NOVA GESTÃO ELEITA.
GESTÃO 2011. ANDAIME.
E ESTE SÍTIO ENTRA EM FÉRIAS. OU MELHOR, OS RESPONSÁVEIS PELA SUA [PRECÁRIA] ATUALIZAÇÃO ENTRARAM EM FÉRIAS. AGORA SÓ EM 2011.
BOAS FESTAS PARA TODOS E FORÇA NA LUTA, SEMPRE!
'TÉ
20 de dez. de 2010
9 de dez. de 2010
Reunião de planejamento CALCS 2011. PARTICIPE!
REUNIÃO DE PLANEJAMENTO
CALCS 2011
12 / DEZEMBRO / 2010
(domingo)14 HORAS
gestão "Andaime"
Local: Na casa da gabi e a da bru , no córrego grande.
Para confimar o endereço ligue ou mande msg para:
99759675 ou 96258883
Seu que domingo é foda, mas com o final do semestre esse foi o melhor dia.
É bem pertinho da ufsc, facil de achar!
PAUTA: Galera para esta reunião vamos usar de base o texto escrito pelo Cris [ABAIXO], e discutido pela gestão na ultima reunião antes das eleições. Lá estão enumerados alguns principios, projetos e modelos de organização para a nova gestão! A sugestão é que cada um leia os tópicos e desenvolva algumas idéias pra gente conseguir realizar uma reunião agilizada, bem trabalhada, com algumas ações já definidas.
PARTICIPEMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!
Príncipios para a próxima gestão do Calcs
1.Valorizamos a independência, autonomia política, financeira e organizativa do CA perante qualquer entidade, movimento, organização ou partido político.
2. Transparência das ações políticas e financeiras do CA.
3. Gestão aberta e horizontal, sem cargos fixos e hierarquizados. A organização ocorrerá a partir dos projetos definidos através de decisões coletivas.
4. Defesa da Educação Pública, Gratuita e de Qualidade.
5. Lutar pela manutenção e ampliação dos direitos estudantis (Restaurante Universitário, Biblioteca Universitária e Setorial, Moradia Estudantil, Bolsa Permanência, Lazer).
6. Apoio e articulação com os demais movimentos sociais existentes – Movimento Passe Livre, MST, etc.
7. Participação e fomento nas discussões sobre o Movimento Estudantil de Ciências Sociais (Macs), o Encontro Regional dos Estudantes de Ciências Sociais – Erecs e o Encontro Nacional dos Estudantes de Ciências Sociais – Enecs. Encontro Catarinense de Ciências Sociais.
8. Lutar contra qualquer tipo de ação anti-democrática e autoritária da instituição e do corpo docente, ou seja, qualquer forma de opressão.
9. Lutar pela articulação do tripé ensino-pesquisa-extensão, sob uma perspectiva popular que esteja pautada a partir da realidade da população.
10. Defesa irrestritta pela valorização da licenciatura e a importância da Sociologia no Ensino Médio.
Propostas de ações da próxima gestão
No âmbito da sociedade
1. Apoio e solidariedade aos movimentos sociais, organizações populares e sindicatos: acreditamos que o povo organizado é indispensável em uma país que se queira passar por democrático e pretende realizar uma verdadeira transformação social.
A próxima gestão do Calcs não só manifesta seu apoio a estes movimentos, como também repudia qualquer tentativa de criminalização, de ação autoritária e truculenta contra os mesmos. Iremos manter a participação crítica nos espaços e lutas que os Movimentos Sociais estiverem inseridos, a fim de combater projetos elitistas e que visem a manutenção dos privilégios de uns poucos.
No âmbito da Universidade
1. Lutar pela revogação da medida que instituiu as taxas na UFSC: Pouco foi feito até agora para que essa medida fosse barrada. Caso os estudante não se mobilizem efetivamente, esse medida logo logo se “naturalizará”.
Primeiro as taxas, e o que virá depois? Por isso, a luta deve ser incondicional contra essa medida, bem como contra qualquer outra que fira os príncipios que devem nortear uma Universidade Pública.
2. Pela contratação de professores e servidores e pela ampliação dos direitos estudantis: com a política do Reuni aumentou-se consideravelmente o número de estudantes da UFSC e foram criados vários novos cursos. Um deles inclusive foi o de Antropologia, o que interfere diretamente na realidade de ambos os cursos. Fomentaremos a discussão sobre o financiamento da Universidade Pública.
Não somos contra uma expensão das vagas universitárias, desde que seja acompanhado por um incremento na infra-estrutura física (não só das salas de aula, mas também do Restaurante Universitário, Moradia Estudantil, Biblioteca Universitária e Setorial), de recursos-humanos e de bolsas estudantis na mesma proporção.
Defendemos que a Universidade não pode ser nem boa para poucos e muito menos precária para “muitos”!
No âmbito das Ciências Sociais da UFSC:
1. Rever a atual forma de representação discente: Convocar uma Assembléia para o início do próximo ano, onde sejam construídas as diretrizes que irão pautar a participação estudantil nos órgãos colegiados.
A representação discente é uma realidade distante dos demais estudantes. Suas pautas e decisões são formuladas ignorando as demandas e a realidade dos estudantes de Ciências Sociais, e isso precisa ser mudado através de um movimento coletivo.
2. Criação de uma oficina mensal que discuta o novo currículo: embora o currículo novo, segundo relatos, apresenta teoricamente avanços em relação ao antigo, sabe-se que na prática muitos problemas ocorrem em sua implementação.
A proposta é que se organize discussões com uma periodicidade mensal, com planejamento articulado entre corpo discente e docente. Serão convidados professores, egressos, pós-graduandos e estudantes de fases mais adiantas, a fim de se proporcionar um debate rico e que signifique avanços reais na implementação do novo currículo.
3. Implementar um grupo estudantil que fomente a extensão popular: atualmente, compreendemos que uma das principais deficiências do curso é a falta de iniciativas com o caráter de extensão popular.
Isso compromete não só a formação do estudante, que perde o contato com o concreto sensível e, com isso, acaba por se desapropriar de uma parte fundamental da realidade para a apreensão do conhecimento, como desvirtua uma das funções da Universidade Pública: a educação voltada para as demandas populares.
Por isso, a proposta é que seja iniciado um projeto de extensão popular, que sirva de fomento para outras iniciativas de caráter semelhante.
4. Criação do “Espaço Ágora das Sociais”: atualmente, sentimos que falta uma efervescência política em nossa sociedade, que se reflete não só na UFSC como na própria realidade do curso de Ciências Sociais
A proposta de criação do Espaço Ágora das Sociais é de realizar debates mensais, a partir de temáticas atuais e que estejam sintonizadas com a realidade, dos mais diversos assuntos, a fim de criar um espaço mais politizado não só no curso, como na própria UFSC.
Participação e organização de eventos
1. Organização de duas Semanas das Ciências Sociais em 2011: ao invés de uma Semana longa, que acaba por ser mais cansativa, duas semanas mais curtas.
Queremos melhorar ainda mais a Semana de Ciências Sociais da UFSC. Para isso, pretendemos que ela seja incluída no calendário oficial do curso nos dois semestres. Pretendemos que ela seja mais curta e dinâmica, a fim de que se incentive a partipação dos estudantes na mesma, propiciando espaços ricos de discussão.
2. Organização da Semana Integrada do CFH: como ocorreu neste último ano, iremos participar e contribuir na construção da Semana Integrada do CFH, a ser realizada em 2011.
3. Participação no Erecs e Enecs: o próximo Erecs está programado para acontecer em Santa Maria e o próximo Enecs está programada para acontecer em Belo Horizonte
Queremos organizar não só a ida para estes dois eventos, mas também elaborar espaços pré-encontros que façam discussões sobre os temas relacionados aos encontros, a fim de propiciar a participação crítica dos estudantes da UFSC nos mesmos.
4. Organização e incentivar a participação em vivências: a vivência é uma atividade fundamental que coloca o estudante frente a uma realidade que ele não conhece em sala de aula.
Além de manter o espaço da vivência dentro de Semana de Ciências Sociais, iremos incentivar a participação dos estudantes em outros espaços, em especial o Estágio Interdisciplinar de Vivência - EIV
5. Recepção dos calouros: realizar esta recepção em articulação com a Coordenação do Curso e a Direção do CFH, para que os novos calouros possam conhecer com mais clareza a realidade universitária.
Política de Comunicação do Calcs
1. Criar um jornal do Calcs semestral. O espaço como um jornal é extremamente importante para divulgar as idéias dos estudantes e fomentar a discussão no curso.
Sentimos que a não publicação do mesmo este ano foi extremamente prejudicial aos estudantes bem como ao Movimento Estudantil e, por isso, a proposta é que sejam publicadas duas edições do jornal do Calcs no próximo ano. O jornal deve ser um espaço em que se permite a elaboração e publicização do pensamento crítico, na perspectiva do estudante, sobre a realidade do curso, da UFSC e de toda a sociedade.
2. Manter informados os estudantes sobre as atividades desenvolvidas pela gestão: manter os estudantes a par do que está acontecendo na vida universitária, através da lista de e-mails do calcs, com boletins periódicos, cartazes, passagens em sala e mural.
3. Manter atualizado o Blog do Calcs: durante este último ano o blog se manteve quase sempre atualizado, e a próxima gestão irá manter a postura atual.
Cultura e Arte
1. A política de cultura e arte do Calcs terá como eixo temático para o próximo ano “O reencantamento do mundo”: compreendemos que a arte e a cultura não tenham só um fim em si mesmas, mas também têm um caráter de polemizar, transcender e questionar o estado atual das coisas.
As atividades de confraternização do Calcs realizadas este ano, e que serão mantidas para o próximo, preservam um caráter político e que não pretendem ter um fim em si. Mais do que isso, para o próximo ano pretendemos realizar atividades criativas e que saiam do senso comum de “programação cultural = festa”. Atividades culturais e artísticas que sirvam também para reflexão sobre o que é a nossa sociedade e o nosso papel perante ela.
27 de nov. de 2010
Resultado eleições 2010
Repassando...
Eu, Julio Gabriel de Sá Pereira, representante da Comissão Eleitoral, venho por meio deste informar o resultado da eleição que escolheu a chapa representante para a gestão de 2011 do Centro Acadêmico Livre de Ciências Sociais.
O processo eleitoral que ocorreu nos dias 25 e 26 de novembro, elegeu a única chapa concorrente.
Dos 69 votos, 66 votos elegeram a Chapa 1 - Andaime. Houve ainda 2 votos brancos e 1 nulo.
Att.
Julio Gabriel de Sá Pereira
Comissão Eleitoral
Eu, Julio Gabriel de Sá Pereira, representante da Comissão Eleitoral, venho por meio deste informar o resultado da eleição que escolheu a chapa representante para a gestão de 2011 do Centro Acadêmico Livre de Ciências Sociais.
O processo eleitoral que ocorreu nos dias 25 e 26 de novembro, elegeu a única chapa concorrente.
Dos 69 votos, 66 votos elegeram a Chapa 1 - Andaime. Houve ainda 2 votos brancos e 1 nulo.
Att.
Julio Gabriel de Sá Pereira
Comissão Eleitoral
22 de nov. de 2010
Inscrições: IV Estágio Interdisciplinar de Vivências de Santa Catarina - EIV / SC
Olá Pessoal!
Estão abertas as inscrições para o IV EIV / SC (Estágio Interdisciplinar de Vivências de Santa Catarina) em áreas dos movimentos sociais camponeses.
A ficha de inscrição deve ser enviada até o dia 10 de dezembro de 2010 para o seguinte email: eivemsc2011@yahoo.com.br
OBS.: segue em anexo a este e-mail a ficha de inscrição e o cartaz do EIV (também disponíveis em nosso site).
Abraços de LUTA,
Fred - Comissão Político Pedagógica EIV / SC 2011
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"Sigamos cantando juntos a toda la humanidad, que el canto es una paloma que vuela para alcanzar, estalla y abre sus alas para volar y volar." (Victor Jara)
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"Sigamos cantando juntos a toda la humanidad, que el canto es una paloma que vuela para alcanzar, estalla y abre sus alas para volar y volar." (Victor Jara)
Coluna Prestes e Revolta dos Marinheiros em debate
Coluna Prestes e Revolta dos Marinheiros em debate
19/11/2010
Filha dos militantes comunistas Olga Benário e Luiz Carlos Prestes, a historiadora Anita Leocádia Prestes vai estar em Florianópolis na terça-feira, 23 de novembro, às18h30, para participar do seminário “O Tenentismo e a Coluna Prestes”. O evento vai ser realizado no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC e é promovido pelo mandato do deputado Sargento Amauri Soares.
Anita é autora de algumas das principais obras sobre o assunto. Ela escreveu os livros “A Coluna Prestes” (Editora Paz e Terra, 1997) e “Uma epopéia brasileira: a Coluna Prestes” (Editora Moderna, 1995).
Anita Leocádia Prestes é doutora em História Social pela UFF e professora adjunta no Departamento de História da UFRJ e Programa de Pós-graduação de História Comparada da mesma instituição. Em dezembro de 1975, ela também já havia recebido o título de doutora em Economia e Filosofia pelo Instituto de Ciências Sociais de Moscou. Anita ainda preside o Instituto Luiz Carlos Prestes.
Chibatas
O evento faz parte da comemoração aos 100 anos da “Revolta dos Marinheiros”, também conhecida como “Revolta das Chibatas”. Na segunda-feira 22, às 9 horas, a Associação de Praças de Santa Catarina (Aprasc) promove debate sobre o assunto no Auditório Deputada Antonieta de Barros, na Assembleia Legislativa.
O evento vai contar com a palestra do professor José Miguel Arias Neto. Doutor em História pela USP e pesquisador no Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp, é autor da tese de doutorado “Em busca da cidadania: praças da Armada Nacional, 1987-1910”.
Fonte: http://www.sargentosoares.com.
I Forum Internacional de Estudos Foucauldianos
I Forum Internacional de Estudos Foucauldianos
O cristianismo em Michel Foucault
25 e 26 de novembro de 2010
Local: UFSC – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Centro de Comunicação e Expressão – Auditório Henrique Fontes
Programação em:
http://forumfoucault.wordpress.com/
vejo vcs lá
p.
O cristianismo em Michel Foucault
25 e 26 de novembro de 2010
Local: UFSC – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Centro de Comunicação e Expressão – Auditório Henrique Fontes
Programação em:
http://forumfoucault.wordpress.com/
vejo vcs lá
p.
20 de nov. de 2010
Estudantes ocupam reitoria da PUC-SP pela redução das mensalidades
Estudantes ocupam reitoria da PUC-SP pela redução das mensalidades
Nós, estudantes da PUC-SP, decidimos em Assembléia Geral ocupar a reitoria. O motivo:
esgotamento dos meios de diálogo com as instâncias administrativas da universidade.
Desde o começo do ano, pedimos a redução das mensalidades, tendo em vista a permanência
estudantil. Atualmente, o custo dos cursos da PUC-SP é um dos mais altos no país, e há anos tem
sido reajustado acima da inflação do período. Hoje existem, na PUC-SP, cursos que chegam ao
valor de até três salários mínimos.
Na última década, acompanhamos a mudança de perfil de uma instituição filantrópica para uma
instituição privada e mercantil, com a maximização do contrato de professores, demissão de
funcionários e sucessivos reajustes nos preços das mensalidades.
O Conselho de Centros Acadêmicos (CCA), percebendo a situação, pautou, a partir de reuniões no
começo do ano, uma campanha para que se baixasse o preço das mensalidades, considerada cara e
excludente. O movimento começou com assembléias puxadas pelos Centros Acadêmicos para que o
problema fosse discutido com cada curso, acompanhadas de atos manifestando a insatisfação do
corpo discente.
Em uma Audiência Pública entre a comunidade universitária e o Conselho Administrativo (Consad)
no dia 14 de setembro, colocamos a demanda pela redução da mensalidade. Não obtivemos
resposta. Para reforçar o movimento, puxamos um abaixo-assinado que alcançou 2200 assinaturas
para ser entregue à reitoria e para que o assunto entrasse em pauta em alguma reunião do Consad.
A reunião aconteceu hoje. O Reitor, enquanto colocava seu posicionamento a respeito, reduziu o
problema a um pedido da graduação em Serviço Social, que paralelamente ao movimento dos
estudantes pedia pela gratuidade do curso. Encerrada a fala, ele e os outros dois conselheiros
(secretários representando a Fundação São Paulo, mantenedora da PUC-SP) se colocaram
favoráveis à diminuição da mensalidade apenas ao Serviço Social.
Questionamos então o que seria feito aos outros cursos da Universidade. Por sua vez, o Reitor se
negou a colocar uma posição e, quando começamos a nos manifestar insatisfeitos por ter ele
ignorado nosso documento, suspendeu a reunião. Para o reitor, cada curso deveria negociar a
redução das mensalidades individualmente com o Consad.
Entendemos que, com essa postura, o Consad desconsidera as movimentações que os estudantes
organizaram ao longo de um ano inteiro; por este motivo, logo após a reunião, realizamos
assembléia geral e os cerca de 300 estudantes presentes decidiram ocupar a reitoria.
Momentos após a ocupação, o reitor Dirceu de Mello conversou conosco dentro da reitoria, e
enfatizou que nenhum estudante seria punido e que não chamaria a polícia.
