30 de set. de 2008
[CALCS] Relatoria Reunião CALCS 30/09/2008
[CALCS] Relatoria Reunião CALCS 30/09/08
29 de set. de 2008
[CSO] Convite PPCC Ciências Sociais
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Caros colegas do CA,
Nós, Claudio e Suzana, alunos da pós em Sociologia Política da UFSC,
integramos a Comissão
que analisa a implementação do novo Projeto Político Pedagógico do Curso de
Ciências Sociais - UFSC. Estamos conversando com alunos e professores do curso com o intuito
de criar instrumentos de avaliação do novo currículo. Dessa maneira, pretendemos facilitar o diálogo entre alunos e professores, de forma que os graduandos tenham um espaço assegurado de críticas e sugestões ao curso e, ao mesmo tempo, auxiliar os professores nas modificações necessárias para que o curso atenda às necessidades dos alunos.
Gostaríamos de conversar com o CA, pois imaginamos que vocês já tenham uma série de críticas e propostas em relação ao curso.
Aproveitando a ocasião, estamos organizando uma reunião com os representantes das turmas
do novo currículo e, de antemão, os convidamos para uma troca de idéias na próxima quinta-feira 02 de outubro às 18h (o horário e o local ainda estão por definir, dependendo das partes envolvidas).
Por favor, nos retornem esta mensagem.
Desde já agradecemos a atenção,
Claudio e Suzana.
25 de set. de 2008
[Curso] Consciência, Emancipação Humana e Conhecimento com o Sociólogo Mauro Iasi
Livre de Ciências Sociais!
Dia 27 - Sábado: das 13:30 às 18:00
Dia 28 - Domingo: das 8:00 às 12:30
no Auditório da Arquitetura!
lá na arq!
Consciência, emancipação humana e conhecimento
Ministrante: Prof. Dr. Mauro Luis Iasi
Duração total: 8 horas
Data: 27 e 28 de Setembro de 2008
Sábado:
1) Pressupostos materialistas e dialéticos do processo de consciência
2) A consciência como processo
3)Primeiro momento da consciência: senso comum
Domingo:
4) Do senso comum à consciência em si
5) Da consciência em si até a consciência para si
6) Consciência e temporalidade
Importante: Se tiveres o texto (Processo de Consciência) que tem no livro da
Expressão Popular (Ensaios sobre consciência e emancipação humana) ou disponível na
internet. Caso não... Haverão algumas cópias e alguns livros...
www.mup.noblogs.org
www.calcs.ufsc.br
[CFH] Serão os estudantes “impossibilitados de orientar suas escolhas por uma experiência reflexiva”?!
Serão os estudantes “impossibilitados de orientar suas escolhas por uma experiência reflexiva”?!
A configuração política no CFH e o processo de escolha da Direção de Centro.
A declaração do professor Héctor Leis, do departamento de Sociologia e Ciência Política, referente à incapacidade reflexiva dos estudantes, chocou a todos no semestre passado, porém, até agora, isso parecia apenas uma voz conservadora e solitária no nosso Centro. O que nos surpreendeu na reunião do Conselho de Unidade do CFH, realizada no dia 8 de setembro de 2008, é que essa posição conservadora teve eco no professor do departamento de Psicologia Carlos Augusto Monguilhott Remor. Este professor, que quase nunca ocupa sua cadeira nesse Conselho, foi junto de alguns de seus companheiros do departamento (ou será companheiros de chapa pra direção do CFH?) defender a mudança nas "regras do jogo" para as eleições da direção de centro, simplesmente a menos de 2 meses da eleição. Sua proposta é diferenciar o peso de cada voto individual, garantindo aos professores um peso de 70% da decisão na eleição para o cargo de Diretor de Centro do CFH. Já professor Narbal Silva (também da Psicologia e possível candidato à direção de centro) teve uma postura mais “conciliadora”, reivindicando “apenas” que cada categoria tivesse um terço do peso de decisão, ou seja, que o voto dos professores seja equivalente a 33%, dos técnico-administrativos outros 33% e os estudantes os 33% restantes. O processo que ele chama “mais igualitário”, na verdade atribui diferentes pesos para determinadas pessoas, pois um professor passa a valer 14 estudantes e um técnico 30 estudantes. Uma postura que se propõe democrática ao fim acaba transformando nossa eleição, que deveria ser recheada de debates públicos em sala de aula, nos auditórios, etc., em tentativas, por parte dos interessados, de cooptação dos setores que têm mais peso. Claro, pois nessa lógica vale mais a pena convencer um professor ou um estudante? Ou seja, o voto paritário (e a experiência de outras eleições na UFSC mostram isso) coloca a divisão por categorias acima da discussão do projeto que queremos para nossa Universidade, e no caso atual, do nosso Centro. Transforma um momento tão importante como uma eleição, em que o debate de concepções e projetos deveria ser a prioridade, em uma “troca de favores” corporativista.
