra os imigrantes. Fora dos EUA, há a greve dos trabalhadores da Vale Inco no Canadá contra a redução de direitos.

Conquistas - A força do movimento teve algumas vitórias. Em Berkeley, as bibliotecas foram reabertas em período integral. O governador Arnold Scharzenegger anunciou que ampliará o financiamento para dois sistemas de universidades públicas – UC e CSU – de 7% para 10% do orçamento estadual, retirando recursos do orçamento das prisões.

Já os reitores anunciaram que estão apoiando o dia 4 de março como dia de pressão sobre o governo estadual.

A Conlutas se junta a essa mobilização e chama as organizações dos trabalhadores, estudantes e professores de todo o mundo e a suas organizações que enviem declarações de solidariedade, em defesa da educação pública.

Segue exemplo de moção:

Moção

Companheiras e Companheiros

Vimos através desta expressar nossa solidariedade ao movimento dos trabalhadores, professores e estudantes da Califórnia.

Em todo mundo o peso da crise econômica está sendo colocado nas costas dos trabalhadores através de demissões, corte de direitos, cortes nos orçamentos da educação, saúde e previdência social.

No entanto não há cortes quando se trata de orçamento para a guerra, construção de prisões e salvamento de bancos e grandes corporações.Isto é inaceitável!

O dia de luta dos estudantes, professores e trabalhadores da Califórnia em defesa da Educação Pública é um exemplo que certamente inspirará os trabalhadores e jovens de todo o mundo.

Todo o apoio à luta pela Educação Pública!

xxx (assinatura)

Versão em inglês

Brothers and Sisters

We want to express our solidarity with the struggle of the workers, professors and students of California.

All over the world the burden of the economic crisis is put on the back of the working class through lay offs, concessions, cuts in the budgets of Public Education, Healthcare and Social Security.

But there are no cuts to waging wars, building prisons or to bailing out banks and big corporations.

This is unacceptable!

This March 4th, day of struggle for Public Education in California, will be an example for workers and youth all over the world.

Solidarity with the struggle for Public Education!

xxx (assinatura)

- Comitê Coordenador da Califórnia
march4strikeanddayofaction@gmail.com
www.defendcapubliceducation.wordpress.com
http://www.defendcapubliceducation.wordpress.com/

Com a solidariedade internacional, venceremos.

(Com informações de Fábio Bosco)