Para que a Universidade seja da comunidade e filantrópica, nós, estudantes, reivindicamos:
*Redução imediata das mensalidades
*Abertura do edital de bolsas, cedidas pela Universidade
*Flexibilização da negociação das dívidas dos inadimplentes;
*Rematrícula dos inadimplentes;
*Redução do preço do restaurante universitário;
*Criação de um centro de educação infantil, para estudantes e trabalhadoras deixarem seus filhos;
*Auditoria da dívida da PUC feita pela comunidade;
*Nenhuma punição aos estudantes mobilizados;
*Fim da Secretaria de Administração Escolar (SAE), em pró das secretarias específicas das
faculdades;
*Incorporação dos funcionários terceirizados ao quadro de funcionários da Universidade;
*Fim do Conselho Administrativo em pró de um Conselho Universitário participativo a professores,
funcionários e estudantes
*Fim do contrato maximizado dos professores;
Comissão de Comunicação
18 de novembro de 2010
ocupapuc.wordpress.com
__._,_.___
Thiago Arruda Ribeiro dos Santos
Nós, estudantes da PUC-SP, decidimos em Assembléia Geral ocupar a reitoria. O motivo:
esgotamento dos meios de diálogo com as instâncias administrativas da universidade.
Desde o começo do ano, pedimos a redução das mensalidades, tendo em vista a permanência
estudantil. Atualmente, o custo dos cursos da PUC-SP é um dos mais altos no país, e há anos tem
sido reajustado acima da inflação do período. Hoje existem, na PUC-SP, cursos que chegam ao
valor de até três salários mínimos.
Na última década, acompanhamos a mudança de perfil de uma instituição filantrópica para uma
instituição privada e mercantil, com a maximização do contrato de professores, demissão de
funcionários e sucessivos reajustes nos preços das mensalidades.
O Conselho de Centros Acadêmicos (CCA), percebendo a situação, pautou, a partir de reuniões no
começo do ano, uma campanha para que se baixasse o preço das mensalidades, considerada cara e
excludente. O movimento começou com assembléias puxadas pelos Centros Acadêmicos para que o
problema fosse discutido com cada curso, acompanhadas de atos manifestando a insatisfação do
corpo discente.
Em uma Audiência Pública entre a comunidade universitária e o Conselho Administrativo (Consad)
no dia 14 de setembro, colocamos a demanda pela redução da mensalidade. Não obtivemos
resposta. Para reforçar o movimento, puxamos um abaixo-assinado que alcançou 2200 assinaturas
para ser entregue à reitoria e para que o assunto entrasse em pauta em alguma reunião do Consad.
A reunião aconteceu hoje. O Reitor, enquanto colocava seu posicionamento a respeito, reduziu o
problema a um pedido da graduação em Serviço Social, que paralelamente ao movimento dos
estudantes pedia pela gratuidade do curso. Encerrada a fala, ele e os outros dois conselheiros
(secretários representando a Fundação São Paulo, mantenedora da PUC-SP) se colocaram
favoráveis à diminuição da mensalidade apenas ao Serviço Social.
Questionamos então o que seria feito aos outros cursos da Universidade. Por sua vez, o Reitor se
negou a colocar uma posição e, quando começamos a nos manifestar insatisfeitos por ter ele
ignorado nosso documento, suspendeu a reunião. Para o reitor, cada curso deveria negociar a
redução das mensalidades individualmente com o Consad.
Entendemos que, com essa postura, o Consad desconsidera as movimentações que os estudantes
organizaram ao longo de um ano inteiro; por este motivo, logo após a reunião, realizamos
assembléia geral e os cerca de 300 estudantes presentes decidiram ocupar a reitoria.
Momentos após a ocupação, o reitor Dirceu de Mello conversou conosco dentro da reitoria, e
enfatizou que nenhum estudante seria punido e que não chamaria a polícia.
Para que a Universidade seja da comunidade e filantrópica, nós, estudantes, reivindicamos:
*Redução imediata das mensalidades
*Abertura do edital de bolsas, cedidas pela Universidade
*Flexibilização da negociação das dívidas dos inadimplentes;
*Rematrícula dos inadimplentes;
*Redução do preço do restaurante universitário;
*Criação de um centro de educação infantil, para estudantes e trabalhadoras deixarem seus filhos;
*Auditoria da dívida da PUC feita pela comunidade;
*Nenhuma punição aos estudantes mobilizados;
*Fim da Secretaria de Administração Escolar (SAE), em pró das secretarias específicas das
faculdades;
*Incorporação dos funcionários terceirizados ao quadro de funcionários da Universidade;
*Fim do Conselho Administrativo em pró de um Conselho Universitário participativo a professores,
funcionários e estudantes
*Fim do contrato maximizado dos professores;
Comissão de Comunicação
18 de novembro de 2010
ocupapuc.wordpress.com
__._,_.___
Thiago Arruda Ribeiro dos Santos
17 de nov. de 2010
Convenção Chapa do Calcs hoje / Avaliação da gestão
Reforçamos o convite aos interessados em ajudar a construir
a próxima gestão do Calcs para participarem da convenção para
formação da chapa com vistas à disputa das eleições do CA.
A convenção será hoje em dois horários diferentes, às 13:30
e 17:00, para facilitar a participação de pessoas dos dois turnos.
Mando no corpo deste e-mail e em anexo uma avaliação da
nossa gestão, para reflexão e análise dos estudantes.
Abs,
Cris
AVALIAÇÃO DA GESTÃO "NÃO IREMOS EMBORA"
Chegamos ao fim do ano e é necessário realizarmos uma avaliação da gestão 2010 do Calcs, haja vista o processo eleitoral vindouro que irá decidir pela continuidade ou não da atual gestão do Centro Acadêmico.
Primeiro, deve-se entender que a constituição do grupo atual se fez com certos atropelos, com um grupo novo formado por pessoas que nunca tinham participado de uma gestão do Calcs, embora muitos de seus membros já tenham participado ou participem de outros movimentos. E é desse movimentar-se que grupo surgiu, ao integrar várias formas de expressão daquilo que viria a ser o movimento dialético propositivo entre o ato de denúncia e o ato de propostas. Assim, entendemos que cada coletivo possui uma dinâmica e realidade específica que precisa ser construída no cotidiano.
Além disso, a gestão acabou por assumir o Calcs apenas em abril deste ano, em virtude do atraso no processo eleitoral passado. Com isso, este “amontoado” de diferentes indivíduos tentava se constituir enquanto um coletivo durante o decorrer do semestre, com as pessoas – e o grupo – tendo que se (re)conhecer concomitantemente a todo o resto das atividades acadêmicas. Só este relato já serve para mostrar as dificuldades de se trabalhar a gestão do Calcs a partir desta realidade.
Não há como negar que foram poucas as realizações no primeiro semestre em virtude destes empecilhos. De qualquer forma, a gestão “Não Iremos Embora” não se ausentou das atividades e lutas que ocorreram no decorrer deste período, sejam em âmbito mais local como para fora da Universidade, como nas manifestações contra o aumento da tarifa do transporte público ou simplesmente ter que reivindicar a vinda de um agente administrativo para trabalhar na secretaria do curso. Mas temos autocrítica para reconhecer que foram ações pontuais e que acabam por não serem reconhecidas pelo corpo universitário do Curso de Ciências Sociais.
No segundo semestre, o se re(conhecer) na constituição de um coletivo que tenta retomar a importância da política estudantil, algumas pessoas juntaram-se ao grupo de acadêmicos que vão perdendo aos poucos sua força de luta e esperança de fazer parte da construção de seus futuros, ao invés de insistir na resistência do presente. Nessa experiência, por inúmeras razões pessoais, vários membros do CA saíram da gestão - que acabou restrita a 06 membros ao final dela - o que apontou para novos desafios. Apesar disso, avaliamos de forma positiva a atuação da gestão durante este período.
Foi possível realizar uma recepção para os calouros do noturno, fato que não foi possível realizar com os calouros do diurno, em virtude das questões já aqui relatadas. Pudemos passar um pouco do que é o CA, nossa visão sobre o curso e a Universidade. Com isso, entendemos que os calouros do noturno conseguiram entrar no curso mais situados e integrados com a realidade universitária.
Na visita do MEC, foram feitos diversos apontamentos críticos de problemas relativos ao curso, especificando as questões referentes ao período noturno, principalmente em relação ao acesso à estrutura da Universidade, dos núcleos, etc. Inexplicavelmente o MEC compreendeu que o curso noturno é melhor (?) que o diurno, atribuindo a nota máxima para ele, o que a gestão “Não Iremos Embora” discorda veementemente, considerando a realidade existente.
Também se entende que a XI Semana Acadêmica de Ciências Sociais, que depreendeu inúmeros esforços para que fosse realizada, foi bem sucedida e contou com uma boa participação dos estudantes do curso. Acreditamos que os estudantes que participaram da Semana também a avaliaram de forma positiva, a partir do que pudemos ver em conversas informais. A escolha temática desta XI Semana Acadêmica, “Ciências Sociais Para que e para quem?” vêem de encontro com a proposta do coletivo de que os estudantes possam se re(conhecer) no seu fazer, criando oportunidades de construir possibilidade que vão além das salas de aulas. Destas possibilidades o coletivo resgatou a saída de campo, instrumento de grande importância na aproximação entre a academia e a sociedade. Igualmente, percebeu a necessidade de aproximação cada vez maior com nossos docentes, evitando atritos e promovendo parcerias. Destas parcerias, destaca-se que a Direção do CFH, junto aos Centros Acadêmicos, conseguiu mais uma vez realizar com grande êxito a VI Semana de Integração do CFH “Por qual universidade e sociedade lutamos”.
Um dos princípios da gestão “Não Iremos Embora” foi o incentivo a participação dos estudantes em atividades acadêmicas (semana acadêmica, saída de campo, oficinas), políticas (manifestações pela municipalização do transporte, contra as taxas acadêmicas, Conselho das Unidades de Base-CEB), assim como a participação critica do ERECS (Encontro Regional dos Estudantes de Ciências Sociais ) e ENECS (Encontro Nacional dos Estudantes de Ciências Sociais). A viabilidade para o deslocamento ao ERECS Londrina foi possível a partir de um grande esforço junto a PRAE e a direção do CFH, antecedidos pela tentativa de discussão dos eixos temáticos do evento. Embora tanto o ERECS - Londrina quanto o ENECS - Belém tenham suas pontuadas importâncias, decidimos após consulta aos estudantes que não seria viável toda a mobilização para nos deslocarmos até Belém devido a várias circunstâncias debatidas naquele momento, estando entre as principais a não articulação das discussões que o evento nos remetia. Entretanto, alguns estudantes que sentiram uma necessidade maior em participar do evento, conseguiram viabilizar um micro-ônibus.
O CALCS também se mobilizou contra a resolução das taxas na UFSC, convocando uma reunião ampliada e se articulando com os demais CA’s do CFH. Infelizmente não encontramos reverberação entre os estudantes da UFSC e junto ao DCE para que se organizasse uma ação para se reverter esta situação. Neste caso, não acreditamos que o CA em si tenha tido uma atuação ineficiente/incipiente. O que (não) houve mostra, na verdade, que a atual situação do ME da UFSC se encontra longe do patamar por nós desejado. É, em nossa opinião, impressionante o quanto uma medida tão absurda, que atinge diretamente os estudantes da UFSC, ao mesmo tempo que extremamente impopular, não tenha levado a uma forte e articulada reação dos estudantes com o intuito de combater esta medida infame! Precisamos realmente pensar que Universidade queremos e o que temos feito, se é que tem-se feito algo efetivo, para conseguirmos construí-la como desejamos. Além disso, cabe destacar o que a atual direção do DCE tem feito efetivamente enquanto entidade que congrega e tem a função de articular o ME da UFSC. Neste sentido, no entender da gestão “Não Iremos Embora”, o atual DCE, embora se valha de um discurso combativo, não tem desempenhado uma prática condizente com seu discurso, o que pode ser atestado pela atuação incipiente contra a medida que instituiu as taxas na UFSC.
Voltando a realidade específica do curso, deve-se reconhecer a dificuldade desta gestão, bem como das anteriores, em conseguir realizar uma efetiva articulação entre os estudantes de Ciências Sociais da UFSC. É preciso refletir e avaliarmos o porquê desta problemática se arrastar há algum tempo e não conseguir ser solucionada. O quanto desta desarticulação é em virtude do que é feito pelos (poucos) integrantes que se dispõem a participar do CA, o quanto é uma realidade do curso ou mesmo externa ao curso, de toda a sociedade, é uma questão para ser pensada, refletida, debatida e, a nosso ver, atacada. Ora, por mais que haja divergências de opiniões e concepções, será que um mínimo de integração, articulação entre os estudantes, bem como dos cientistas sociais, não é algo válido, algo que precisa ser tentado, alcançado e realizado um esforço nesta direção? Se o próprio curso de Ciências Sociais em si propõe uma análise crítica do que é a sociedade, ao mesmo tempo em que ele também está inserido dentro desta sociedade, porque não há um movimento organizado no âmbito das Ciências Sociais da UFSC que leve a um questionamento constante e uma permanente reinvenção de como se dá tanto o processo de formação dos estudantes como de produção de conhecimento?
Por isso, avaliamos que o principal desafio e objetivo para o próximo ano é realmente conseguirmos uma maior aproximação entre os estudantes com o cotidiano do ME, bem como uma maior aproximação entre os próprios estudantes de Ciências Sociais da UFSC. Quando falamos em aproximação, não é no sentido de convívio entre os estudantes, o que também é válido, mas sim no âmbito político, de participação, de debate e de ações integradas e que tenham uma reverberação no coletivo do curso, do CFH e da Universidade. É preciso ter uma discussão permanente sobre o novo currículo, revermos o modus operandi da representação discente, aproximarmos a coordenação do curso – enquanto representante e elo de ligação do corpo docente – dos estudantes, ao mesmo tempo que é preciso que o curso de Ciências Sociais da UFSC tenha um papel de protagonismo com relação ao pensar e agir sobre as problemáticas sociais, através de uma efetiva e real articulação do curso com a sociedade. Tudo isso sem, obviamente, deixarmos de lado lutas maiores (tanto as da UFSC quanto da sociedade em geral) que exijam a ação militante. O que significa aproximar-se para resistir?
É a partir desta perspectiva que a gestão “Não Iremos Embora” pretende dar continuidade ao trabalho feito. Chamamos todos os estudantes que se identifiquem com este projeto e esta perspectiva para construirmos coletivamente a próxima gestão do CALCS. Para que haja um ME combativo, horizontal, propositivo, plural, militante e de luta precisa-se de (mais) pessoas dispostas em contribuir com o CALCS.
É neste sentido que chamamos os estudantes interessados em participar do CALCS para a convenção da chapa, a ser realizada no dia 17/11, quarta-feira, em dois horários. A primeira reunião será às 13:30 e a segunda às 17:00 na própria sede do CALCS, ou em alguma sala próxima.
Abraços fraternos,
Calcs – Gestão “Não Iremos Embora”
a próxima gestão do Calcs para participarem da convenção para
formação da chapa com vistas à disputa das eleições do CA.
A convenção será hoje em dois horários diferentes, às 13:30
e 17:00, para facilitar a participação de pessoas dos dois turnos.
Mando no corpo deste e-mail e em anexo uma avaliação da
nossa gestão, para reflexão e análise dos estudantes.
Abs,
Cris
AVALIAÇÃO DA GESTÃO "NÃO IREMOS EMBORA"
Chegamos ao fim do ano e é necessário realizarmos uma avaliação da gestão 2010 do Calcs, haja vista o processo eleitoral vindouro que irá decidir pela continuidade ou não da atual gestão do Centro Acadêmico.
Primeiro, deve-se entender que a constituição do grupo atual se fez com certos atropelos, com um grupo novo formado por pessoas que nunca tinham participado de uma gestão do Calcs, embora muitos de seus membros já tenham participado ou participem de outros movimentos. E é desse movimentar-se que grupo surgiu, ao integrar várias formas de expressão daquilo que viria a ser o movimento dialético propositivo entre o ato de denúncia e o ato de propostas. Assim, entendemos que cada coletivo possui uma dinâmica e realidade específica que precisa ser construída no cotidiano.
Além disso, a gestão acabou por assumir o Calcs apenas em abril deste ano, em virtude do atraso no processo eleitoral passado. Com isso, este “amontoado” de diferentes indivíduos tentava se constituir enquanto um coletivo durante o decorrer do semestre, com as pessoas – e o grupo – tendo que se (re)conhecer concomitantemente a todo o resto das atividades acadêmicas. Só este relato já serve para mostrar as dificuldades de se trabalhar a gestão do Calcs a partir desta realidade.
Não há como negar que foram poucas as realizações no primeiro semestre em virtude destes empecilhos. De qualquer forma, a gestão “Não Iremos Embora” não se ausentou das atividades e lutas que ocorreram no decorrer deste período, sejam em âmbito mais local como para fora da Universidade, como nas manifestações contra o aumento da tarifa do transporte público ou simplesmente ter que reivindicar a vinda de um agente administrativo para trabalhar na secretaria do curso. Mas temos autocrítica para reconhecer que foram ações pontuais e que acabam por não serem reconhecidas pelo corpo universitário do Curso de Ciências Sociais.
No segundo semestre, o se re(conhecer) na constituição de um coletivo que tenta retomar a importância da política estudantil, algumas pessoas juntaram-se ao grupo de acadêmicos que vão perdendo aos poucos sua força de luta e esperança de fazer parte da construção de seus futuros, ao invés de insistir na resistência do presente. Nessa experiência, por inúmeras razões pessoais, vários membros do CA saíram da gestão - que acabou restrita a 06 membros ao final dela - o que apontou para novos desafios. Apesar disso, avaliamos de forma positiva a atuação da gestão durante este período.
Foi possível realizar uma recepção para os calouros do noturno, fato que não foi possível realizar com os calouros do diurno, em virtude das questões já aqui relatadas. Pudemos passar um pouco do que é o CA, nossa visão sobre o curso e a Universidade. Com isso, entendemos que os calouros do noturno conseguiram entrar no curso mais situados e integrados com a realidade universitária.