É ainda importante destacar que essa vontade de discutir as "regras do jogo" em cima da eleição não é nenhum acaso. Há 16 anos que
A defesa dos 70% de peso para professores, ou o retrocesso ao voto paritário dos 33% para cada categoria, são apenas formas de se garantir que interesses privados de uma parcela minoritária da Comunidade Universitária continuem guiando os rumos da nossa Universidade. Nós, como estudantes/professores/técnicos e antes de tudo membros da sociedade brasileira, devemos defender sempre um projeto de Universidade pública e socialmente referenciada, e não para uma minoria que quer encher cada vez mais seus bolsos a custa da Universidade. Justamente o professor que defendeu a mudança nas “regras do jogo” em cima da eleição, é o professor que teve seu projeto de Curso de Especialização Pago barrado pelo Conselho de Unidade há alguns anos. Será que essa eleição não é somente uma forma de garantir seus interesses acima da discussão de projeto de Universidade, que deveria guiar todas as decisões dentro da nossa instituição?
Para continuar essa discussão convidamos a todos para um Debate sobre o papel da Direção de Centro, no dia 30/9 (terça-feira), no Auditório do CFH, às 18:30h, com o professor Paulo Pinheiro Machado (Departamento de História). |
E no dia 02/10 (quinta-feira), às 14h toda a comunidade universitária está convidada a participar da Reunião Ampliada do Conselho de Unidade do CFH, onde debateremos a forma pela qual se dará essa eleição, e caso haja uma tentativa de golpe no processo democrático do nosso centro, deveremos solicitar uma Assembléia Geral do CFH que aí sim defina a forma dessa eleição. |
ORGANIZAÇÃO: CALCS – CALPSI – CALIGEO - CALH
[Encontros] Grupo de Ação Feminista (GAFe)
Nesse domingo vai rolar a segunda edição do evento que a gente chamou de Resistir Para Existir. Ele aconteceu pela primeira vez ano passado e este ano vai ser lá na comunidade do Campeche.
O objetivo é criar um espaço de aprendizagem e troca de experiências sobre os temas relacionados ao nosso corpo, a sexualidade, nossos desejos e inibições, as relações desiguais entre homens e mulheres na sociedade, suas possibilidades de mudança e subversão! Os espaços de conversa como sempre vão acontecer de maneira bem solta, pra que a gente possa, a partir do compartilhamento de nossas experiências do dia a dia, pensar como se dão os mecanismos que nos abrem e fecham portas. Nós marcamos dias e horários, mas quem constrói o espaço são essencialmente aquelas pessoas que aparecem para escutar, aprender, falar, ensinar, enfim..estabelecer uma troca de informações e sensações. Por isso convidamos você para participar! O evento é de graça e aberto. Pode levar seu marido, esposa, namorada, filho, papagaio, cachorro, vizinha, colega da escola, avô, amigo, amante.. Enfim!! Tendo alguma vontade ou curiosidade é só chegar lá!
O QUE? Resistir Para Existir II
QUANDO? Domingo, 28 de Setembro a partir das 15h
ONDE? no Salão da Capela São Sebastião. No Campeche! (fica no final da rua capela são sebastião)
O QUE ESTÁ PROGRAMADO?
*Filmes + Conversa:
-Terra Fria
(um longa sobre o primeiro processo judicial de assédio sexual nos EUA)
-Acorda Raimundo Acorda
(um curta brasileiro sobre uma família onde os papéis do marido e da mulher estão trocados)
*Conhecendo Nossos Corpos
Essa é uma expedição essencial pelos corpos de homens e mulheres. Uma trilha emocionante (eu pelo menos achei..) guiada pela nossa amiga ginecologista, a Dra. Ines.
E PORQUE? Porque junt@s faremos de nossa existência uma arte de resistência!!!!
Quem convida é o Grupo de Ação Feminista (GAFe) de Floripa. Um grupo autônomo de homens e mulheres que promovem ações orientadas para a mudança entre as relações desiguais de gênero na nossa cidade. O nosso email é gafe(a)lists.riseup.net e o site é www.gafeminista.blogspot.com .
Até Lá!
GAFe - www.gafeminista.blogspot.com
[CALCS] Relatoria Reunião CALCS 25/09/08
Paulo André, Rodrigo, Kelem, Gabriela Augusta, Camila, Vagner
Pontos de pauta : 1 PONTO - Informes; 2 PONTO - Participação no
Conselho de Entidades de Base [CEB - que reúne todos os Centro
Acadêmicos e o Colégio Aplicação da UFSC ] de sexta às 12h30 no
Auditório do Centro de Convivencia; 3 PONTO - Tratar dos debates sobre
o voto universal das eleições da direção de centro. Organizar grupos
de representantes do curso para passagem em sala divulgando e
esclarecendo a defesa pelo voto universal; 4 PONTO - Representação
discente; 5 PONTO - JORNAL
1 PONTO - Informes:
- Curso sobre Processo de Consciência, emancipaçào humana e
conhecimento com o SOCIÓLOGO e EDUCADOR POPULAR Mauro Iasi, organizado
em conjunto o Movimento por uma Universidade Popular, será realizado
no Auditório da Arquitetura [porque os Auditórios do CFH estao
ocupados pela PETROBRÁS] neste sábado e domingo. Inscrições abertas
pelo email do calcs [calcs@calcs.ufsc.br]. Já bastante pessoas se
inscreveram e de vários cursos como Fármacia [virá uma turma lá da
UFPR, além de vários daqui], Arquitetura, Psicologia...
- Passaremos em sala para convidar os estudantes da CSO para este
curso. Já foi divulgado no síte do calcs, do cfh e pela lista de email
e pelo NPD.
- Ontem, tivemos uma vitória dos professores de luta, com a vitória
nas eleições para Representante Docente do CFH no CUn da chapa
composta pelos Professor e Antropólogo Marnio Teixeira Pinto e
Professor e Sociólogo Fernando Ponte de Sousa com 47 votos em relaçào
da chapa pelega do professor e cientista político Hector Ricardo Leis
e Professor e Filosofo Selvino Assmann com 38 votos. Isto demonstra
que apesar de toda a articulação desses professores tentando tirar o
direito democrático do voto universal à ELEIÇÕES [consulta a
comunidade acadêmica] PARA DIREÇÃO DE CENTRO, há resistência e
espírito democrático presente ainda na comunidade acadêmica, tanto nos
professores críticos e combativos, como nos estudantes.
- Estamos organizando festa com a Psicologia e o CA de Design para
próxima semana (entramos com parte da cerveja e mão-de-obra com
direito a 50% do lucro).
2 PONTO - Participação no Conselho de Entidades de Base [CEB - que
reúne todos os Centro Acadêmicos e o Colégio Aplicação da UFSC ] de
sexta às 12h30 no Auditório do Centro de Convivencia:
No último CEB houve avaliaçào do último ano.
Já há sinalizações de possiveis chapas.
Próximo CEB haverá escolha da Comissão Eleitoral.
Encaminhamento deste último CEB foi repassar para todos os CA o
regimento da última Eleição.
Regimento bom, com vários avanços. Reestriçòes de Gastos na campanha.
Colégio APLICAÇÀO vota. A Gestáo do DCE fomentou a participaçào do CA.
Urna na Arquitetura... Único curso do CTC que não tem aula no
CTC-central, reestringindo-se ao prédio da ARQ.
Mais urnas em outro centro o problema é da lista.
Educação a Distância - Polêmica... Como monitorar a as listas?
Número minímo de pessoas por chapa? É interessante para o processo ter
mais de uma chapa...
Data do processo eleitoral feche em outubro. Dia 5 e 6 de novembro as
eleições... Um debate por centro? três ou quatro debates... e
passagens em sala.
3 PONTO - Tratar dos debates sobre o voto universal das eleições da
direção de centro. Organizar grupos de representantes do curso para
passagem em sala divulgando e esclarecendo a defesa pelo voto universal;
Comissão, tirar hoje o representante discente para a comissão.
proposta de ser o CID da geografia. Eleição de ontem deu um folêgo
para a campanha pelo voto universal, mas precisamos dar um gás, se os
estudantes não se manifestarem.
E nas passagens para formar a comissão mista de passagem em sala
Gabriela pode segunda e terça 9h e 14h; Camila segunda 9h; Boni pode
sexta 9h e 14h, terça cedo. Rodrigo segunda a noite. Paulo todos os
horários.
4 PONTO - Representação discente;
Crítico a participação; temos direito e os departamentos estão
boicotando, os representantes (excessão da Rodrigo no Conselho de
Unidade e a Natt no Colegiado de curso) não estão INDO... Proposta de
chamar uma assembléia!
5 PONTO - JORNAL
alguns textos ok, outros faltando... até terça terá que ficar pronto!!!!
Visite nossa pagina para saber das ultimas noticias:
http://www.calcs.ufsc.br
[CALCS] Relatoria Reunião CALCS 25/09/08
Paulo André, Rodrigo, Kelem, Gabriela Augusta, Camila, Vagner
Pontos de pauta : 1 PONTO - Informes; 2 PONTO - Participação no Conselho de Entidades de Base [CEB - que reúne todos os Centro Acadêmicos e o Colégio Aplicação da UFSC ] de sexta às 12h30 no Auditório do Centro de Convivencia; 3 PONTO - Tratar dos debates sobre o voto universal das eleições da direção de centro. Organizar grupos de representantes do curso para passagem em sala divulgando e esclarecendo a defesa pelo voto universal; 4 PONTO - Representação discente; 5 PONTO - JORNAL
1 PONTO - Informes:
- Curso sobre Processo de Consciência, emancipaçào humana e conhecimento com o SOCIÓLOGO e EDUCADOR POPULAR Mauro Iasi, organizado em conjunto o Movimento por uma Universidade Popular, será realizado no Auditório da Arquitetura [porque os Auditórios do CFH estao ocupados pela PETROBRÁS] neste sábado e domingo. Inscrições abertas pelo email do calcs [calcs@calcs.ufsc.br]. Já bastante pessoas se inscreveram e de vários cursos como Fármacia [virá uma turma lá da UFPR, além de vários daqui], Arquitetura, Psicologia...
- Passaremos em sala para convidar os estudantes da CSO para este curso. Já foi divulgado no síte do calcs, do cfh e pela lista de email e pelo NPD.
- Ontem, tivemos uma vitória dos professores de luta, com a vitória nas eleições para Representante Docente do CFH no CUn da chapa composta pelos Professor e Antropólogo Marnio Teixeira Pinto e Professor e Sociólogo Fernando Ponte de Sousa com 47 votos em relaçào da chapa pelega do professor e cientista político Hector Ricardo Leis e Professor e Filosofo Selvino Assmann com 38 votos. Isto demonstra que apesar de toda a articulação desses professores tentando tirar o direito democrático do voto universal à ELEIÇÕES [consulta a comunidade acadêmica] PARA DIREÇÃO DE CENTRO, há resistência e espírito democrático presente ainda na comunidade acadêmica, tanto nos professores críticos e combativos, como nos estudantes.