Na visita do MEC, foram feitos diversos apontamentos críticos de problemas relativos ao curso, especificando as questões referentes ao período noturno, principalmente em relação ao acesso à estrutura da Universidade, dos núcleos, etc. Inexplicavelmente o MEC compreendeu que o curso noturno é melhor (?) que o diurno, atribuindo a nota máxima para ele, o que a gestão “Não Iremos Embora” discorda veementemente, considerando a realidade existente.
Também se entende que a XI Semana Acadêmica de Ciências Sociais, que depreendeu inúmeros esforços para que fosse realizada, foi bem sucedida e contou com uma boa participação dos estudantes do curso. Acreditamos que os estudantes que participaram da Semana também a avaliaram de forma positiva, a partir do que pudemos ver em conversas informais. A escolha temática desta XI Semana Acadêmica, “Ciências Sociais Para que e para quem?” vêem de encontro com a proposta do coletivo de que os estudantes possam se re(conhecer) no seu fazer, criando oportunidades de construir possibilidade que vão além das salas de aulas. Destas possibilidades o coletivo resgatou a saída de campo, instrumento de grande importância na aproximação entre a academia e a sociedade. Igualmente, percebeu a necessidade de aproximação cada vez maior com nossos docentes, evitando atritos e promovendo parcerias. Destas parcerias, destaca-se que a Direção do CFH, junto aos Centros Acadêmicos, conseguiu mais uma vez realizar com grande êxito a VI Semana de Integração do CFH “Por qual universidade e sociedade lutamos”.
Um dos princípios da gestão “Não Iremos Embora” foi o incentivo a participação dos estudantes em atividades acadêmicas (semana acadêmica, saída de campo, oficinas), políticas (manifestações pela municipalização do transporte, contra as taxas acadêmicas, Conselho das Unidades de Base-CEB), assim como a participação critica do ERECS (Encontro Regional dos Estudantes de Ciências Sociais ) e ENECS (Encontro Nacional dos Estudantes de Ciências Sociais). A viabilidade para o deslocamento ao ERECS Londrina foi possível a partir de um grande esforço junto a PRAE e a direção do CFH, antecedidos pela tentativa de discussão dos eixos temáticos do evento. Embora tanto o ERECS - Londrina quanto o ENECS - Belém tenham suas pontuadas importâncias, decidimos após consulta aos estudantes que não seria viável toda a mobilização para nos deslocarmos até Belém devido a várias circunstâncias debatidas naquele momento, estando entre as principais a não articulação das discussões que o evento nos remetia. Entretanto, alguns estudantes que sentiram uma necessidade maior em participar do evento, conseguiram viabilizar um micro-ônibus.
O CALCS também se mobilizou contra a resolução das taxas na UFSC, convocando uma reunião ampliada e se articulando com os demais CA’s do CFH. Infelizmente não encontramos reverberação entre os estudantes da UFSC e junto ao DCE para que se organizasse uma ação para se reverter esta situação. Neste caso, não acreditamos que o CA em si tenha tido uma atuação ineficiente/incipiente. O que (não) houve mostra, na verdade, que a atual situação do ME da UFSC se encontra longe do patamar por nós desejado. É, em nossa opinião, impressionante o quanto uma medida tão absurda, que atinge diretamente os estudantes da UFSC, ao mesmo tempo que extremamente impopular, não tenha levado a uma forte e articulada reação dos estudantes com o intuito de combater esta medida infame! Precisamos realmente pensar que Universidade queremos e o que temos feito, se é que tem-se feito algo efetivo, para conseguirmos construí-la como desejamos. Além disso, cabe destacar o que a atual direção do DCE tem feito efetivamente enquanto entidade que congrega e tem a função de articular o ME da UFSC. Neste sentido, no entender da gestão “Não Iremos Embora”, o atual DCE, embora se valha de um discurso combativo, não tem desempenhado uma prática condizente com seu discurso, o que pode ser atestado pela atuação incipiente contra a medida que instituiu as taxas na UFSC.
Voltando a realidade específica do curso, deve-se reconhecer a dificuldade desta gestão, bem como das anteriores, em conseguir realizar uma efetiva articulação entre os estudantes de Ciências Sociais da UFSC. É preciso refletir e avaliarmos o porquê desta problemática se arrastar há algum tempo e não conseguir ser solucionada. O quanto desta desarticulação é em virtude do que é feito pelos (poucos) integrantes que se dispõem a participar do CA, o quanto é uma realidade do curso ou mesmo externa ao curso, de toda a sociedade, é uma questão para ser pensada, refletida, debatida e, a nosso ver, atacada. Ora, por mais que haja divergências de opiniões e concepções, será que um mínimo de integração, articulação entre os estudantes, bem como dos cientistas sociais, não é algo válido, algo que precisa ser tentado, alcançado e realizado um esforço nesta direção? Se o próprio curso de Ciências Sociais em si propõe uma análise crítica do que é a sociedade, ao mesmo tempo em que ele também está inserido dentro desta sociedade, porque não há um movimento organizado no âmbito das Ciências Sociais da UFSC que leve a um questionamento constante e uma permanente reinvenção de como se dá tanto o processo de formação dos estudantes como de produção de conhecimento?
Por isso, avaliamos que o principal desafio e objetivo para o próximo ano é realmente conseguirmos uma maior aproximação entre os estudantes com o cotidiano do ME, bem como uma maior aproximação entre os próprios estudantes de Ciências Sociais da UFSC. Quando falamos em aproximação, não é no sentido de convívio entre os estudantes, o que também é válido, mas sim no âmbito político, de participação, de debate e de ações integradas e que tenham uma reverberação no coletivo do curso, do CFH e da Universidade. É preciso ter uma discussão permanente sobre o novo currículo, revermos o modus operandi da representação discente, aproximarmos a coordenação do curso – enquanto representante e elo de ligação do corpo docente – dos estudantes, ao mesmo tempo que é preciso que o curso de Ciências Sociais da UFSC tenha um papel de protagonismo com relação ao pensar e agir sobre as problemáticas sociais, através de uma efetiva e real articulação do curso com a sociedade. Tudo isso sem, obviamente, deixarmos de lado lutas maiores (tanto as da UFSC quanto da sociedade em geral) que exijam a ação militante. O que significa aproximar-se para resistir?
É a partir desta perspectiva que a gestão “Não Iremos Embora” pretende dar continuidade ao trabalho feito. Chamamos todos os estudantes que se identifiquem com este projeto e esta perspectiva para construirmos coletivamente a próxima gestão do CALCS. Para que haja um ME combativo, horizontal, propositivo, plural, militante e de luta precisa-se de (mais) pessoas dispostas em contribuir com o CALCS.
É neste sentido que chamamos os estudantes interessados em participar do CALCS para a convenção da chapa, a ser realizada no dia 17/11, quarta-feira, em dois horários. A primeira reunião será às 13:30 e a segunda às 17:00 na própria sede do CALCS, ou em alguma sala próxima.
Abraços fraternos,
Calcs – Gestão “Não Iremos Embora”
Regimento Eleitoral CALCS 2010
Regimento Eleitoral Das Eleições PARA O CENTRO ACADÊMICO LIVRE DE CIÊNCIAS SOCIAIS - CALCS
Deliberada em Assembleia Estudantil do dia 11 de novembro de 2010.
DAS ELEIÇÕES
Art. 1o – As eleições serão diretas e realizadas em um turno.
Parágrafo único – A votação ocorrerá nos dias 25 de novembro de 2010 (quinta-feira), conforme deliberação da Assembléia dos estudantes de Ciências Sociais.
Art. 2o – Não há um quorum mínimo de votantes para que as eleições sejam válidas.
DAS CHAPAS INSCRITAS
Art. 19o – Só serão consideradas inscritas as chapas que:
I – Apresentarem nominata composta de, no mínimo, 8 (oito) integrantes.
II – Efetuarem inscrição no dia 17 e 18 de novembro de 2010, das 10:00 às 10:30 e das 20:00 às 20:30 no CALCS.
§ 1o – Só será aceita a inscrição da chapa por inscrito, em letra legível, constando nela o nome dos membros, número de matrícula, assinatura de todos os integrantes, atestado de matrícula que comprove a matrícula de todos os integrantes da nominata, bem como a denominação da chapa.
§ 2o – A inscrição da chapa deverá ser necessariamente feita por pelo menos um dos integrantes da chapa, que receberá um comprovante do recebimento da inscrição, bem como uma cópia deste Regimento.
DOS ELEITORES
Art. 3o – São eleitores todos os estudantes regularmente matriculados no curso de graduação em Ciências Sociais.
Art. 4o – O direito à voto ficará condicionado a comprovação da regularidade da matrícula do estudante.
Art. 5o – O eleitor deverá apresentar aos mesários qualquer documento de identificação oficial com foto (RG. Motorista. C. de trabalho), ou a certeira do RU, para ter direito a voto, devendo ainda assinar a listagem oficial da votação para o recebimento da cédula eleitoral.
Art. 6o – O eleitor que não tiver seu nome inscrito na listagem de votação, fornecido pelo Departamento de Administração Escolar (DAE) da UFSC, deverá trazer um comprovante devidamente emitido e carimbado pelo departamento do curso no qual está matriculado, para exercer seu direto de voto em separado.
DO VOTO
Art. 7o – O voto é universal e facultativo, e a votação se dará por chapas inscritas.
Art. 8o – São considerados votos válidos todos os votos que expressem claramente ou nominalmente a intenção do eleitor quanto a escolha da chapa.
Parágrafo Único – Cabe a Comissão Eleitoral, durante a apuração dos votos, decidir sobre a validade ou não dos votos duvidosos.
Art. 9o – São considerados votos nulos todos os votos que não identificarem a intenção do eleitor.
Art. 10o – São considerados votos brancos todos os votos que não contenham quaisquer inscrições ou manifestações do eleitor, ou seja, a cédula intacta.
DA URNA
Art. 11o – Haverá uma urna localizada no corredor em frente às salas de aula do curso de Ciências Sociais.
Art. 12o – A urna ficará disponível para votação durante o dia da eleição, das 08:20 até 12:30 e das 17:00 às 22:00.
Art. 13o – Durante a tarde entre os dois períodos de votação a urna será guardada na Coordenação do Curso de Ciências Sociais, sendo lacrada pela Comissão Eleitoral.
DOS MESÁRIOS
Art. 14o – A mesa será formada no mínimo por 01 (um mesário) mesário, sendo que um deste não deve estar inscrito em nenhuma chapa.
Parágrafo Único – A troca de mesário deverá constar na ata da urna o horário da troca e o nome dos mesários que entrarem e saírem da mesa, bem como suas respectivas assinaturas.
DA CAMPANHA
Art. 15o – As passagens em salas de aula para propaganda eleitoral no dia de votação não serão permitidas.
Art. 16o – Durante os dias de votação, não poderá haver campanha de boca de urna dentro do prédio de aulas do CFH.
DA APURAÇÃO
Art. 17o – A apuração terá início após o término da votação, ou seja, dia 25 de Novembro às 22:00 hs. A apuração ocorrerá no CALCS ou em alguma sala próxima.
Art. 18o – Cada chapa poderá mandar um fiscal para auxiliar a Comissão Eleitoral na apuração dos votos.
Parágrafo único: o período de homologação da chapa eleita será de 26 de novembro a 29 de novembro.
DA COMISSÃO ELEITORAL
Art. 20o – A Comissão Eleitoral será formada por 2 (dois) acadêmicos, estando estes regularmente matriculados no curso de graduação em Ciências Sociais da UFSC, que forem nomeados conforme deliberação desta Assembléia dos Estudantes de Ciências Sociais realizada no dia 11/11/2010, e que não poderão fazer parte de nenhuma chapa concorrente.
Art. 21o – Serão atributos da Comissão Eleitoral:
I – Viabilizar e divulgar o processo eleitoral.
II – Organizar pelo menos um debate entre as chapas inscritas, com data e local a serem definidos posteriormente.
III – Fiscalizar o processo eleitoral.
IV – Divulgar o resultado da eleição e declarar a chapa eleita.
Florianópolis, 11 de Novembro de 2010
COMISSÃO ELEITORAL
Deliberada em Assembleia Estudantil do dia 11 de novembro de 2010.
DAS ELEIÇÕES
Art. 1o – As eleições serão diretas e realizadas em um turno.
Parágrafo único – A votação ocorrerá nos dias 25 de novembro de 2010 (quinta-feira), conforme deliberação da Assembléia dos estudantes de Ciências Sociais.
Art. 2o – Não há um quorum mínimo de votantes para que as eleições sejam válidas.
DAS CHAPAS INSCRITAS
Art. 19o – Só serão consideradas inscritas as chapas que:
I – Apresentarem nominata composta de, no mínimo, 8 (oito) integrantes.
II – Efetuarem inscrição no dia 17 e 18 de novembro de 2010, das 10:00 às 10:30 e das 20:00 às 20:30 no CALCS.
§ 1o – Só será aceita a inscrição da chapa por inscrito, em letra legível, constando nela o nome dos membros, número de matrícula, assinatura de todos os integrantes, atestado de matrícula que comprove a matrícula de todos os integrantes da nominata, bem como a denominação da chapa.
§ 2o – A inscrição da chapa deverá ser necessariamente feita por pelo menos um dos integrantes da chapa, que receberá um comprovante do recebimento da inscrição, bem como uma cópia deste Regimento.
DOS ELEITORES
Art. 3o – São eleitores todos os estudantes regularmente matriculados no curso de graduação em Ciências Sociais.
Art. 4o – O direito à voto ficará condicionado a comprovação da regularidade da matrícula do estudante.
Art. 5o – O eleitor deverá apresentar aos mesários qualquer documento de identificação oficial com foto (RG. Motorista. C. de trabalho), ou a certeira do RU, para ter direito a voto, devendo ainda assinar a listagem oficial da votação para o recebimento da cédula eleitoral.
Art. 6o – O eleitor que não tiver seu nome inscrito na listagem de votação, fornecido pelo Departamento de Administração Escolar (DAE) da UFSC, deverá trazer um comprovante devidamente emitido e carimbado pelo departamento do curso no qual está matriculado, para exercer seu direto de voto em separado.
DO VOTO
Art. 7o – O voto é universal e facultativo, e a votação se dará por chapas inscritas.
Art. 8o – São considerados votos válidos todos os votos que expressem claramente ou nominalmente a intenção do eleitor quanto a escolha da chapa.
Parágrafo Único – Cabe a Comissão Eleitoral, durante a apuração dos votos, decidir sobre a validade ou não dos votos duvidosos.
Art. 9o – São considerados votos nulos todos os votos que não identificarem a intenção do eleitor.
Art. 10o – São considerados votos brancos todos os votos que não contenham quaisquer inscrições ou manifestações do eleitor, ou seja, a cédula intacta.
DA URNA
Art. 11o – Haverá uma urna localizada no corredor em frente às salas de aula do curso de Ciências Sociais.
Art. 12o – A urna ficará disponível para votação durante o dia da eleição, das 08:20 até 12:30 e das 17:00 às 22:00.
Art. 13o – Durante a tarde entre os dois períodos de votação a urna será guardada na Coordenação do Curso de Ciências Sociais, sendo lacrada pela Comissão Eleitoral.
DOS MESÁRIOS
Art. 14o – A mesa será formada no mínimo por 01 (um mesário) mesário, sendo que um deste não deve estar inscrito em nenhuma chapa.
Parágrafo Único – A troca de mesário deverá constar na ata da urna o horário da troca e o nome dos mesários que entrarem e saírem da mesa, bem como suas respectivas assinaturas.
DA CAMPANHA
Art. 15o – As passagens em salas de aula para propaganda eleitoral no dia de votação não serão permitidas.
Art. 16o – Durante os dias de votação, não poderá haver campanha de boca de urna dentro do prédio de aulas do CFH.
DA APURAÇÃO
Art. 17o – A apuração terá início após o término da votação, ou seja, dia 25 de Novembro às 22:00 hs. A apuração ocorrerá no CALCS ou em alguma sala próxima.
Art. 18o – Cada chapa poderá mandar um fiscal para auxiliar a Comissão Eleitoral na apuração dos votos.
Parágrafo único: o período de homologação da chapa eleita será de 26 de novembro a 29 de novembro.
DA COMISSÃO ELEITORAL
Art. 20o – A Comissão Eleitoral será formada por 2 (dois) acadêmicos, estando estes regularmente matriculados no curso de graduação em Ciências Sociais da UFSC, que forem nomeados conforme deliberação desta Assembléia dos Estudantes de Ciências Sociais realizada no dia 11/11/2010, e que não poderão fazer parte de nenhuma chapa concorrente.
Art. 21o – Serão atributos da Comissão Eleitoral:
I – Viabilizar e divulgar o processo eleitoral.
II – Organizar pelo menos um debate entre as chapas inscritas, com data e local a serem definidos posteriormente.
III – Fiscalizar o processo eleitoral.
IV – Divulgar o resultado da eleição e declarar a chapa eleita.
Florianópolis, 11 de Novembro de 2010
COMISSÃO ELEITORAL
16 de nov. de 2010
Brasil potencia?
Bom dia a todos,
Achei que podia interessar ....
Armas são decisivas para entrada em Conselho de Segurança da ONU, dizem analistas (Folha, 16 de novembro)
O apoio dos EUA à pretensão da Índia a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) pode ser explicado, segundo especialistas, pelo arsenal de guerra de Nova Déli -- que inclui pelo menos 60 ogivas nucleares e um Exército com mais de 1,3 milhão de combatentes.