- Estamos organizando festa com a Psicologia e o CA de Design para próxima semana (entramos com parte da cerveja e mão-de-obra com direito a 50% do lucro).
2 PONTO - Participação no Conselho de Entidades de Base [CEB - que reúne todos os Centro Acadêmicos e o Colégio Aplicação da UFSC ] de sexta às 12h30 no Auditório do Centro de Convivencia:
No último CEB houve avaliaçào do último ano.
Já há sinalizações de possiveis chapas.
Próximo CEB haverá escolha da Comissão Eleitoral.
Encaminhamento deste último CEB foi repassar para todos os CA o
regimento da última Eleição.
Regimento bom, com vários avanços. Reestriçòes de Gastos na campanha.
Colégio APLICAÇÀO vota. A Gestáo do DCE fomentou a participaçào do CA.
Urna na Arquitetura... Único curso do CTC que não tem aula no
CTC-central, reestringindo-se ao prédio da ARQ.
Mais urnas em outro centro o problema é da lista.
Educação a Distância - Polêmica... Como monitorar a as listas?
Número minímo de pessoas por chapa? É interessante para o processo ter mais de uma chapa...
Data do processo eleitoral feche em outubro. Dia 5 e 6 de novembro as
eleições... Um debate por centro? três ou quatro debates... e passagens em sala.
3 PONTO - Tratar dos debates sobre o voto universal das eleições da direção de centro. Organizar grupos de representantes do curso para passagem em sala divulgando e esclarecendo a defesa pelo voto universal;
Comissão, tirar hoje o representante discente para a comissão. proposta de ser o CID da geografia. Eleição de ontem deu um folêgo para a campanha pelo voto universal, mas precisamos dar um gás, se os estudantes não se manifestarem.
E nas passagens para formar a comissão mista de passagem em sala Gabriela pode segunda e terça 9h e 14h; Camila segunda 9h; Boni pode sexta 9h e 14h, terça cedo. Rodrigo segunda a noite. Paulo todos os horários.
4 PONTO - Representação discente;
CríticA a participação; temos direito e os departamentos estão boicotando, os representantes (excessão da Rodrigo no Conselho de Unidade e a Natt no Colegiado de curso) não estão INDO... Proposta de chamar uma assembléia!
Foi tocado a preocupação em reverter isto... em trabalhar o processo de conscientização da importância deste espaços... em pressionar nos professores... Mas pra isso precisamos fazer mais do que fizemos e precisamos da colaboração de nossos colegas que se manifestaram e se comprometeram em participar deste espaços... lembrando que ninguém faz nada sozinho, que isto é uma construção coletiva permanente... cabendo sim esforço de cada um de nós, que somos humanos... A assembléia já foi encaminhada na reunião de planejamento para meados de outubro até começo de novembro para construirmos o processo eleitoral e a representação discente... já que já faz quase um ano que rolou a última com este conteúdo!
5 PONTO - JORNAL
alguns textos ok, outros faltando... até terça terá que ficar pronto!!!!
24 de set. de 2008
[Filme] LEFIS e o Projeto 13:30 – Debate no Cinema
Convidamos para participar do próximo encontro do "Projeto 13:30 – Debate no Cinema" que será dia 30 de setembro – na terça –feira
O filme em debate será "Tudo ou Nada" sobre o tema: desemprego e tranformações sociais, precarização do trabalho.
PROJETO 13:30: DEBATE NO CINEMA
Coordenadores: Professores Gígi Anne Horbatiuk Sedor, Marilse Cristina Oliveira Freze e Valcionir Corrêa
Ementa: Tem como objetivo oportunizar aos educadores da Rede Estadual de Ensino de SC reflexão e debate sobre questões sociais e filosóficas emergentes do cotidiano a partir da abordagem cinematográfica e, também, instrumentalizar os professores para o uso didático de filmes.
Metodologia: Exibição do filme seguida de debate com dois debatedores especialmente convidados especialistas no tema abordado.
Programação:
26/08 – Filme: Click
Tema: O sentido da vida
Direção: Frank Coraci
Duração: 105 min.
30/09 - Filme: Ou tudo ou nada
Tema: Desemprego e transformações sociais
Direção: Peter Cattaneo
Duração: 90 min.
28/10 – Filme: Juno
Tema: Gravidez na adolescência e valores
Direção: Jason Reitman
Duração: 92 min.
25/11 – The Corporation
Tema: Grandes corporações e a globalização
Direção: Jennifer Abbott / Mark Achbar
Duração: 145 min.
09/12 –Filme: Surplus
Tema: Sistema capitalista, consumismo e destruição social e ambiental
Direção: Erik Gandini
Duração: 50 min.
Local: Sala Ambiente Interativo 4º andar SED/SC – Centro - Fpolis
Horário: Sempre às terças-feiras, das 13:30 às 17:30 hs (uma sessão a cada mês).
Laboratório de Ensino de Filosofia e Sociologia - LEFIS
Fone: 48 - 3338-8357
Endereço: EEB SimãoJosé Hess
Av. Madre Benvenuta, 463 - Trindade - Fpolis
23 de set. de 2008
[CALCS] Infome Reunião CALCS 23/09/08
A reunião de hoje do CA não aconteceu, no entanto, importantes questões precisam ser discutidas e algumas atividades precisam ser organizadas antes da próxima reunião.
Por isso eu e o Rodrigo sugerimos que façamos uma reunião quinta-feira próxima, as 12:30h, pra tratar destas questões. A proposta de pauta é:
- Tratar dos debates sobre o voto universal das eleições da direção de centro.
- Organizar grupos de representantes do curso para passagem em sala divulgando e esclarecendo a defesa pelo voto universal.
- Participação no CEB de sexta as 12:30h.
Obrigada e até quinta!
Gabi
[JORNAL] Enviem textos para o Jornal do CA
[CALCS] Ausência de Reunião e Reunião Extraordinária do CA
A reunião de hoje do CA não aconteceu, no entanto, importantes questões precisam ser discutidas e algumas atividades precisam ser organizadas antes da próxima reunião.
Por isso eu e o Rodrigo sugerimos que façamos uma reunião quinta-feira próxima, as 12:30h, pra tratar destas questões. A proposta de pauta é:
- Tratar dos debates sobre o voto universal das eleições da direção de centro.
- Organizar grupos de representantes do curso para passagem em sala divulgando e esclarecendo a defesa pelo voto universal.
- Participação no CEB de sexta as 12:30h.
Obrigada e até quinta!
Gabi
16 de set. de 2008
[CALCS] Relatoria Reunião CALCS 16/09/08
Presentes: Gabriela, Paulo, Camila, Rodrigo, Boni, Kelem, Otávio.
Informes e atividades a serem definidas
- Congresso estudantil – CEB dia 18/09 12:30H
- CORECS – reunião sábado dia 20/09, mantida se os representantes das outras universidades confirmarem presença
- Reunião voto universal: tirar representantes, fazer texto, divulgação, passagem em sala, pensar numa palestra sobre o tema
- Textos para o jornal entrega até próxima terça-feira (Camila-fazer cartazes)
- Adesivo do curso – redefinir imagem (3 porquinhos)
- Fechar caixa (bebidas não vendidas) da festa da semana de integração
- Finalizar fechamento da festa da semana de integração e programar reunião para avaliação
- Reunião com Arno: apoio à estrutura física do CA
[CALCS] Relatoria Reunião CALCS 16/09/08
Compre sua Camiseta das Sociais 2008! R$8,00!
(PREÇO DE CUSTO)
Camiseta da Semana de Sociais 2008 = R$8,00
Camiseta da Semana de Sociais 2007 = R$4,00
Quem puder pegar comigo para vender... Para o pai, para a mãe, para a tia... Para o vizinho... Para o colega ao lado... OU para ter pra si essa preciosidade!!!
Lista de Camistas por modelo, cor, tamanho.
TEM AINDA:
2 Feminina babylook cor Preta tamanho G
8 Feminina babylook cor Preta tamanho M
4 Feminina babylook cor Crú, quase branco, tamanho M
4 Feminina babylook cor Lilás tamanho P
4 Masculino cor Preta tamanho P
3 Masculino cor Crú tamanho GG
3 Masculino cor Crú tamanho P
4 Masculino cor Lilás tamanho GG
1 Masculino cor Lilás tamanho P
1 Masculino cor Branca tamanho P ano 2007
Total = 33
15 de set. de 2008
[CEB] Convocatória
Gestão “Educação não é Mercadoria” – 2007/2008
Convocatória CEB (Conselho de Entidades de Base).
Convidamos todos os Centros Acadêmicos e o Grêmio do Colégio de Aplicação, para participarem do CEB (Conselho de Entidades de Base) que acontecerá nesta quarta-feira, dia 18/09/08, as 12hs30min, na sala de oficinas do DCE.
Pauta:
- Congresso de Estudantes da UFSC.
DCE Luiz Travassos - Gestão “Educação não é Mercadoria”
Florianópolis, 15 de Setembro de 2008.
14 de set. de 2008
MACS] Convocatória do Encontro das Escolas de CS da região sul
- Informes das escolas presentes
- Atividades de luta em conjunto (Luta contra os processos de privatização das universidades públicas, situação das universidades particulares, projeto de universidade, Boicote ao ENADE)
- Encaminhamentos do ENECS 2008 e CONECS no fim de ano.
- ERECS 2009
[CFH] Estudantes lutando pelo democracia universitária!!!!
Como já debatemos na semana de integração!
É importantíssimo nesse momento, e em todos, nos manifestarmos pelo democratização da instituição bem como de toda a sociedade... temos clareza que não somente pelo voto e sim pela ação... pela tomada em nossas próprias mãos do que precisa ser construído... Se esperarmos pelos professores, a maioria está assentada confortavelmente no status quo da universidade, e pior ainda, hoje quando a universidade cada vez mais toma a direção da produção mercadológica, com rios de dinheiro e investimento privados, reorientando toda a lógica do estudo, da pesquisa, da formação profissional, dos projetos de extensão para atender as demandas do mercado, nosso professores, ou a maioria deles, se conformam na produção e reprodução dessa ordem.. abandonando a produção intelectual crítica... tomando a instituição como um instrumento para reprodução dessa ordem e de seus status...