O presidente Barack Obama oficializou o apoio à Índia na semana passada, durante visita ao país.
Pesou em sua decisão o fato de os indianos serem o maior contraponto militar à China no sul da Ásia. Mas o apoio não ocorreria se o país não contasse com armas nucleares, segundo um general da alta cúpula do Exército brasileiro, que pediu para não ser identificado.
Segundo estimativa do Sipri (Instituto Internacional de Pesquisas de Estocolmo), a Índia tem entre 60 e 80 armas nucleares.
Fora isso, possui um dos maiores Exércitos convencionais do mundo, além de grande quantidade de armas estratégicas, entre elas mais de 4.000 tanques pesados, 11 mil peças de artilharia, 660 caças e uma Marinha forte, cuja frota conta com um porta-aviões e um submarino de propulsão nuclear.
Em 2008, o país investiu na área militar mais de US$ 30 bilhões, o equivalente a 2,6% de seu PIB (Produto Interno Bruto). O Brasil investiu mais de US$ 23 bilhões, cerca de 1,5% do PIB no mesmo ano, segundo o Sipri.
Os EUA, maior potência militar do globo, gastou mais de US$ 610 bilhões (4,3%).
"Para ser membro permanente do Conselho de Segurança, o país tem que ser reconhecido como potência militar, o que não é o caso [do Brasil]", afirma o pesquisador da Unicamp e coronel da reserva Geraldo Cavagnari.
Segundo o pesquisador, como o Conselho de Segurança é um órgão político (e não econômico), "independente do peso da economia de um país, ele terá que possuir armas para integrá-lo".
Para ele, a diferença de tamanho das forças armadas da Índia e do Brasil não é fruto apenas de decisões políticas. A localização estratégica dos países pesa na balança.
Enquanto o Brasil fica em uma região considerada extremamente estável (América do Sul, Atlântico e Pacífico sul), a Índia tem uma população cinco vezes maior, situa-se em um possível teatro de guerras futuro e vive a possibilidade permanente de conflito com o Paquistão -outra força nuclear.
MISSÕES DE PAZ
Sem os recursos necessários para se tornar uma potência militar, o Brasil tenta obter prestígio internacional participando de missões de paz das Nações Unidas.
A maior delas hoje é a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti), em que o Brasil mantém mais de 2.000 capacetes azuis.
Porém, os recursos escassos prejudicam até a participação nesse tipo de missão.
Em meados de agosto, o Itamaraty conseguiu, em negociação com a ONU, o comando da Força Tarefa Naval das Nações Unidas, que hoje atua na proteção da área costeira do Líbano.
Em troca, o Brasil deveria emprestar apenas um navio de sua esquadra de guerra. A negociação emperrou no Ministério da Defesa, que afirmou que não poderia prescindir de uma embarcação na defesa do litoral do país.
Hoje, negocia-se a ida de oficiais da Marinha para integrar a missão e, no ano que vem, o deslocamento de tropas terrestres.
Porém, mesmo quando a comparação é sobre missões de paz, a participação do Brasil é inferior à da Índia -- que tem quatro vezes mais tropas a serviço da ONU.
Para Cavagnari, a participação em operações de paz é positiva para o Brasil, mas não o torna uma potência.
"O Brasil passa a ser um país confiável porque contribui com a paz mundial. Mas ter um papel significativo nas decisões mundiais é outra coisa", disse.
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/mundo/831141-armas-sao-decisivas-para-entrada-em-conselho-de-seguranca-da-onu-dizem-analistas.shtml
Ygor Aragão
Achei que podia interessar ....
Armas são decisivas para entrada em Conselho de Segurança da ONU, dizem analistas (Folha, 16 de novembro)
O apoio dos EUA à pretensão da Índia a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) pode ser explicado, segundo especialistas, pelo arsenal de guerra de Nova Déli -- que inclui pelo menos 60 ogivas nucleares e um Exército com mais de 1,3 milhão de combatentes.
O presidente Barack Obama oficializou o apoio à Índia na semana passada, durante visita ao país.
Pesou em sua decisão o fato de os indianos serem o maior contraponto militar à China no sul da Ásia. Mas o apoio não ocorreria se o país não contasse com armas nucleares, segundo um general da alta cúpula do Exército brasileiro, que pediu para não ser identificado.
Segundo estimativa do Sipri (Instituto Internacional de Pesquisas de Estocolmo), a Índia tem entre 60 e 80 armas nucleares.
Fora isso, possui um dos maiores Exércitos convencionais do mundo, além de grande quantidade de armas estratégicas, entre elas mais de 4.000 tanques pesados, 11 mil peças de artilharia, 660 caças e uma Marinha forte, cuja frota conta com um porta-aviões e um submarino de propulsão nuclear.
Em 2008, o país investiu na área militar mais de US$ 30 bilhões, o equivalente a 2,6% de seu PIB (Produto Interno Bruto). O Brasil investiu mais de US$ 23 bilhões, cerca de 1,5% do PIB no mesmo ano, segundo o Sipri.
Os EUA, maior potência militar do globo, gastou mais de US$ 610 bilhões (4,3%).
"Para ser membro permanente do Conselho de Segurança, o país tem que ser reconhecido como potência militar, o que não é o caso [do Brasil]", afirma o pesquisador da Unicamp e coronel da reserva Geraldo Cavagnari.
Segundo o pesquisador, como o Conselho de Segurança é um órgão político (e não econômico), "independente do peso da economia de um país, ele terá que possuir armas para integrá-lo".
Para ele, a diferença de tamanho das forças armadas da Índia e do Brasil não é fruto apenas de decisões políticas. A localização estratégica dos países pesa na balança.
Enquanto o Brasil fica em uma região considerada extremamente estável (América do Sul, Atlântico e Pacífico sul), a Índia tem uma população cinco vezes maior, situa-se em um possível teatro de guerras futuro e vive a possibilidade permanente de conflito com o Paquistão -outra força nuclear.
MISSÕES DE PAZ
Sem os recursos necessários para se tornar uma potência militar, o Brasil tenta obter prestígio internacional participando de missões de paz das Nações Unidas.
A maior delas hoje é a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti), em que o Brasil mantém mais de 2.000 capacetes azuis.
Porém, os recursos escassos prejudicam até a participação nesse tipo de missão.
Em meados de agosto, o Itamaraty conseguiu, em negociação com a ONU, o comando da Força Tarefa Naval das Nações Unidas, que hoje atua na proteção da área costeira do Líbano.
Em troca, o Brasil deveria emprestar apenas um navio de sua esquadra de guerra. A negociação emperrou no Ministério da Defesa, que afirmou que não poderia prescindir de uma embarcação na defesa do litoral do país.
Hoje, negocia-se a ida de oficiais da Marinha para integrar a missão e, no ano que vem, o deslocamento de tropas terrestres.
Porém, mesmo quando a comparação é sobre missões de paz, a participação do Brasil é inferior à da Índia -- que tem quatro vezes mais tropas a serviço da ONU.
Para Cavagnari, a participação em operações de paz é positiva para o Brasil, mas não o torna uma potência.
"O Brasil passa a ser um país confiável porque contribui com a paz mundial. Mas ter um papel significativo nas decisões mundiais é outra coisa", disse.
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/mundo/831141-armas-sao-decisivas-para-entrada-em-conselho-de-seguranca-da-onu-dizem-analistas.shtml
Ygor Aragão
15 de nov. de 2010
Relato do CEB
Relato do CEB
Aproveitando alguns momentos antes de me jogar na sol da praia para contar como foi o ceb autoconvocado da sexta feira... foi longo so isso posso dizer... foram poucas as vezes que vi uma reuniao de ceb tao cheia...epocas de eleicao ninguem fica parado, fique dito... em fim foram 2h30m de uma reuniao cheia de falas carregadissimas com o peso eleitoreiro devido as partes envolvidas... foi uma discussao tendenciosa desde o inicio para algo que mais parecia uma roleta russa.. quem começaria a brincadeira... marino o relatado , que pertence a gestao boas novas e apoiador da rosa dos ventos ou a comissao eleitoral que precisaria explicar todas suas acoes desde o ocorrido, ja que esta estava sendo julgada pelos seus atos,ao expor o relatado a toda a comunidade academica Esta brincadeira de roleta russa ate o inicio das duas falas foram quase 40 minutos de um ar seco de poucos espaços para respiro entre as forças que arquitetavam o inicio do jogo de xadrez. Pelo cansaço e nao muito por tatica o relatado marino começou a falar e posteriormente a comissao eleitoral. Apos as explicacoes de ambas as partes as ´peças ja estavam posicionadas dentro da sala de reunioes.A briga para saber quem teria suas peças ainda em jogo para enfraquecer e anular o jogo eleitoral nao deu conta de medir as forças, mas deixou visivel quais sao as forças e de que jeito elas se movimentam dentro do tabuleiro.Nao existiu consenso entre as interpretacoes das regras, entao aquele jogo ja nao tinha mais possibilidades de continuar sendo jogado, voltando assim os exercitos para a frente de batalha nas campanhas eleitorais... Ficou afirmado entre as partes o envio da ata desta reuniao para que a comunidade academica fica-se sabendo do empate forçado pelo tempo e conndicoes ,estando presente nesta ata a fala explitcativa de marino, da comissao eleitoral e dos demais ca´s que se aglutinavam entre as varias forças ali presentes..
obs: para quem nao entendeu o que falei sobre o ocorrido que foi discutido, leia as cartas da comissao eleitoral mandou para todos os estudantes (segue carta abaixo)
Bom dia
Favor divulgar comunicado da comissão eleitoral do Diretório Central dos Estudantes da UFSC.
Att,
Comissão Eleitoral do DCE da UFSC
Comunicado da Comissão Eleitoral – 26/10/10
Nós, da Comissão Eleitoral para o DCE da UFSC, viemos a público através deste nos posicionarmos sobre fatos ocorridos na última semana.
No último dia 20 de outubro de 2010, o integrante da antiga gestão do DCE Canto Geral, Marino Mondek, foi flagrado no interior da sede do DCE com posse de uma das suas chaves. Esse fato ocorreu sem o consentimento de qualquer membro da comissão eleitoral e muito menos da própria comissão eleitoral.
Conforme explicado posteriormente, a chave lhe foi repassada por um dos membros da gestão da Associação dos Pós-Graduandos (APG), a qual divide sede com o DCE, com o intuito de ajudar na organização de atividades acadêmicas ligadas a EIV. Este membro da APG tinha consciência também que não podia repassar uma chave a um estudante da graduação.
Não negamos a importância política das atividades relacionadas ao Estágio Interdisciplinar de Vivência, mas gostaríamos de lembrar que o ocorrido se constitui em falta grave, pois ameaça a credibilidade das eleições e desta comissão. A sede do DCE ou qualquer um de seus bens não podem estar em posse privilegiada de qualquer estudante da graduação, sob pena de favorecimento de determinado grupo concorrente ao pleito.
Tendo isso em vista, o presente documento tem por objetivo esclarecer o fato ocorrido e exigir a devolução, em até 48 horas após o seu lançamento ao público, da chave em posse dos estudantes da graduação.
Queremos reforçar que não é permitida a entrada na sede do DCE de qualquer pessoa estranha à comissão eleitoral e à gestão da APG.
Por fim, não existe autorização por parte da comissão eleitoral da reprodução total ou parcial de qualquer comunicado seu, tendo em vista que não se visa favorecer qualquer uma das chapas em disputa nas eleições. Livre é, obviamente, o debate sobre seu teor.
Sem mais.
Comissão Eleitoral 2010 – Diretório Central dos Estudantes da UFSC
26/10/10
Aproveitando alguns momentos antes de me jogar na sol da praia para contar como foi o ceb autoconvocado da sexta feira... foi longo so isso posso dizer... foram poucas as vezes que vi uma reuniao de ceb tao cheia...epocas de eleicao ninguem fica parado, fique dito... em fim foram 2h30m de uma reuniao cheia de falas carregadissimas com o peso eleitoreiro devido as partes envolvidas... foi uma discussao tendenciosa desde o inicio para algo que mais parecia uma roleta russa.. quem começaria a brincadeira... marino o relatado , que pertence a gestao boas novas e apoiador da rosa dos ventos ou a comissao eleitoral que precisaria explicar todas suas acoes desde o ocorrido, ja que esta estava sendo julgada pelos seus atos,ao expor o relatado a toda a comunidade academica Esta brincadeira de roleta russa ate o inicio das duas falas foram quase 40 minutos de um ar seco de poucos espaços para respiro entre as forças que arquitetavam o inicio do jogo de xadrez. Pelo cansaço e nao muito por tatica o relatado marino começou a falar e posteriormente a comissao eleitoral. Apos as explicacoes de ambas as partes as ´peças ja estavam posicionadas dentro da sala de reunioes.A briga para saber quem teria suas peças ainda em jogo para enfraquecer e anular o jogo eleitoral nao deu conta de medir as forças, mas deixou visivel quais sao as forças e de que jeito elas se movimentam dentro do tabuleiro.Nao existiu consenso entre as interpretacoes das regras, entao aquele jogo ja nao tinha mais possibilidades de continuar sendo jogado, voltando assim os exercitos para a frente de batalha nas campanhas eleitorais... Ficou afirmado entre as partes o envio da ata desta reuniao para que a comunidade academica fica-se sabendo do empate forçado pelo tempo e conndicoes ,estando presente nesta ata a fala explitcativa de marino, da comissao eleitoral e dos demais ca´s que se aglutinavam entre as varias forças ali presentes..
obs: para quem nao entendeu o que falei sobre o ocorrido que foi discutido, leia as cartas da comissao eleitoral mandou para todos os estudantes (segue carta abaixo)
Bom dia
Favor divulgar comunicado da comissão eleitoral do Diretório Central dos Estudantes da UFSC.
Att,
Comissão Eleitoral do DCE da UFSC
Comunicado da Comissão Eleitoral – 26/10/10
Nós, da Comissão Eleitoral para o DCE da UFSC, viemos a público através deste nos posicionarmos sobre fatos ocorridos na última semana.
No último dia 20 de outubro de 2010, o integrante da antiga gestão do DCE Canto Geral, Marino Mondek, foi flagrado no interior da sede do DCE com posse de uma das suas chaves. Esse fato ocorreu sem o consentimento de qualquer membro da comissão eleitoral e muito menos da própria comissão eleitoral.
Conforme explicado posteriormente, a chave lhe foi repassada por um dos membros da gestão da Associação dos Pós-Graduandos (APG), a qual divide sede com o DCE, com o intuito de ajudar na organização de atividades acadêmicas ligadas a EIV. Este membro da APG tinha consciência também que não podia repassar uma chave a um estudante da graduação.
Não negamos a importância política das atividades relacionadas ao Estágio Interdisciplinar de Vivência, mas gostaríamos de lembrar que o ocorrido se constitui em falta grave, pois ameaça a credibilidade das eleições e desta comissão. A sede do DCE ou qualquer um de seus bens não podem estar em posse privilegiada de qualquer estudante da graduação, sob pena de favorecimento de determinado grupo concorrente ao pleito.
Tendo isso em vista, o presente documento tem por objetivo esclarecer o fato ocorrido e exigir a devolução, em até 48 horas após o seu lançamento ao público, da chave em posse dos estudantes da graduação.
Queremos reforçar que não é permitida a entrada na sede do DCE de qualquer pessoa estranha à comissão eleitoral e à gestão da APG.
Por fim, não existe autorização por parte da comissão eleitoral da reprodução total ou parcial de qualquer comunicado seu, tendo em vista que não se visa favorecer qualquer uma das chapas em disputa nas eleições. Livre é, obviamente, o debate sobre seu teor.
Sem mais.
Comissão Eleitoral 2010 – Diretório Central dos Estudantes da UFSC
26/10/10
O desafio de construir ciências sociais autônomas no Sul
O desafio de construir ciências sociais autônomas no Sul
Com a presença de pesquisadores dos 5 continentes, encontro sobre dependência acadêmica realizado na Argentina, representa um passo adiante na luta por desenvolver um pensamento crítico não somente na América Latina mas, pode-se dizer, numa dimensão mundial. A presença de estadunidenses e europeus só enriqueceu o debate, apesar de uma parte deles ainda apegar-se a uma pretensa universalidade das Ciências Sociais produzidas no centro do Sistema Mundial. O artigo é de Theotonio dos Santos.
Theotonio dos Santos
Entre os dias 3 e 6 de novembro realizou-se em Mendoza, Argentina, a II Oficina sobre Dependencia Académica, dirigida por Fernanda Beigel, diretora do PIDAL, Programa de Investigaciones sobre Dependencia Académica en América Latina que funciona na Facultad de Ciencias Políticas y Sociales da Universidad Nacional de Cuyo, com apoio do CONICET e do Programa Sul-Sul do CLACSO.
Com a presença de pesquisadores dos 5 continentes, este encontro representa um passo adiante na luta por desenvolver um pensamento crítico não somente na América Latina mas, pode-se dizer, numa dimensão mundial. A presença de estadunidenses e europeus só enriqueceu o debate, apesar de uma parte deles ainda apegar-se a uma pretensa universalidade das Ciências Sociais produzidas no centro do Sistema Mundial. Mas foi muito emocionante assistir por exemplo a participação por vídeo-conferencia do professor Syed Farias Alatas , da Universidade de Singapura, regatando o papel tão especial da teoria da dependência na superação de uma ciência social criada a serviço de um projeto e uma prática colonialista e imperialista. Ele buscou inclusive destacar os antecedentes asiáticos desta empreitada teórica e empírica que seu famoso pai e outros importantes pensadores filipinos ya haviam iniciado desde o pós guerra. Não foi demasiado ousado, haver chamado a Conferência Pública em que participaram além de Syed Alatas, Enrique Oteiza e eu com a moderação da própria Fernanda Beigel: A tradição dependentista latinoamericana e o desenvolvimento de um circuito acadêmico periférico.