Precisamos romper com isto!
precisamos manter a resistência ferrenha a essa lógica perversa e pervertida... Estudante, sim, tem capacidade critica... estudante faz parte da sociedade e deve, ou melhor, tem o direito e dever de lutar para que a UNIVERSIDADE pública produza conhecimento, ciência e tecnologia com fins público... Que atenda as necessidades do povo brasileiro para a superação da miséria e irracionalidade...
E para isto a luta do movimento estudantil, que é construido e constituido coletivamente por cada um de nós, nas instâncias da instituição, por dentro e por fora, democratizando... colocando as necessidades de um curriculo que forme profissionais criticos e comprometidos com a superação da ordem instituida; que produza conhecimento público para o público; que realiza projetos de pesquisa e extensão visando as necessidades mais sentidas das camadas mais humildes e mais exploradas; que consiga efetivar o direito de permanencia aos jovens trabalhadores que tem acesso a universidade com moradia estudantil digna, com restaurante universitário, com biblioteca com acerco suficiente, com direito a lazer... E mais... que consega expandir e incorporar os 97% da população que está fora da universidade pública, de fato universalizando o acesso, mas com condições suficientes... com laboratorios, com professores capacitados, com servidores... Que não seja uma ação em parte cosmética-quantitativa... expandindo a precarização e tecnização do profissional... como propoe o REUNI e toda a politica governamental para educação que temos acompanhado ao longo das ultimas décadas no Brasil, ou para ser mais preciso, ao longo da história da educação brasileira.
FICA O ALERTA! FICA O CHAMADO! FICA O CONVITE...
Vamos ficar parados enquanto alguns professores transformam a universidade pública em um balcão de negócios?
ou vamos construir um projeto de universidade necessária, debatendo e atuando...
REUNIÃO DO CALCS - TERÇA-FEIRA AS 12:30!
REUNIÃO DOS ESTUDANTES DO CFH - TERÇA-FEIRA AS 17:30!!!
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Pessoal,
como todos já devem ter ouvidos nos corredores do CFH, o Conselho de Unidade dessa segunda feira foi bombástico. Quando tudo parecia tranquilo, foi levantado o debate sobre "as regras do jogo" da eleição pra direção de centro, justamente puxado pelo professor que pretende ser candidato a esse cargo nessas eleições do dia 12/11. Apoiando ele, estavam mais dois professores da psicologia (que raramente comparecem ao Conselho de Unidade) e que dentre outros absurdos, chegaram inclusive a defender o voto constitucional dos 70% de peso pra professor, justamente com os argumentos defendidos pelo professor Héctor Reis em sua memorável carta.
Como a reunião estava esvaziada, conseguimos, ao menos, adiar a votação sobre esse ponto pra outro momento. Foi aprovada uma Reunião ampliada do Conselho de Unidade (que temos que divulgar massivamente!) pro dia 25/9, uma quinta feira. Essa reunião tem apenas um caráter de discussão a respeito do voto pra eleição da direção do centro, mas dela, poderemos pressionar para que a decisão final seja feita em Assembléia, e não em Conselho de Unidade como querem os integrantes da chapa dos conservadores.
Enfim, aquele momento que parecia distante chegou: temos que deixar os estudantes a par da situação e mobilizar o máximo de gente possível para essas próximas reuniões!
Na semana de integração temos uma boa oportunidade para aprofundarmos nossa discussão e encaminharmos duas coisas mais do que urgentes:
- um representante estudantil (homologado no Conselho de Unidade) pra integrar a comissão eleitoral (e um estudante que tenha muito peito pra encarar uma comissão formada por dois conservadores da psico)
- uma reunião dos estudantes do CFH pra organizar o texto sobre o voto universal, as passagens em sala, os cartazes etc etc, que sugiro que fique pro começo da semana que vem. Pensamos na segunda feira, mas ninguem da psico poderia comparecer. Alguem se opoe que façamos na terça, 16/9, 17:30 no hall
12 de set. de 2008
[Filme] Cine Paredão de Encerramento da IV Semana de Integração!!!
Grande Semana...
Valeu a todos que compareceram até agora!!!
Nos debates, nos filmes, nas oficinas... Na festa!!!!
Que ajudaram a construir essa atividade provocadora e instigadora...
E não esqueçam!!
Próximo semestre tem a semana de sociais e em 2009.2 tem a próxima semana de integração organizada pelos CAs do CFH!!! Agora conseguimos coloca-la no calendário... A proposta, que surgiu dos diálogos ao longo da semana é criar um coletivo de organização para ir pressionando os professores e organizando a próxima, a metodologia, a temática.. os espaços...
E desde já convidamos para construção da 10ª Semana de Ciências Sociais....
E hoje... Pela chuva foi cancelada o sarau e a roda de música... E o Cine paredão foi transferido para o Auditório do CFH!
11 de set. de 2008
[UFSC] Comite Catarinense Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais
Na penúltima quarta feira (dia 3) estive na reunião do Comite Catarinense Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais e passo os seguintes informes:
- O CCCCMS está organizando desde já um evento para se debater a criminalização dos movimentos sociais para os dias 26 e 27 de novembro, o título pensado para o evento é: "Brasil: A ditadura acabou ?"
- O Blog do comitê é ccccms.blogspot.com
- Está marcada para o dia 17, 8:30, no SINTUFSC, uma reunião que reuna o ME, sindicatos, mov. sociais e etc. para começar uma campanha e uma luta unificada em defesa do que é público (já sairam camisetas da campanha).
- Em dezembro acontecerá um Tribunal Popular com o título: O Estado Brasileiro no Banco dos Réus, do dia 4 ao dia 6. Na Sala dos Estudantes da Faculdade de Direito (USP), no Largo São Francisco em São Paulo-SP. Mais informações: http://midiaindependente.org/
Esses são os principais informes... Na última quarta teve outra reunião...
Abraços
Davi Perez
[Textos] Chile, 1973 - 35 anos do golpe
O exemplo do extinto presidente chileno Salvador Allende perdurará, reafirmou o líder cubano Fidel Castro, ao cumprir-se um século do nascimento de quem "combateu como um leão até o último alento" defendendo o Palácio da Moeda em 1973.
"Os revolucionários que resistiram ali à investida fascista contaram coisas fabulosas sobre os momentos finais", anotou Fidel Castro em suas mais recentes reflexões, intituladas "Salvador Allende, um exemplo que perdura", publicadas na sexta-feira 27/06 pelo diário Granma.
"As versões nem sempre coincidiam, porque lutavam em diferentes pontos do Palácio. Ademais, alguns de seus mais próximos colaboradores morreram, ou foram assassinados depois do duro e desigual combate", recordou.
Explicou que a diferença dos testemunhos consistia em que uns afirmavam que os últimos disparos os fez contra si mesmo para não cair prisioneiro, e outros que sua morte sobreveio por fogo inimigo.
Não há contradição alguma entre ambas formas de cumprir o dever, remarcou o líder da Revolução cubana, ao rememorar que "em nossas guerras de independência houve mais de um exemplo de combatentes ilustres que, quando já não havia defesa possível, se privaram da vida antes de cair prisioneiros".
Prensa Latina transmite a seguir a íntegra do que escreveu Fidel:
Salvador Allende, um exemplo que perdura
Nasceu faz cem anos em Valparaíso, ao sul do Chile, em 26 de junho de 1908. Seu pai, de classe média, advogado e notário, militava no Partido Radical chileno. Quando eu nasci, Allende tinha 18 anos. Realiza seus estudos médios num liceu da cidade natal.
Em seus anos de estudante pré-universitário, um velho anarquista italiano, Juan Demarchi, o pôs em contato com os livros de Marx.
Gradua-se como aluno excelente. Gosta de esporte e o pratica. Ingressa como voluntário no servicio militar, no Regimento Couraçados de Viña del Mar. Solicita transferência para o Regimento Lanceiros de Tacna, um enclave chileno no norte seco e semidesértico, posteriormente devolvido ao Peru. Egressa como oficial da reserva do Exército. Fá-lo já como homem de idéias socialistas e marxistas. Não se tratava de um jovem mole e sem caráter. Era como si adivinhara que um dia combateria até a morte defendendo as convicções que já começavam a se gestar em sua mente.
Decide estudar a nobre carreira da Medicina na Universidade do Chile. Organiza um grupo de companheiros que se reúnem periodicamente para ler e discutir o marxismo. Funda o Grupo Avanço em 1929. É eleito vice-presidente da Federação de Estudantes do Chile em 1930 e participa ativamente da luta contra a ditadura de Carlos Ibáñez.
Havia-se desatado já a grande depressão econômica nos Estados Unidos com a crise da Bolsa de Valores que explodiu em 1929. Cuba se adentrava na luta contra a tirania machadista. Mella havía sido assassinado. Os operários e os estudantes cubanos enfrentavam a repressão. Os comunistas, com Martínez Villena à frente, desencadeavam a greve geral. "Faz falta uma carga para matar velhacos, para acabar a obra das revoluções..." —havia proclamado em vibrante poema. Guiteras, de profunda raiz antiimperialista, que intenta derrocar a tirania com as armas. Cai Machado, que não pode resistir ao ímpeto da nação, e surge uma revolução que Estados Unidos em poucos meses, com luvas de pelica e mão de ferro, aplasta, e seu domínio absoluto perdura até 1959.
Durante esse período, Salvador Allende, num país onde a dominação imperialista se exercia brutalmente sobre seus trabalhadores, sua cultura e suas riquezas naturais, leva a cabo uma luta conseqüente que nunca o apartou de sua inatacável conduta revolucionaria.
Em 1933 se gradua médico. Participa na fundação do Partido Socialista do Chile. É já dirigente em 1935 da Associação Médica Chilena. Sofre prisão durante quase meio ano. Estimula o esforço para criar a Frente Popular, e o elegem subsecretário geral do Partido Socialista em 1936.
Em setembro de 1939 assume a Pasta da Saúde no governo da Frente Popular. Publica um livro seu sobre medicina social. Organiza a primeira Exposição da Habitação. Participa em 1941 da reunião anual da Associação Médica Americana nos Estados Unidos. Ascende em 1942 a Secretário Geral do Partido Socialista do Chile. Vota no Senado, em 1947, contra a Lei de Defesa Permanente da Democracia, conhecida como "Lei Maldita" por seu caráter repressivo. Ascende em 1949 a Presidente do Colégio Médico.
Em 1952, a Frente do Povo o postula para Presidente. Tinha então 44 anos. Perde. Apresenta no Senado um projeto de lei para a nacionalização do cobre. Viaja a França, Itália, União Soviética e República Popular da China em 1954.