De fato, além da ampla dimensão regional é interessante apontar a amplitude temática que abordou esta oficina de trabalho. Figuras de grande peso como Hebe Vessuri, do Instituto de Investigaciones Científicas da Venezuela, Sujata Pael, da University of Hyderabad, Índia, Hernan Sabea da American University of Cairo, Egito, e vários outros discutiram os problemas epistemológicos e teóricos articulados com a especificidade de cada região do sul; a construção de carreiras acadêmicas e a profissionalização no Sul; a importancia dos modelos de desenvolvimento; as alternativas diante da dependencia académica como as pequenas publicações e as agendas de pesquisa não eurocéntricas; a autonomia institucional, a dependencia financeira e o desenvolvimento do campo científico-universitário; a dependencia e a internacionalização das Ciencias Sociais; os desafios epistemológicos e políticos da ciência periférica; a construção de carreiras acadêmicas desde espaços periféricos: desigualdades de acesso à educação superior, mobilidade académica intra-regional e internacional.; a divisão intrnacional do trabalho científico e o intercambio desigual do conhecimento.
Por esta agenda de debates os leitores podem avaliar a importância de todo um campo temático construido sistematicamente a partir destes seminários que desenvolvem e aprofundam uma problemática muito querida do pensamento crítico latinoamericano.
Creio que Enrique Oteiza, o artífice do Conselho Latino Americano de Ciencias Sociais (CLACSO) dirigido na atualidade por Emir Sader, sintetizou muito bem o espírito desta reunião quando me fez um comentário emocionado:” me sinto feliz de constatar como aquele espírito de debate de nossos tempos está de volta”. E com um forte e estimulante núcleo energético no qual predominam mulheres acadêmicas de ponta e jovens cientistas de todo o planeta com fortes traços étnicos não europeu. É uma resposta contundente aos que dizem que a teoria da dependencia está morta. Havia que perguntar: ONDE?
O LIVRO DO PRIMEIRO ENCONTRO:
AUTONOMIA E DEPENDENCIA ACADÉMICA:
Universidad e Investigación Científica en un Circuito Periférico: Chile y Argentina (1950-1980).
Fernanda Beigel dirigiu este livro editado por Editorial Biblos (Investigaciones y Ensayos) que foi lançado durante a II Oficina apresentada acima. Este livro vai desde uma Introdução da diretora sobre “Reflexões no uso do conceito de campo e sobre a “elasticidade” da autonomia em cirduitos acadêmicos periféricos” até um conjunto de estudos de história do conhecimento que analisa com detalhe e profundidade a emergência teórica e analítica do Cono Sul (primeiro de 1950-a 1973), para estudar numa segunda parte os dependentistas e a dependencia acadêmica, para, finalmente numa terceira parte, debruçar-se sobre o perído de ascenso do pensamento único neoliberal montado nas baionetas golpistas (tema que tratei muito criticamente no meu livro: Do Terror à Esperança - Auge e Decadência do Neoliberalismo, Idéias e Letras, aparecida, S.P.)sob o título A contração da Autonomia: Las Dictaduras y los Exílios (1973-1990).
Apesar de sua concentração nos casos da Argentina e do Chile, este livro contribui para a história das ciências sociais não só na América Latina como em todo o mundo, particularmente neste universo cultural que se designa como o SUL.
fonte: CArta Maior ,15 de novembro
Internacional| 14/11/2010 | Copyleft
Com a presença de pesquisadores dos 5 continentes, encontro sobre dependência acadêmica realizado na Argentina, representa um passo adiante na luta por desenvolver um pensamento crítico não somente na América Latina mas, pode-se dizer, numa dimensão mundial. A presença de estadunidenses e europeus só enriqueceu o debate, apesar de uma parte deles ainda apegar-se a uma pretensa universalidade das Ciências Sociais produzidas no centro do Sistema Mundial. O artigo é de Theotonio dos Santos.
Theotonio dos Santos
Entre os dias 3 e 6 de novembro realizou-se em Mendoza, Argentina, a II Oficina sobre Dependencia Académica, dirigida por Fernanda Beigel, diretora do PIDAL, Programa de Investigaciones sobre Dependencia Académica en América Latina que funciona na Facultad de Ciencias Políticas y Sociales da Universidad Nacional de Cuyo, com apoio do CONICET e do Programa Sul-Sul do CLACSO.
Com a presença de pesquisadores dos 5 continentes, este encontro representa um passo adiante na luta por desenvolver um pensamento crítico não somente na América Latina mas, pode-se dizer, numa dimensão mundial. A presença de estadunidenses e europeus só enriqueceu o debate, apesar de uma parte deles ainda apegar-se a uma pretensa universalidade das Ciências Sociais produzidas no centro do Sistema Mundial. Mas foi muito emocionante assistir por exemplo a participação por vídeo-conferencia do professor Syed Farias Alatas , da Universidade de Singapura, regatando o papel tão especial da teoria da dependência na superação de uma ciência social criada a serviço de um projeto e uma prática colonialista e imperialista. Ele buscou inclusive destacar os antecedentes asiáticos desta empreitada teórica e empírica que seu famoso pai e outros importantes pensadores filipinos ya haviam iniciado desde o pós guerra. Não foi demasiado ousado, haver chamado a Conferência Pública em que participaram além de Syed Alatas, Enrique Oteiza e eu com a moderação da própria Fernanda Beigel: A tradição dependentista latinoamericana e o desenvolvimento de um circuito acadêmico periférico.
De fato, além da ampla dimensão regional é interessante apontar a amplitude temática que abordou esta oficina de trabalho. Figuras de grande peso como Hebe Vessuri, do Instituto de Investigaciones Científicas da Venezuela, Sujata Pael, da University of Hyderabad, Índia, Hernan Sabea da American University of Cairo, Egito, e vários outros discutiram os problemas epistemológicos e teóricos articulados com a especificidade de cada região do sul; a construção de carreiras acadêmicas e a profissionalização no Sul; a importancia dos modelos de desenvolvimento; as alternativas diante da dependencia académica como as pequenas publicações e as agendas de pesquisa não eurocéntricas; a autonomia institucional, a dependencia financeira e o desenvolvimento do campo científico-universitário; a dependencia e a internacionalização das Ciencias Sociais; os desafios epistemológicos e políticos da ciência periférica; a construção de carreiras acadêmicas desde espaços periféricos: desigualdades de acesso à educação superior, mobilidade académica intra-regional e internacional.; a divisão intrnacional do trabalho científico e o intercambio desigual do conhecimento.
Por esta agenda de debates os leitores podem avaliar a importância de todo um campo temático construido sistematicamente a partir destes seminários que desenvolvem e aprofundam uma problemática muito querida do pensamento crítico latinoamericano.
Creio que Enrique Oteiza, o artífice do Conselho Latino Americano de Ciencias Sociais (CLACSO) dirigido na atualidade por Emir Sader, sintetizou muito bem o espírito desta reunião quando me fez um comentário emocionado:” me sinto feliz de constatar como aquele espírito de debate de nossos tempos está de volta”. E com um forte e estimulante núcleo energético no qual predominam mulheres acadêmicas de ponta e jovens cientistas de todo o planeta com fortes traços étnicos não europeu. É uma resposta contundente aos que dizem que a teoria da dependencia está morta. Havia que perguntar: ONDE?
O LIVRO DO PRIMEIRO ENCONTRO:
AUTONOMIA E DEPENDENCIA ACADÉMICA:
Universidad e Investigación Científica en un Circuito Periférico: Chile y Argentina (1950-1980).
Fernanda Beigel dirigiu este livro editado por Editorial Biblos (Investigaciones y Ensayos) que foi lançado durante a II Oficina apresentada acima. Este livro vai desde uma Introdução da diretora sobre “Reflexões no uso do conceito de campo e sobre a “elasticidade” da autonomia em cirduitos acadêmicos periféricos” até um conjunto de estudos de história do conhecimento que analisa com detalhe e profundidade a emergência teórica e analítica do Cono Sul (primeiro de 1950-a 1973), para estudar numa segunda parte os dependentistas e a dependencia acadêmica, para, finalmente numa terceira parte, debruçar-se sobre o perído de ascenso do pensamento único neoliberal montado nas baionetas golpistas (tema que tratei muito criticamente no meu livro: Do Terror à Esperança - Auge e Decadência do Neoliberalismo, Idéias e Letras, aparecida, S.P.)sob o título A contração da Autonomia: Las Dictaduras y los Exílios (1973-1990).
Apesar de sua concentração nos casos da Argentina e do Chile, este livro contribui para a história das ciências sociais não só na América Latina como em todo o mundo, particularmente neste universo cultural que se designa como o SUL.
fonte: CArta Maior ,15 de novembro
Internacional| 14/11/2010 | Copyleft
12 de nov. de 2010
Escola do MST tem a melhor nota do ENEM em Santa Catarina
Divulgando...
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Escola do MST tem a melhor nota do ENEM em Santa Catarina
Na Escola Semente da Conquista , localizada no assentamento 25 de Maio, em Santa Catarina, estudam 112 filhos de assentados, de 14 a 21 anos. A escola é dirigida por militantes do MST e professores indicados pelos próprios assentados do município de Abelardo Luz, cidade com o maior número de famílias assentadas no estado. São 1418 famílias, morando em 23 assentamentos.
A escola foi destaque no Exame Nacional do Ensino médio (Enem) de 2009, divulgado na pagina oficial do Enem. Ocupou a primeira posição no município, com uma nota de 505,69. Para muitos, esses dados não são mais do que um conjunto de números que indicam certo resultado, mas para nós, que vivemos neste espaço social, é uma grande conquista.
No entanto, essa conquista, histórica para uma instituição de ensino do campo, ficou fora da atenção da mídia, como também pouco reconhecida pelas autoridades políticas de nosso estado. A engrenagem ideológica sustentada pela mídia e pelas elites rejeita todas as formas de protagonismo popular, especialmente quando esses sujeitos demonstram, na prática, que é possível outro modelo de educação.
A Escola Semente da Conquista é sinal de luta contra o sistema que nada faz contra os índices de analfabetismo e do êxodo rural. Vale destacar que vivemos numa sociedade em que as melhores bibliotecas, cinemas, teatros são Mais de 100 filhos de assentados estudam na Escola para uma pequena elite. Espaços culturais são direitos universais, mas que são realidade para poucos.
E mesmo com todas as dificuldades a Escola Semente da Conquista foi destaque entre as escolas do Município. Este fato não é apenas mérito dos educandos, mas sim de uma proposta pedagógica do MST, que tem na sua essência a formação de novos homens e mulheres, sujeitos do seu processo histórico em construção e em constante aprendizado.
fonte : Diario da Classe Intersindical
.
.
--
Matheus Acosta
Com a barriga vazia não consigo dormir
E com o buxo mais cheio comecei a pensar
Que eu me organizando posso desorganizar
[Chico Science]
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Escola do MST tem a melhor nota do ENEM em Santa Catarina
Na Escola Semente da Conquista , localizada no assentamento 25 de Maio, em Santa Catarina, estudam 112 filhos de assentados, de 14 a 21 anos. A escola é dirigida por militantes do MST e professores indicados pelos próprios assentados do município de Abelardo Luz, cidade com o maior número de famílias assentadas no estado. São 1418 famílias, morando em 23 assentamentos.
A escola foi destaque no Exame Nacional do Ensino médio (Enem) de 2009, divulgado na pagina oficial do Enem. Ocupou a primeira posição no município, com uma nota de 505,69. Para muitos, esses dados não são mais do que um conjunto de números que indicam certo resultado, mas para nós, que vivemos neste espaço social, é uma grande conquista.
No entanto, essa conquista, histórica para uma instituição de ensino do campo, ficou fora da atenção da mídia, como também pouco reconhecida pelas autoridades políticas de nosso estado. A engrenagem ideológica sustentada pela mídia e pelas elites rejeita todas as formas de protagonismo popular, especialmente quando esses sujeitos demonstram, na prática, que é possível outro modelo de educação.
A Escola Semente da Conquista é sinal de luta contra o sistema que nada faz contra os índices de analfabetismo e do êxodo rural. Vale destacar que vivemos numa sociedade em que as melhores bibliotecas, cinemas, teatros são Mais de 100 filhos de assentados estudam na Escola para uma pequena elite. Espaços culturais são direitos universais, mas que são realidade para poucos.
E mesmo com todas as dificuldades a Escola Semente da Conquista foi destaque entre as escolas do Município. Este fato não é apenas mérito dos educandos, mas sim de uma proposta pedagógica do MST, que tem na sua essência a formação de novos homens e mulheres, sujeitos do seu processo histórico em construção e em constante aprendizado.
fonte : Diario da Classe Intersindical
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Matheus Acosta
Com a barriga vazia não consigo dormir
E com o buxo mais cheio comecei a pensar
Que eu me organizando posso desorganizar
[Chico Science]
8 de nov. de 2010
Assembléia dos estudantes de Ciências Sociais
Assembléia dos estudantes de Ciências Sociais
Data - 11/11 (quinta-feira) Horário - 17:00
Local - Sala 333
Pauta:
- Aprovação do regimento para a eleição da próxima gestão do Calcs
- Aprovação do calendário eleitoral
- Eleição dos membros da comissão eleitoral
Data - 11/11 (quinta-feira) Horário - 17:00
Local - Sala 333
Pauta:
- Aprovação do regimento para a eleição da próxima gestão do Calcs
- Aprovação do calendário eleitoral
- Eleição dos membros da comissão eleitoral
5 de nov. de 2010
Palestras: "O Canteiro e o Desenho" e "Arte e Trabalho Livre"
Centro Acadêmico de Arquitetura promove duas palestras com Sérgio Ferro
Para enriquecer a discussão e incentivar a implementação de um “canteiro experimental” no projeto pedagógico do Curso de Arquitetura e Urbanismo, o Centro Acadêmico Livre de Arquitetura da UFSC promove na próxima semana duas palestras com o professor Sérgio Ferro, pintor, desenhista, arquiteto e professor brasileiro radicado na França há mais de 30 anos.
Palestra : O Canteiro e o Desenho
Data: 04/11/2010
Horário: 19:00
Local: auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos
Palestra : Arte e Trabalho Livre
Data: 05/11/2010
Horário: 15:00
Local: auditório Teixeirão, Centro Tecnológico (CTC)
Uma das importantes discussões de Ferro é a respeito do canteiro de obras, na qual explica a situação de superexploração da mão-de-obra envolvida neste setor da economia. Segundo o professor, a organização atual da construção civil transforma o trabalhador do canteiro em mão de uma cabeça alheia. Da mesma forma questiona também a posição do arquiteto e do engenheiro. Mais tarde passou a estudar estas relações também nas artes plásticas.
No âmbito acadêmico, essas reflexões do professor Sério Ferro transformam-se em prática através da adoção do Canteiro Experimental como ferramenta didática dentro dos currículos dos cursos de Arquitetura, objetivando a formação de um profissional crítico e preparado para enfrentar os desafios de uma prática profissional socialmente consciente.
Mais informações no site: www.cala.ufsc.br
Para enriquecer a discussão e incentivar a implementação de um “canteiro experimental” no projeto pedagógico do Curso de Arquitetura e Urbanismo, o Centro Acadêmico Livre de Arquitetura da UFSC promove na próxima semana duas palestras com o professor Sérgio Ferro, pintor, desenhista, arquiteto e professor brasileiro radicado na França há mais de 30 anos.
Palestra : O Canteiro e o Desenho
Data: 04/11/2010
Horário: 19:00
Local: auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos
Palestra : Arte e Trabalho Livre
Data: 05/11/2010
Horário: 15:00
Local: auditório Teixeirão, Centro Tecnológico (CTC)
Uma das importantes discussões de Ferro é a respeito do canteiro de obras, na qual explica a situação de superexploração da mão-de-obra envolvida neste setor da economia. Segundo o professor, a organização atual da construção civil transforma o trabalhador do canteiro em mão de uma cabeça alheia. Da mesma forma questiona também a posição do arquiteto e do engenheiro. Mais tarde passou a estudar estas relações também nas artes plásticas.
No âmbito acadêmico, essas reflexões do professor Sério Ferro transformam-se em prática através da adoção do Canteiro Experimental como ferramenta didática dentro dos currículos dos cursos de Arquitetura, objetivando a formação de um profissional crítico e preparado para enfrentar os desafios de uma prática profissional socialmente consciente.
Mais informações no site: www.cala.ufsc.br
2 de nov. de 2010
TRANS DAY NIGS 2010 - RODA DE CONVERSA: Transexualidades e a Patologização das Identidades
Vinicius Kauê Ferreira
O Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades convida para as atividades do TRANS DAY NIGS 2010, que está compondo o conjunto de ações no mundo todo contra a patologização das transexualidades e travestilidades.
Além da exposição de faixas e fotos que terá sua abertura no próximo dia 03 de novembro (quarta-feira), no Hall do CFH, convidamos para uma roda de conversa sobre o tema, destinado a quem quer conhecer mais sobre o tema e compartilhar experiências:
RODA DE CONVERSA:
Transexualidades e a Patologização das Identidades
Com pesquisador@s e participantes dos movimentos trans
03 de novembro (terça-feira)
18h30min
sala 302 do CFH
“TRANS DAY NIGS 2010”
A transexualidade se caracteriza pela não concordância entre o sexo biológico (homem/mulher) e o gênero (masculino/feminino) através do qual a pessoa deseja ser reconhecida. Em 1987 ela foi incluída nos catálogos de doenças mentais como um “Transtorno de Identidade de Gênero”. As repercussões da medicalização e patologização da transexualidade se refletem diretamente na vida das pessoas transexuais, seja por torná-las “doentes” que precisam de um tratamento sobre o qual não detém nenhum poder ou controle, tendo de se submeter às decisões dos profissionais de saúde, seja por não permitir aos sujeitos viverem sua identidade de gênero como bem lhes convir ou, ainda, por não terem o reconhecimento social, tornando-os vítimas de preconceitos e estigmas, ou reconhecimento legal da sua condição, principalmente no que se refere à dificuldade de adotar oficialmente o seu nome social, condizente com sua identidade de gênero.
A Stop Trans Pathologization - 2012 é uma campanha internacional pela despatologização das identidades trans (transexuais e transgêneros) e pela sua retirada dos catálogos de doenças, o DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), da American Psychiatric Association, cuja versão revista surgirá em 2012, e o CID (Classificação Internacional de Doenças), da Organização Mundial da Saúde (OMS), que será revisto em 2014.
Assumida até o momento por mais de cem organizações e quatro redes internacionais na África, na Ásia, na Europa e na América do Norte e do Sul, a campanha coordena uma mobilização internacional simultânea em mais de trinta cidades de dezessete países europeus e no continente americano. O mês de outubro foi escolhido como o mês que marca a luta contra a medicalização e patologização das identidades trans ao redor do mundo. O Núcleo de Identidades e Subjetividades – NIGS - se une a essa campanha, na perspectiva de que as pesquisas acadêmicas devem propiciar reflexões que produzam transformações sociais. Neste sentido, nós, @s pesquisador@s do NIGS promovemos este manifesto visual até o dia 03 de novembro e convidamos todas e todos para uma roda de conversa sobre o tema, que acontecerá no dia 03 de novembro, das 18h30min às 21h, na sala 302 do CFH.
O Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades convida para as atividades do TRANS DAY NIGS 2010, que está compondo o conjunto de ações no mundo todo contra a patologização das transexualidades e travestilidades.
Além da exposição de faixas e fotos que terá sua abertura no próximo dia 03 de novembro (quarta-feira), no Hall do CFH, convidamos para uma roda de conversa sobre o tema, destinado a quem quer conhecer mais sobre o tema e compartilhar experiências:
RODA DE CONVERSA:
Transexualidades e a Patologização das Identidades
Com pesquisador@s e participantes dos movimentos trans
03 de novembro (terça-feira)
18h30min
sala 302 do CFH
“TRANS DAY NIGS 2010”
A transexualidade se caracteriza pela não concordância entre o sexo biológico (homem/mulher) e o gênero (masculino/feminino) através do qual a pessoa deseja ser reconhecida. Em 1987 ela foi incluída nos catálogos de doenças mentais como um “Transtorno de Identidade de Gênero”. As repercussões da medicalização e patologização da transexualidade se refletem diretamente na vida das pessoas transexuais, seja por torná-las “doentes” que precisam de um tratamento sobre o qual não detém nenhum poder ou controle, tendo de se submeter às decisões dos profissionais de saúde, seja por não permitir aos sujeitos viverem sua identidade de gênero como bem lhes convir ou, ainda, por não terem o reconhecimento social, tornando-os vítimas de preconceitos e estigmas, ou reconhecimento legal da sua condição, principalmente no que se refere à dificuldade de adotar oficialmente o seu nome social, condizente com sua identidade de gênero.
A Stop Trans Pathologization - 2012 é uma campanha internacional pela despatologização das identidades trans (transexuais e transgêneros) e pela sua retirada dos catálogos de doenças, o DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), da American Psychiatric Association, cuja versão revista surgirá em 2012, e o CID (Classificação Internacional de Doenças), da Organização Mundial da Saúde (OMS), que será revisto em 2014.
Assumida até o momento por mais de cem organizações e quatro redes internacionais na África, na Ásia, na Europa e na América do Norte e do Sul, a campanha coordena uma mobilização internacional simultânea em mais de trinta cidades de dezessete países europeus e no continente americano. O mês de outubro foi escolhido como o mês que marca a luta contra a medicalização e patologização das identidades trans ao redor do mundo. O Núcleo de Identidades e Subjetividades – NIGS - se une a essa campanha, na perspectiva de que as pesquisas acadêmicas devem propiciar reflexões que produzam transformações sociais. Neste sentido, nós, @s pesquisador@s do NIGS promovemos este manifesto visual até o dia 03 de novembro e convidamos todas e todos para uma roda de conversa sobre o tema, que acontecerá no dia 03 de novembro, das 18h30min às 21h, na sala 302 do CFH.
31 de out. de 2010
Tom Zé na UFSC
Saca-rolhas gigantes, leques e torneiras são algumas das personagens de uma modalidade de teatro ainda pouco explorada no Brasil, o Teatro de Objetos, que vai ter um evento inteiramente dedicado a ela. O Festival Internacional de Teatro de Objetos (FITO) acontece entre os dias 12 e 15 de novembro, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Criado em 2009, o FITO já teve edições em Porto Alegre, Belo Horizonte e Manaus e em sua primeira vez em Santa Catarina, numa realização do Serviço Social da Indústria (SESI-SC/ FIESC), irá promover 76 apresentações com 13 companhias do Brasil, Argentina, Israel, Itália, França e Espanha.
Para receber o público será montada uma estrutura cenográfica especial, teatros climatizados, minissalas de espetáculos e cenografia interativa, totalizando uma área de 2.300 m². O ambiente terá quatro salas para espetáculos nacionais e internacionais, sendo três delas com capacidade para receber até 200 pessoas e uma quarta com capacidade para 50 espectadores. O festival funcionará das 16h às 22h nos quatro dias de evento.
Além das apresentações, oficinas e feira de objetos, um dos grandes destaques do FITO será o músico Tom Zé que apresenta o espetáculo 'Música/ Contramúsica' no sábado, 13 de novembro, às 21:30h.
--
Matheus Acosta
Com a barriga vazia não consigo dormir
E com o buxo mais cheio comecei a pensar
Que eu me organizando posso desorganizar
[Chico Science]
Criado em 2009, o FITO já teve edições em Porto Alegre, Belo Horizonte e Manaus e em sua primeira vez em Santa Catarina, numa realização do Serviço Social da Indústria (SESI-SC/ FIESC), irá promover 76 apresentações com 13 companhias do Brasil, Argentina, Israel, Itália, França e Espanha.
Para receber o público será montada uma estrutura cenográfica especial, teatros climatizados, minissalas de espetáculos e cenografia interativa, totalizando uma área de 2.300 m². O ambiente terá quatro salas para espetáculos nacionais e internacionais, sendo três delas com capacidade para receber até 200 pessoas e uma quarta com capacidade para 50 espectadores. O festival funcionará das 16h às 22h nos quatro dias de evento.
Além das apresentações, oficinas e feira de objetos, um dos grandes destaques do FITO será o músico Tom Zé que apresenta o espetáculo 'Música/ Contramúsica' no sábado, 13 de novembro, às 21:30h.
--
Matheus Acosta
Com a barriga vazia não consigo dormir
E com o buxo mais cheio comecei a pensar
Que eu me organizando posso desorganizar
[Chico Science]
29 de out. de 2010
Romeu Tuma: A morte de mais um torturador impune
A morte de mais um torturador impune - http://www.brasildefato.com.br/node/4507
qua, 2010-10-27Ex-presos políticos lembram o triste e criminoso legado deixado pelo ex-delegado do Dops
27/10/2010
Patrícia Benvenuti
da Redação
A morte do senador Romeu Tuma (PTB-SP), no dia 26 de outubro, trouxe à tona manifestações de pesar de vários políticos, que lamentaram a perda. Para organizações de direitos humanos, no entanto, ele passa para a história como mais um torturador da ditadura civil-militar (1964-1985) que ficou impune no Brasil.
Tuma faleceu aos 79 anos no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (SP), depois de 56 dias de internação. De acordo com nota divulgada pela instituição, a morte se deu em "decorrência de falência de múltiplos órgãos".
Mesmo doente, ele concorreu à reeleição no dia 3 de outubro, quando obteve 3,97 milhões de votos, ficando em quinto lugar na lista de senadores. Seu lugar será ocupado por Alfredo Cotait (DEM-SP), seu primeiro suplente, atual secretário de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo.
Carreira
A vida política de Tuma começou em 1994, quando foi eleito senador pelo Partido Liberal (PL). Em 2000, foi candidato à Prefeitura de São Paulo, quando terminou em quarto lugar. Nas eleições de 2002, foi eleito para um novo mandato de senador, com vigência até 2011.
Sua atuação mais destacada, no entanto, ocorreu como policial, carreira que iniciou aos 20 anos de idade, quando se tornou investigador por concurso público. Em 1967, passou a ser delegado de polícia, depois de se graduar em direito. Nesse período, alcançou o posto de diretor de Polícia Especializada, na Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
A partir de 1969, começou a trabalhar com o delegado Sérgio Paranhos Fleury – considerado um dos maiores torturadores do regime civil-militar – no Serviço de Inteligência do Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Dops), que passou a dirigir em 1975. Apesar do cargo que ocupou, Tuma afirmava desconhecer a existência de práticas de tortura na unidade. Da mesma forma, garantia ignorar detalhes sobre desaparecimentos e assassinatos.
Repressão
A “inocência” de Tuma, no entanto, é rebatida por ex-presos políticos, que recordam bem de sua atuação enquanto diretor do Dops. O integrante do Fórum dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo, Ivan Seixas, lembra que a sala ocupada por Tuma no prédio do Dops se localizava um andar acima de onde ocorriam os interrogatórios e as torturas. “Não tinha isolamento acústico. Nós [presos] ouvíamos as torturas durante noite e dia”.
Só esse detalhe, segundo Seixas, seria suficiente para provar o conhecimento de Tuma sobre a situação. No entanto, ele lembra que existe uma série de documentos que comprovam a participação de Tuma na orientação dos interrogatórios. “[Tuma] Não era um funcionário qualquer, era o orientador. E ele também era frequentador assíduo do DOI-Codi [Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna], que era outro centro de tortura”.
O escritor e jornalista Alipio Freire, também ex-preso político, reitera o envolvimento de Tuma nas torturas. “O Dops foi o centro da repressão até a criação da Oban [Operação Bandeirante]. Ele sabia de sobra o que aconteceu no Brasil”, afirma.
Fraude
Já a integrante da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, Suzana Lisboa, acusa Tuma de omitir informações sobre crimes cometidos durante sua gestão no Dops.
Como exemplo, a militante utiliza o caso de seu marido, Luiz Eurico Tejera Lisboa. Preso em 1972, ele constou na lista de desaparecidos até 1979, quando seu corpo foi encontrado no cemitério de Perus, em São Paulo, sob o nome falso de Nelson Bueno.
O inquérito sobre sua morte, que “apareceu” depois da descoberta do seu corpo e com o falso nome, indicava que Luiz Eurico teria cometido suicídio em uma pensão do bairro da Liberdade, no centro de São Paulo. O inquérito, entretanto, apresentava uma série de falhas, o que possibilitou a reabertura do caso.
Questionado por um juiz, que solicitou ao Dops informações sobre Lisboa, Tuma afirmou que não havia registros em nome de Nelson Bueno. Em 1991, porém, quando Suzana teve acesso aos arquivos do Dops, ela encontrou uma lista de 1978, endereçada a Tuma, onde constava o nome de Luiz Eurico e a informação de que havia morrido em setembro de 1972. “Tuma mentiu sobre meu marido, dizendo que não tinha informações sobre ele”.
Para Suzana, ao não responder por seus crimes, Tuma leva consigo segredos e informações valiosas sobre mortos e desaparecidos. “Ele fazia de conta que não teve envolvimento [com a ditadura]. Ele conseguiu ficar impune e leva, com ele, um pedaço da nossa história e dados sobre nossos desaparecidos políticos”.
Polícia Federal
Em março de 1983, com a extinção do Dops, Tuma assumiu o cargo de superintendente regional da Polícia Federal em São Paulo, para onde levou os arquivos do órgão que comandava. O objetivo, segundo Suzana, era “evitar que a esquerda ou que nós [familiares e organizações de direitos humanos] tivéssemos acesso”.
Mais tarde, Tuma passou a ser acusado, com mais força, de alterar os arquivos do Dops e omitir uma série de documentos importantes para a elucidação de crimes. As fraudes teriam ocorrido quando o ex-presidente Fernando Collor de Mello se propôs a entregar, ao governo de São Paulo, os arquivos do Dops.
Dom Paulo Evaristo Arns, na época, afirmou ter recebido denúncias de que os arquivos estariam sendo esvaziados, o que motivou uma vigília de vítimas da repressão e familiares em frente à sede da Polícia Federal, na capital paulista.
Segundo Suzana, não há como calcular a extensão do material retirado, mas arquivos inteiros referentes a “colaboradores” e à “Guerrilha do Araguaia” estavam vazios. Mesmo assim, reitera a militante, sobraram documentos que provam a participação do Tuma nos crimes.
Crítica
Apesar de seu histórico, o ex-delegado e senador cultivava boas relações com o governo federal e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 1980, quando Lula e outros sindicalistas estavam presos no Dops depois de uma intervenção federal no Sindicato dos Metalúrgicos, Tuma liberou o atual mandatário para ir ao velório e enterro de sua mãe, Eurídice Ferreira Mello, dona Lindu. Na época, Lula chegou a afirmar que recebia um bom tratamento na prisão.
Sobre a morte de Tuma, Lula afirmou, em nota, que o senador merece o reconhecimento dos brasileiros, pois “dedicou grande parte da vida à causa pública, atuando de forma coerente com a visão que tinha do mundo”.
Para Suzana, é inaceitável a postura de Lula em relação a Tuma. “Lamento que o presidente Lula o defenda. Acho que é uma relação que não deveria ficar, em memória de milhares de presos”.
Freire, da mesma forma, critica o trânsito de Tuma junto ao governo. “Ele se tornou uma pessoa 'inocente' depois [da ditadura]. É lamentável que ele tenha se tornado uma figura de circulação mais do que permitida, mas, também, querida, por um governo democrático”.
Operação Bandeirante: Centro de informações, investigações e de torturas montado pelo Exército em 1969, a fim de coordenar e integrar as ações dos órgãos de combate aos grupos armados de esquerda que lutavam contra o regime civil-militar no Brasil.
--
Sabrina.
qua, 2010-10-27Ex-presos políticos lembram o triste e criminoso legado deixado pelo ex-delegado do Dops
27/10/2010
Patrícia Benvenuti
da Redação
A morte do senador Romeu Tuma (PTB-SP), no dia 26 de outubro, trouxe à tona manifestações de pesar de vários políticos, que lamentaram a perda. Para organizações de direitos humanos, no entanto, ele passa para a história como mais um torturador da ditadura civil-militar (1964-1985) que ficou impune no Brasil.
Tuma faleceu aos 79 anos no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (SP), depois de 56 dias de internação. De acordo com nota divulgada pela instituição, a morte se deu em "decorrência de falência de múltiplos órgãos".
Mesmo doente, ele concorreu à reeleição no dia 3 de outubro, quando obteve 3,97 milhões de votos, ficando em quinto lugar na lista de senadores. Seu lugar será ocupado por Alfredo Cotait (DEM-SP), seu primeiro suplente, atual secretário de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo.
Carreira
A vida política de Tuma começou em 1994, quando foi eleito senador pelo Partido Liberal (PL). Em 2000, foi candidato à Prefeitura de São Paulo, quando terminou em quarto lugar. Nas eleições de 2002, foi eleito para um novo mandato de senador, com vigência até 2011.
Sua atuação mais destacada, no entanto, ocorreu como policial, carreira que iniciou aos 20 anos de idade, quando se tornou investigador por concurso público. Em 1967, passou a ser delegado de polícia, depois de se graduar em direito. Nesse período, alcançou o posto de diretor de Polícia Especializada, na Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
A partir de 1969, começou a trabalhar com o delegado Sérgio Paranhos Fleury – considerado um dos maiores torturadores do regime civil-militar – no Serviço de Inteligência do Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Dops), que passou a dirigir em 1975. Apesar do cargo que ocupou, Tuma afirmava desconhecer a existência de práticas de tortura na unidade. Da mesma forma, garantia ignorar detalhes sobre desaparecimentos e assassinatos.
Repressão
A “inocência” de Tuma, no entanto, é rebatida por ex-presos políticos, que recordam bem de sua atuação enquanto diretor do Dops. O integrante do Fórum dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo, Ivan Seixas, lembra que a sala ocupada por Tuma no prédio do Dops se localizava um andar acima de onde ocorriam os interrogatórios e as torturas. “Não tinha isolamento acústico. Nós [presos] ouvíamos as torturas durante noite e dia”.
Só esse detalhe, segundo Seixas, seria suficiente para provar o conhecimento de Tuma sobre a situação. No entanto, ele lembra que existe uma série de documentos que comprovam a participação de Tuma na orientação dos interrogatórios. “[Tuma] Não era um funcionário qualquer, era o orientador. E ele também era frequentador assíduo do DOI-Codi [Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna], que era outro centro de tortura”.
O escritor e jornalista Alipio Freire, também ex-preso político, reitera o envolvimento de Tuma nas torturas. “O Dops foi o centro da repressão até a criação da Oban [Operação Bandeirante]. Ele sabia de sobra o que aconteceu no Brasil”, afirma.
Fraude
Já a integrante da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, Suzana Lisboa, acusa Tuma de omitir informações sobre crimes cometidos durante sua gestão no Dops.
Como exemplo, a militante utiliza o caso de seu marido, Luiz Eurico Tejera Lisboa. Preso em 1972, ele constou na lista de desaparecidos até 1979, quando seu corpo foi encontrado no cemitério de Perus, em São Paulo, sob o nome falso de Nelson Bueno.
O inquérito sobre sua morte, que “apareceu” depois da descoberta do seu corpo e com o falso nome, indicava que Luiz Eurico teria cometido suicídio em uma pensão do bairro da Liberdade, no centro de São Paulo. O inquérito, entretanto, apresentava uma série de falhas, o que possibilitou a reabertura do caso.
Questionado por um juiz, que solicitou ao Dops informações sobre Lisboa, Tuma afirmou que não havia registros em nome de Nelson Bueno. Em 1991, porém, quando Suzana teve acesso aos arquivos do Dops, ela encontrou uma lista de 1978, endereçada a Tuma, onde constava o nome de Luiz Eurico e a informação de que havia morrido em setembro de 1972. “Tuma mentiu sobre meu marido, dizendo que não tinha informações sobre ele”.
Para Suzana, ao não responder por seus crimes, Tuma leva consigo segredos e informações valiosas sobre mortos e desaparecidos. “Ele fazia de conta que não teve envolvimento [com a ditadura]. Ele conseguiu ficar impune e leva, com ele, um pedaço da nossa história e dados sobre nossos desaparecidos políticos”.
Polícia Federal
Em março de 1983, com a extinção do Dops, Tuma assumiu o cargo de superintendente regional da Polícia Federal em São Paulo, para onde levou os arquivos do órgão que comandava. O objetivo, segundo Suzana, era “evitar que a esquerda ou que nós [familiares e organizações de direitos humanos] tivéssemos acesso”.
Mais tarde, Tuma passou a ser acusado, com mais força, de alterar os arquivos do Dops e omitir uma série de documentos importantes para a elucidação de crimes. As fraudes teriam ocorrido quando o ex-presidente Fernando Collor de Mello se propôs a entregar, ao governo de São Paulo, os arquivos do Dops.
Dom Paulo Evaristo Arns, na época, afirmou ter recebido denúncias de que os arquivos estariam sendo esvaziados, o que motivou uma vigília de vítimas da repressão e familiares em frente à sede da Polícia Federal, na capital paulista.
Segundo Suzana, não há como calcular a extensão do material retirado, mas arquivos inteiros referentes a “colaboradores” e à “Guerrilha do Araguaia” estavam vazios. Mesmo assim, reitera a militante, sobraram documentos que provam a participação do Tuma nos crimes.
Crítica
Apesar de seu histórico, o ex-delegado e senador cultivava boas relações com o governo federal e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 1980, quando Lula e outros sindicalistas estavam presos no Dops depois de uma intervenção federal no Sindicato dos Metalúrgicos, Tuma liberou o atual mandatário para ir ao velório e enterro de sua mãe, Eurídice Ferreira Mello, dona Lindu. Na época, Lula chegou a afirmar que recebia um bom tratamento na prisão.
Sobre a morte de Tuma, Lula afirmou, em nota, que o senador merece o reconhecimento dos brasileiros, pois “dedicou grande parte da vida à causa pública, atuando de forma coerente com a visão que tinha do mundo”.
Para Suzana, é inaceitável a postura de Lula em relação a Tuma. “Lamento que o presidente Lula o defenda. Acho que é uma relação que não deveria ficar, em memória de milhares de presos”.
Freire, da mesma forma, critica o trânsito de Tuma junto ao governo. “Ele se tornou uma pessoa 'inocente' depois [da ditadura]. É lamentável que ele tenha se tornado uma figura de circulação mais do que permitida, mas, também, querida, por um governo democrático”.
Operação Bandeirante: Centro de informações, investigações e de torturas montado pelo Exército em 1969, a fim de coordenar e integrar as ações dos órgãos de combate aos grupos armados de esquerda que lutavam contra o regime civil-militar no Brasil.
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Sabrina.
repassado por Thiago Arruda
Era só que faltava...
hahahahahahhahahahahahahahhaha
Apocalipse tucano
O "fim do mundo" marca a mais nova peça da propaganda tucana usada nesta reta final de campanha. Sob o título “Dilma 2012 – O fim está próximo”, um vídeo de seis minutos, publicado no blog “Vou de Serra”, que dá apoio à candidatura do PSDB, ultrapassa – e muito – o tom alarmista que Regina Duarte imprimiu à campanha do ex-governador paulista em 2002.
Derrotada por Lula naquele ano, a campanha Serra ficou marcada por utilizar uma aparição da atriz, que disse na ocasião ter “medo” de um governo petista. A fala dela teve um impacto tão grande que os petistas recorreram a um antídoto publicitário, com o bordão “a esperança venceu o medo”.
Desta vez, o medo da campanha tucana deu lugar ao pavor. O pessoal do "Vou de Serra" caprichou na falta de bom senso, ao compilar todos os boatos contra Dilma que correm soltos na internet. Tirem as crianças da sala!
Por Alberto Oliveira
Em tempo: Diante da repercussão negativa do vídeo, o site oficial de José Serra tirou o blog "Eu Vou de Serra 45" da lista de sites parceiros. Logo depois, o vídeo foi tirado do próprio blog "Eu Vou de Serra 45".
http://br.eleicoes.yahoo.net/blog/post/232/apocalipse-tucano.html
Era só que faltava...
hahahahahahhahahahahahahahhaha
Apocalipse tucano
O "fim do mundo" marca a mais nova peça da propaganda tucana usada nesta reta final de campanha. Sob o título “Dilma 2012 – O fim está próximo”, um vídeo de seis minutos, publicado no blog “Vou de Serra”, que dá apoio à candidatura do PSDB, ultrapassa – e muito – o tom alarmista que Regina Duarte imprimiu à campanha do ex-governador paulista em 2002.
Derrotada por Lula naquele ano, a campanha Serra ficou marcada por utilizar uma aparição da atriz, que disse na ocasião ter “medo” de um governo petista. A fala dela teve um impacto tão grande que os petistas recorreram a um antídoto publicitário, com o bordão “a esperança venceu o medo”.
Desta vez, o medo da campanha tucana deu lugar ao pavor. O pessoal do "Vou de Serra" caprichou na falta de bom senso, ao compilar todos os boatos contra Dilma que correm soltos na internet. Tirem as crianças da sala!
Por Alberto Oliveira
Em tempo: Diante da repercussão negativa do vídeo, o site oficial de José Serra tirou o blog "Eu Vou de Serra 45" da lista de sites parceiros. Logo depois, o vídeo foi tirado do próprio blog "Eu Vou de Serra 45".
http://br.eleicoes.yahoo.net/blog/post/232/apocalipse-tucano.html
28 de out. de 2010
La puta madre murió el K y todavía llora un pueblo!
Posso chorar como “cabecita negra”?
Por Raul Fitipaldi.
Morreu Kirchner. O Povo avança sobre Praça de Maio, as mulheres velhas carregam bandeias argentinas, os jovens choram, o povo saúda à Cristina, esse povo meu que amo com paixão está na rua sem restrições. Os vejo nesta tela por onde lhe escrevo y choro marés, não pelo presidente, nem pela Cristina, choro porque lá está minha gente chorando e eu sinto necessidade de abraçá-la e chorar com ela.
Nesse Universo de Mitos que é Argentina, brilha um novo mito, o Cidadão K está no céu com Evita, com El Che, com El Negro Olmedo, com Gardel, com Monzón, com o deus dos argentinos que é laico como la puta madre e crente como Juan XXIII.
E me dá na mesma se o cara era populista, se era sério ou um vendedor de garrafas vazias, ele era o Presidente que chegou depois que o Povo Pobre, que o Cabecita Negra deu um chute na bunda da política que vinha da ditadura. Esse Povo que se meteu no Congresso e depois invadiu a Praça das Mâes da Resistência e de Maio também, e deu o sangue, deu a vida por liberar a Pátria do menemismo, como o deram Dario Santillán, Harodo Conti, Roberto Walsh, vidas que eram a vida de todos e todas. El Néstor era o Presidente do Povo que andou quilômetros e segue andando, que entrou por Rivadavia e não parou até limpar a Praça onde a Nação se sonha.
- E... que me cutuca que pense como socialista, hein, se estou sentindo como pobre, como analfabeto, como trabalhador, como desempregado, como mina com 10 filhos sem marido, como prostituta sem clientes para encher a panela em casa, como estudante sem grana para comprar um mísero livro, como peronista também, se quiser, e não sou, nunca fui, não serei, mas se é passaporte para andar na rua com minha gente, po’deixar que assino a ficha!
- Que me rumina que elabore como burguês esquerdoso, como classe média pensante, não posso, sou grilo de favela, cresci com o vapor da chuva molhando o colchão, sem porta nem janela, nasci como esse cara que vejo agora, chorando esfarrapado e gritando Viva Néstor, Viva Cristina, Viva Evita!
- Entende meu! Lhe escrevo para que saiba que aqui tem um Cabecita Negra e que nem morando neste paraíso Desterro, onde vou me reparir cinza, me tiram a natureza de pobre, ferrado, fedido. Sou eu meu amigo quem vai pela Avenida de Maio com a bandeira na mão, de porre pela dor, com a esperança na ponta da língua porque Evita, El Che, Olmedo, Gardel e todos os outros, el Néstor incluído, são imortais, pela simples razão de que quando um Povo quer pode tudo, e os argentinos (os emprestados também) queremos que nossos mortos, que são santos, anjos e guerrilheiros assim sejam. Amém.
--
Matheus Acosta
http://www.eiv.libertar.org/ Estágio Interdisciplinar de Vivências
Por Raul Fitipaldi.
Morreu Kirchner. O Povo avança sobre Praça de Maio, as mulheres velhas carregam bandeias argentinas, os jovens choram, o povo saúda à Cristina, esse povo meu que amo com paixão está na rua sem restrições. Os vejo nesta tela por onde lhe escrevo y choro marés, não pelo presidente, nem pela Cristina, choro porque lá está minha gente chorando e eu sinto necessidade de abraçá-la e chorar com ela.
Nesse Universo de Mitos que é Argentina, brilha um novo mito, o Cidadão K está no céu com Evita, com El Che, com El Negro Olmedo, com Gardel, com Monzón, com o deus dos argentinos que é laico como la puta madre e crente como Juan XXIII.
E me dá na mesma se o cara era populista, se era sério ou um vendedor de garrafas vazias, ele era o Presidente que chegou depois que o Povo Pobre, que o Cabecita Negra deu um chute na bunda da política que vinha da ditadura. Esse Povo que se meteu no Congresso e depois invadiu a Praça das Mâes da Resistência e de Maio também, e deu o sangue, deu a vida por liberar a Pátria do menemismo, como o deram Dario Santillán, Harodo Conti, Roberto Walsh, vidas que eram a vida de todos e todas. El Néstor era o Presidente do Povo que andou quilômetros e segue andando, que entrou por Rivadavia e não parou até limpar a Praça onde a Nação se sonha.
- E... que me cutuca que pense como socialista, hein, se estou sentindo como pobre, como analfabeto, como trabalhador, como desempregado, como mina com 10 filhos sem marido, como prostituta sem clientes para encher a panela em casa, como estudante sem grana para comprar um mísero livro, como peronista também, se quiser, e não sou, nunca fui, não serei, mas se é passaporte para andar na rua com minha gente, po’deixar que assino a ficha!
- Que me rumina que elabore como burguês esquerdoso, como classe média pensante, não posso, sou grilo de favela, cresci com o vapor da chuva molhando o colchão, sem porta nem janela, nasci como esse cara que vejo agora, chorando esfarrapado e gritando Viva Néstor, Viva Cristina, Viva Evita!
- Entende meu! Lhe escrevo para que saiba que aqui tem um Cabecita Negra e que nem morando neste paraíso Desterro, onde vou me reparir cinza, me tiram a natureza de pobre, ferrado, fedido. Sou eu meu amigo quem vai pela Avenida de Maio com a bandeira na mão, de porre pela dor, com a esperança na ponta da língua porque Evita, El Che, Olmedo, Gardel e todos os outros, el Néstor incluído, são imortais, pela simples razão de que quando um Povo quer pode tudo, e os argentinos (os emprestados também) queremos que nossos mortos, que são santos, anjos e guerrilheiros assim sejam. Amém.
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Matheus Acosta
http://www.eiv.libertar.org/ Estágio Interdisciplinar de Vivências
26 de out. de 2010
Estudantes Ucranianos contra taxas
Repassando..
Eduardo Perondi
Em 12 de outubro, cerca de 20.000 estudantes ucranianos saíram às ruas para protestar contra a decisão do governo de permitir às universidades públicas de introduzir novas taxas. Os protestos foram realizados em quinze cidades, do Oeste ao Leste do país. As maiores manifestações se deram em Kiev, Lviv, Carcóvia, Uzhhorod e Simferopol. Rivne, Ivano-Frankivsk, Zhitomir, Kamyanets-Podolsk, Sumy, Khmelnitsky, Kirovograd, Lugansk, Lutsk e Sevastopol também protestaram.
Os organizadores dos protestos foram o sindicato estudantil independente “Ação Direta” (“Priama Diya” em ucraniano) e a “Fundação de Iniciativas Regionais”. O “Ação Direta”, um sindicato de esquerda que luta pela educação libertária, tem estado ativo na defesa dos direitos e interesses estudantis contra a pressão das administrações universitárias, reformas neoliberais e serviços especiais do Estado.
Há um ano, o “Ação Direta” foi essencial na organização dos protestos quando o passado governo de Timoshenko tentou aprovar um decreto similar referente a taxas adicionais para estudantes. Então, manifestações estudantis massivas preveniram a adoção do controverso decreto. Agora, no final de agosto, o novo governo de Azarov aprovou o Decreto 796 que permite à administração das universidades instalar taxas para aulas perdidas; taxas para o uso das livrarias, postos de primeiros-socorros, ginásios de esporte e internet; para dissertações etc. As autoridades estão a ponto de aumentar as taxas para moradia e reduzir o número de estudantes bolsistas, embora a Constituição Ucraniana garanta formalmente uma educação superior gratuita.
Contrariamente às acusações da extrema-direta ucraniana de que algumas pessoas no governo são anti-ucranianas, os ativistas estudantis independentes enfatizam que o problema não está nas personalidades mas no sistema em si. Eles vêem a introdução de novas taxas como parte da ofensiva do capitalismo neoliberal contra os direitos sociais das pessoas, em particular a juventude. Eles estão fazendo chamados para resistir a tais medidas e querem estender sua luta.
Em Kiev, 2.000 estudantes participaram na marcha em direção aos prédios do Conselho de Ministros e da Administração da Presidência exigindo uma educação gratuita para todos. Entre seus lemas estavam: “Liberdade, Igualdade, Solidariedade Estudantil!”, “O conhecimento não está à venda!”, “As universidades não são mercados!”, “Abaixo os ministros, abaixo os capitalistas!”, “Uma solução – Revolução!” “Rebelde, amor, não desista de seus direitos”. Podia-se ler nas faixas: “Solidariedade Estudantil”, “Abaixo as barreiras sociais!”, “Não entre em pânico! Junte-se a nós!”, “Lembre-se de 1968”, “Não está à venda”, e em estilo orwelliano “Guerra é Paz, Liberdade é Escravidão, Ignorância é Força... Conhecimento é Mercadoria?”. Próximo à residência governamental, os ativistas manifestaram suas exigências de cancelar todo o decreto, não somente suas posições mais ofensivas. Eles também leram a saudação de solidariedade do famoso autor ucraniano Serhiy Zhadan, e destacaram a solidariedade internacional do “Global Wave of Action for Education" e o apoio do "International Student Movement". Uma grande quantidade do jornal “Ação Direta” e folhetos invocando a luta e a auto-organização estudantil foram distribuídos.
A manifestação em Lviv foi talvez a maior. Reuniu, segundo várias estimativas, de 5.000 a 7.000 pessoas. Unidos sob o lema “educação gratuita”, os estudantes de Lviv marcharam em direção ao prédio da administração regional, local onde realizaram o piquete. O prédio foi atacado por pessoas desconhecidas que lançaram bombas de fumaça, tomates e ovos. No entanto, no final o encontro terminou pacificamente.
Em Transcarpátia, na cidade de Uzhhorod, o protesto organizado pela “Fundação de Iniciativas Regionais” contou com 600 ou até mesmo 1000 jovens, um número enorme para a menor dos 24 centros regionais da Ucrânia. Sem dúvida esta foi a maior manifestação que esta cidade presenciou nos últimos anos.
Simferopol, a capital da Criméia, foi a primeira cidade a protestar contra o controverso decreto do governo, já que a administração da universidade local foi a primeira a introduzir “serviços pagos” deste decreto (mais ainda, propôs inclusive algumas “invenções” próprias como por exemplo as taxas para refazer os exames). No dia 4 de outubro, 500 jovens convocados por marxistas radicais e anarquistas marcharam pela cidade para manifestar sua rejeição à comercialização da educação. Eles se reuniram apesar da ameaça feita pela direção da universidade de reprimir os ativistas estudantis. Uma semana depois, o resto da Ucrânia se juntou aos estudantes de Criméia, e estes saíram às ruas para uma nova manifestação, dessa vez um “flash mob”, para confirmar suas exigências.
Em Carcóvia, segunda maior cidade ucraniana, mais de 300 estudantes universitários protestaram contra as novas taxas impostas. Apesar do tempo frio, algumas estudantes tiraram suas roupas para mostrar que o aumento no custo da educação universitária deixará os estudantes de baixa renda incapazes de continuarem seus estudos, forçando-os a “vender sua própria roupa”. Uma performance parecida foi realizada em Rivne.
Enfrentando a raiva dos estudantes, o presidente Yanukovich anunciou que o decreto do governo será suspenso. No entanto, foi revelado que isto é uma mentira para acalmar os estudantes revolucionários. A campanha contra a comercialização da educação não acabou. A luta continua!
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MarianaVieira
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Eduardo Perondi
Em 12 de outubro, cerca de 20.000 estudantes ucranianos saíram às ruas para protestar contra a decisão do governo de permitir às universidades públicas de introduzir novas taxas. Os protestos foram realizados em quinze cidades, do Oeste ao Leste do país. As maiores manifestações se deram em Kiev, Lviv, Carcóvia, Uzhhorod e Simferopol. Rivne, Ivano-Frankivsk, Zhitomir, Kamyanets-Podolsk, Sumy, Khmelnitsky, Kirovograd, Lugansk, Lutsk e Sevastopol também protestaram.
Os organizadores dos protestos foram o sindicato estudantil independente “Ação Direta” (“Priama Diya” em ucraniano) e a “Fundação de Iniciativas Regionais”. O “Ação Direta”, um sindicato de esquerda que luta pela educação libertária, tem estado ativo na defesa dos direitos e interesses estudantis contra a pressão das administrações universitárias, reformas neoliberais e serviços especiais do Estado.
Há um ano, o “Ação Direta” foi essencial na organização dos protestos quando o passado governo de Timoshenko tentou aprovar um decreto similar referente a taxas adicionais para estudantes. Então, manifestações estudantis massivas preveniram a adoção do controverso decreto. Agora, no final de agosto, o novo governo de Azarov aprovou o Decreto 796 que permite à administração das universidades instalar taxas para aulas perdidas; taxas para o uso das livrarias, postos de primeiros-socorros, ginásios de esporte e internet; para dissertações etc. As autoridades estão a ponto de aumentar as taxas para moradia e reduzir o número de estudantes bolsistas, embora a Constituição Ucraniana garanta formalmente uma educação superior gratuita.
Contrariamente às acusações da extrema-direta ucraniana de que algumas pessoas no governo são anti-ucranianas, os ativistas estudantis independentes enfatizam que o problema não está nas personalidades mas no sistema em si. Eles vêem a introdução de novas taxas como parte da ofensiva do capitalismo neoliberal contra os direitos sociais das pessoas, em particular a juventude. Eles estão fazendo chamados para resistir a tais medidas e querem estender sua luta.
Em Kiev, 2.000 estudantes participaram na marcha em direção aos prédios do Conselho de Ministros e da Administração da Presidência exigindo uma educação gratuita para todos. Entre seus lemas estavam: “Liberdade, Igualdade, Solidariedade Estudantil!”, “O conhecimento não está à venda!”, “As universidades não são mercados!”, “Abaixo os ministros, abaixo os capitalistas!”, “Uma solução – Revolução!” “Rebelde, amor, não desista de seus direitos”. Podia-se ler nas faixas: “Solidariedade Estudantil”, “Abaixo as barreiras sociais!”, “Não entre em pânico! Junte-se a nós!”, “Lembre-se de 1968”, “Não está à venda”, e em estilo orwelliano “Guerra é Paz, Liberdade é Escravidão, Ignorância é Força... Conhecimento é Mercadoria?”. Próximo à residência governamental, os ativistas manifestaram suas exigências de cancelar todo o decreto, não somente suas posições mais ofensivas. Eles também leram a saudação de solidariedade do famoso autor ucraniano Serhiy Zhadan, e destacaram a solidariedade internacional do “Global Wave of Action for Education" e o apoio do "International Student Movement". Uma grande quantidade do jornal “Ação Direta” e folhetos invocando a luta e a auto-organização estudantil foram distribuídos.
A manifestação em Lviv foi talvez a maior. Reuniu, segundo várias estimativas, de 5.000 a 7.000 pessoas. Unidos sob o lema “educação gratuita”, os estudantes de Lviv marcharam em direção ao prédio da administração regional, local onde realizaram o piquete. O prédio foi atacado por pessoas desconhecidas que lançaram bombas de fumaça, tomates e ovos. No entanto, no final o encontro terminou pacificamente.
Em Transcarpátia, na cidade de Uzhhorod, o protesto organizado pela “Fundação de Iniciativas Regionais” contou com 600 ou até mesmo 1000 jovens, um número enorme para a menor dos 24 centros regionais da Ucrânia. Sem dúvida esta foi a maior manifestação que esta cidade presenciou nos últimos anos.
Simferopol, a capital da Criméia, foi a primeira cidade a protestar contra o controverso decreto do governo, já que a administração da universidade local foi a primeira a introduzir “serviços pagos” deste decreto (mais ainda, propôs inclusive algumas “invenções” próprias como por exemplo as taxas para refazer os exames). No dia 4 de outubro, 500 jovens convocados por marxistas radicais e anarquistas marcharam pela cidade para manifestar sua rejeição à comercialização da educação. Eles se reuniram apesar da ameaça feita pela direção da universidade de reprimir os ativistas estudantis. Uma semana depois, o resto da Ucrânia se juntou aos estudantes de Criméia, e estes saíram às ruas para uma nova manifestação, dessa vez um “flash mob”, para confirmar suas exigências.
Em Carcóvia, segunda maior cidade ucraniana, mais de 300 estudantes universitários protestaram contra as novas taxas impostas. Apesar do tempo frio, algumas estudantes tiraram suas roupas para mostrar que o aumento no custo da educação universitária deixará os estudantes de baixa renda incapazes de continuarem seus estudos, forçando-os a “vender sua própria roupa”. Uma performance parecida foi realizada em Rivne.
Enfrentando a raiva dos estudantes, o presidente Yanukovich anunciou que o decreto do governo será suspenso. No entanto, foi revelado que isto é uma mentira para acalmar os estudantes revolucionários. A campanha contra a comercialização da educação não acabou. A luta continua!
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MarianaVieira
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25 de out. de 2010
Brasil, EUA e a sanidade
Olá a todos,
Achei que poderia ser de interesse comum ...
Ygor Ricardo Saraiva de Aragão
Brasil, EUA e a sanidade (BBC Brasil, 25 de outubro de 2010)
Brasileiros e americanos irão às urnas nas próximas semanas. Três dias depois de o Brasil escolher um novo presidente da República, os Estados Unidos terão seu Congresso renovado e novos governadores eleitos. Os chefes das duas nações estão preocupados. Luiz Inácio Lula da Silva, que a esta altura do campeonato acreditava já poder estar opinando sobre o ministério de Dilma Rousseff, sabe que existe uma real possibilidade de ter de devolver a faixa presidencial ao PSDB. Barack Obama também pode receber o troco dos seus adversários, caso perca o comando das duas casas do Congresso para os republicanos, após apenas dois anos na Casa Branca.
Mas as semelhanças entre as duas eleições não se restringem aos desafios dos dois presidentes. Manifestações políticas vistas recentemente parecem dar razão ao humorista Jon Stewart, que convocou para o próximo dia 30, em Washington, a Passeata para Restaurar a Sanidade. O alvo do sarcasmo de Stewart é o radicalismo de posições políticas que misturam preceitos morais, religião e preconceito e prejudicam aquilo que se espera da função pública: bom senso. O movimento conservador Tea Party tem sido destaque nas campanhas americanas, catapultando candidatos com pouca ou nenhuma experiência política. O conservadorismo do movimento vai muito além das posições de George W. Bush. A candidata republicana ao Senado em Delaware, Christine O'Donnell (foto acima), é conhecida por anos atrás ter combatido a masturbação. Ela também já disse em entrevistas que os Estados Unidos gastam excessivamente em prevenção e tratamento da Aids e que seu país tem hoje u ma economia "socialista".
O'Donnell não tem, aparentemente, chances de vencer o democrata Chris Coons na disputa em Delaware. Mas, em Nova York, outra criação política do Tea Party, o empresário Carl Paladino, ainda pode conseguir o posto de governador do Estado. Já apresentado aqui na BBC Brasil por Lucas Mendes como um político no mínimo polêmico, Paladino teve de se desculpar recentemente por ter criticado a Parada Gay novaiorquina e o homossexualismo, que, pare ele, "não é uma opção igualmente válida ou bem-sucedida", em comparação com a formação de uma família tradicional. Talvez indicativo do sucesso de Paladino em parte do eleitorado, o jornal britânico The Observerinformou no domingo que têm crescido os ataques a gays em Nova York, incluindo o recente sequestro e tortura de um homossexual.
O Brasil é, como os Estados Unidos, um país jovem e de muita diversidade. Também é, como a superpotência do norte, um país em que a religião tem papel importante na condução da vida de cada indivíduo e na organização social de suas comunidades. Meses atrás, a campanha presidencial de 2010 parecia ser marcada por certa calmaria, diante de um país em um ótimo momento econômico e com os dois principais candidatos oriundos do movimento de centro-esquerda pela democracia e contra o autoritarismo. As indicações, porém, de que argumentos morais e de natureza religiosa poderiam garantir votos extras, caso fossem trazidos para o debate eleitoral, deram outra cara à campanha. O aborto passou a ser discutido a partir de crenças pessoais, em vez de ser analisado como uma questão de saúde pública ou mesmo sob o ponto de visto do custo financeiro (a morte de milhares de jovens mulheres tem um preço econômico alto para o país). Se a realidade nacional atual lev a cidadãs brasileiras à morte, há um problema que a socieade precisa resolver, de forma racional e equilibrada. O problema concreto, entretanto, é deixado de lado para dar lugar a discussões subjetivas, como a própria crença pessoal de um político. A comunhão ou não de um candidato acaba tendo quase o mesmo peso das suas propostas para a ensino médio (o que, diga-se de passagem, ainda não foi detalhado por nenhuma campanha).
Quem investirá mais em saúde, Dilma Rousseff ou José Serra? Os dois pretendem ou não reduzir os gastos públicos a partir de 2011? Nas disputas americanas, o que defendem os candidatos ao Senado para melhorar as relações econômicas com a China? O que acham que deveria ser feito para reduzir a violência na fronteira com o México? No Brasil e nos Estados Unidos, perguntas importantes estão ficando sem respostas, enquanto crenças religiosas e discussões sobre estilos de vida tomam o tempo dos eleitores. Diante dos caminhos do debate político, é compreensível que um comediante esteja se mobilizando em favor da volta da sanidade.
Fonte:http://www.bbc.co.uk/blogs/portuguese/
Achei que poderia ser de interesse comum ...
Ygor Ricardo Saraiva de Aragão
Brasil, EUA e a sanidade (BBC Brasil, 25 de outubro de 2010)
Brasileiros e americanos irão às urnas nas próximas semanas. Três dias depois de o Brasil escolher um novo presidente da República, os Estados Unidos terão seu Congresso renovado e novos governadores eleitos. Os chefes das duas nações estão preocupados. Luiz Inácio Lula da Silva, que a esta altura do campeonato acreditava já poder estar opinando sobre o ministério de Dilma Rousseff, sabe que existe uma real possibilidade de ter de devolver a faixa presidencial ao PSDB. Barack Obama também pode receber o troco dos seus adversários, caso perca o comando das duas casas do Congresso para os republicanos, após apenas dois anos na Casa Branca.
Mas as semelhanças entre as duas eleições não se restringem aos desafios dos dois presidentes. Manifestações políticas vistas recentemente parecem dar razão ao humorista Jon Stewart, que convocou para o próximo dia 30, em Washington, a Passeata para Restaurar a Sanidade. O alvo do sarcasmo de Stewart é o radicalismo de posições políticas que misturam preceitos morais, religião e preconceito e prejudicam aquilo que se espera da função pública: bom senso. O movimento conservador Tea Party tem sido destaque nas campanhas americanas, catapultando candidatos com pouca ou nenhuma experiência política. O conservadorismo do movimento vai muito além das posições de George W. Bush. A candidata republicana ao Senado em Delaware, Christine O'Donnell (foto acima), é conhecida por anos atrás ter combatido a masturbação. Ela também já disse em entrevistas que os Estados Unidos gastam excessivamente em prevenção e tratamento da Aids e que seu país tem hoje u ma economia "socialista".
O'Donnell não tem, aparentemente, chances de vencer o democrata Chris Coons na disputa em Delaware. Mas, em Nova York, outra criação política do Tea Party, o empresário Carl Paladino, ainda pode conseguir o posto de governador do Estado. Já apresentado aqui na BBC Brasil por Lucas Mendes como um político no mínimo polêmico, Paladino teve de se desculpar recentemente por ter criticado a Parada Gay novaiorquina e o homossexualismo, que, pare ele, "não é uma opção igualmente válida ou bem-sucedida", em comparação com a formação de uma família tradicional. Talvez indicativo do sucesso de Paladino em parte do eleitorado, o jornal britânico The Observerinformou no domingo que têm crescido os ataques a gays em Nova York, incluindo o recente sequestro e tortura de um homossexual.
O Brasil é, como os Estados Unidos, um país jovem e de muita diversidade. Também é, como a superpotência do norte, um país em que a religião tem papel importante na condução da vida de cada indivíduo e na organização social de suas comunidades. Meses atrás, a campanha presidencial de 2010 parecia ser marcada por certa calmaria, diante de um país em um ótimo momento econômico e com os dois principais candidatos oriundos do movimento de centro-esquerda pela democracia e contra o autoritarismo. As indicações, porém, de que argumentos morais e de natureza religiosa poderiam garantir votos extras, caso fossem trazidos para o debate eleitoral, deram outra cara à campanha. O aborto passou a ser discutido a partir de crenças pessoais, em vez de ser analisado como uma questão de saúde pública ou mesmo sob o ponto de visto do custo financeiro (a morte de milhares de jovens mulheres tem um preço econômico alto para o país). Se a realidade nacional atual lev a cidadãs brasileiras à morte, há um problema que a socieade precisa resolver, de forma racional e equilibrada. O problema concreto, entretanto, é deixado de lado para dar lugar a discussões subjetivas, como a própria crença pessoal de um político. A comunhão ou não de um candidato acaba tendo quase o mesmo peso das suas propostas para a ensino médio (o que, diga-se de passagem, ainda não foi detalhado por nenhuma campanha).
Quem investirá mais em saúde, Dilma Rousseff ou José Serra? Os dois pretendem ou não reduzir os gastos públicos a partir de 2011? Nas disputas americanas, o que defendem os candidatos ao Senado para melhorar as relações econômicas com a China? O que acham que deveria ser feito para reduzir a violência na fronteira com o México? No Brasil e nos Estados Unidos, perguntas importantes estão ficando sem respostas, enquanto crenças religiosas e discussões sobre estilos de vida tomam o tempo dos eleitores. Diante dos caminhos do debate político, é compreensível que um comediante esteja se mobilizando em favor da volta da sanidade.
Fonte:http://www.bbc.co.uk/blogs/portuguese/
V EBEM - Encontro Brasileiro de Educação e Marxismo
V EBEM - Encontro Brasileiro de Educação e Marxismo
“Marxismo, Educação e Emancipação Humana”
11, 12, 13 e 14 de abril de 2011
Universidade Federal de Santa Catarina – Florianópolis - Brasil
O EBEM é um encontro de âmbito nacional que tem por objetivo possibilitar a discussão entre investigadores, professores, estudantes, militantes dos movimentos sociais e os diversos núcleos de pesquisa que abordam o tema da educação na perspectiva teórico-metodológica do materialismo histórico.
Envio de resumos para apresentação de trabalhos: até 25 de novembro de 2010
Para mais informações, acesse: http://www.5ebem.ufsc.br/
Programação
Segunda-feira - 11 de Abril de 2011
17h – Credenciamento
19h – Conferência de Abertura
Terça-feira - 12 de Abril de 2011
8h – Mesa Temática 1
ESTADO E EDUCAÇÃO NA PERSPECTIVA DA CLASSE TRABALHADORA
•Beatriz Rajland (UBA/AR)
•Roberto Leher - UFRJ
•Fernando Ponte de Souza - UFSC
12h30 – Almoço
14h – Apresentação de trabalhos
19h – Mesa de debate com os Sindicatos e Movimentos Sociais
Quarta-feira - 13 de Abril de 2011
8h – Mesa Temática 2
EDUCAÇÃO, CONSCIÊNCIA DE CLASSE E ESTRATÉGIA REVOLUCIONÁRIA
•Celi Tafarel - UFBA
•Mauro Luis Iasi - UFRJ
•Edmundo Fernandes Dias - UNICAMP
12h30 – Almoço
14h a 18h30 – Apresentação de Trabalhos
Quinta-feira - 14 de Abril de 2011
8h30 – Mesa Temática 3
EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO HUMANA E ONTOLOGIA
•Ivo Tonet -UFAL
•Dermeval Saviani - UNICAMP
•Alejandro Gonzalez (UBA/AR)
15h - Plenária
--
Caroline Bellaguarda
http://carobellag.wordpress.com/
“Marxismo, Educação e Emancipação Humana”
11, 12, 13 e 14 de abril de 2011
Universidade Federal de Santa Catarina – Florianópolis - Brasil
O EBEM é um encontro de âmbito nacional que tem por objetivo possibilitar a discussão entre investigadores, professores, estudantes, militantes dos movimentos sociais e os diversos núcleos de pesquisa que abordam o tema da educação na perspectiva teórico-metodológica do materialismo histórico.
Envio de resumos para apresentação de trabalhos: até 25 de novembro de 2010
Para mais informações, acesse: http://www.5ebem.ufsc.br/
Programação
Segunda-feira - 11 de Abril de 2011
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Terça-feira - 12 de Abril de 2011
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ESTADO E EDUCAÇÃO NA PERSPECTIVA DA CLASSE TRABALHADORA
•Beatriz Rajland (UBA/AR)
•Roberto Leher - UFRJ
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Quarta-feira - 13 de Abril de 2011
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