Quatro anos depois, em 1958, é proclamado candidato à Presidência da República pela Frente de Ação Popular, constituída pela União Socialista Popular, o Partido Socialista do Chile e o Partido Comunista. Perde a eleição para o conservador Jorge Alessandri.
Assiste em 1959 à posse como Presidente da Venezuela de Rómulo Betancourt, considerado até então uma figura revolucionaria de esquerda.
Viaja esse mesmo ano a Havana e se encontra com o Che e comigo. Dá respaldo em 1960 aos mineiros do carvão, que paralisam seu trabalho por mais de três meses.
Denuncia junto com o Che em 1961 o caráter demagógico da Aliança para o Progresso na reunião da OEA que teve lugar em Punta del Este, Uruguay.
Designado de novo candidato à Presidência, é derrotado em 1964 por Eduardo Frei Montalva, democrata-cristão que contou com todos os recursos das classes dominantes e que, segundo dados revelados em documentos desclassificados do Senado dos Estados Unidos, recebeu dinheiro da CIA para apoiar sua campanha. Em seu governo, o imperialismo tratou de desenhar o que se deu a chamar a "Revolução em Liberdade", como resposta ideológica à Revolução Cubana. O que engendrou foram os fundamentos da tirania fascista. Nessa eleição, Allende obtém, entretanto, mais de um milhão de votos.
Encabeça em 1966 a delegação que assiste à Conferência Tricontinental de Havana. Visita a União Soviética no 50º Aniversário da Revolução de Outubro. No ano seguinte, 1968, visita a República Democrática da Coréia, a República Democrática do Vietnã, onde tem a satisfação de conhecer e conversar com o extraordinário dirigente desse país Ho Chi Minh. Inclui nesse mesmo recorrido a Camboja e Laos, em plena efervescência revolucionária.
Após a morte do Che, acompanha pessoalmente até o Tahití a três cubanos da guerrilla na Bolívia, que sobreviveram à queda do Guerrilheiro Heróico e se encontravam já em território chileno.
A Unidade Popular, coalizão política integrada por comunistas, socialistas, radicais, MAPU, PADENA e Ação Popular Independente, o proclama seu candidato em 22 de janeiro de 1970, e triunfa em 4 de setembro nas eleições desse ano.
É um exemplo verdadeiramente clássico da luta para estabelecer o socialismo pela via pacífica.
O governo dos Estados Unidos, presidido por Richard Nixon, depois do triunfo eleitoral entra de imediato em ação. O Comandante em Chefe do Exército chileno general René Schneider é vítima de um atentado em 22 de outubro e falece três dias depois porque não se somava à demanda imperialista de um golpe de Estado. Fracassa o intento de impedir a chegada da Unidade Popular ao governo.
Allende assume legalmente com toda a dignidade o cargo de Presidente do Chile em 3 de novembro de 1970. Começa a partir do governo sua heróica batalha pelas mudanças, enfrentando o fascismo. Tinha já 62 anos de idade. Coube-me a honra de haver compartido com ele 14 anos de luta antiimperialista desde o triunfo da Revolução Cubana.
Nas eleições municipais de março de 1971, a Unidade Popular obtém a maioria absoluta dos votos, com 50,86%. Em 11 de julho, o presidente Allende promulga a Lei de Nacionalização do Cobre, una idéia que havia proposto ao Senado 19 anos antes. Foi aprovada no Congresso por unanimidade. Ninguém se atrevia a objetá-la.
Em 1972 denuncia à Assembléia Geral das Nações Unidas a agressão internacional de que seu país é vítima. É ovacionado de pé durante longos minutos. Visita nesse mesmo ano a União Soviética, México, Colômbia e Cuba.
Em 1973, ao realizar-se as eleições parlamentares de março, a Unidade Popular obtém 45% dos votos e aumenta sua representação parlamentar.
Não podem prosperar as medidas promovidas pelos ianques nas duas Câmaras para destituir o Presidente.
O imperialismo e a direita agudizam uma luta sem quartel contra o governo da Unidade Popular e desencadeiam o terrorismo no país.
Escrevi-lhe seis cartas confidenciais a mão, com letra pequeninha e uma caneta de ponta fina entre os anos 1971 e 1973, nas quais lhe abordava temas de interesse com a maior discrição.
Em 21 de maio de 1971 lhe dizia:
"...Estamos maravilhados de teu extraordinário esforço e tuas energias sem limites para sustentar e consolidar o triunfo.
"Daqui se pode apreciar que opoder popular ganh terreno apesar de sua ifícil ecomplexa missão.
"As eleições de 4 de Abril constituíram uma esplêndida e alentadora vitória.
"Foram fundamentais teu valor e decisão, tua energia mental e física para levar adiante o processo revolucionário.
"Seguramente lhes esperam grandes e variadas dificuldades a enfrentar em condições que não são precisamente ideais, mas uma política justa, apoiada nas massas e aplicada com decisão não pode ser vencida..."
Em 11 de setembro de 1971, lhe escrevi:
"O portador viaja para tratar contigo dos detalhes da visita.
"Inicialmente, considerando um possível vôo direto em avião da Cubana, analisamos a conveniência de aterrizar em Arica e iniciar o trajeto pelo norte. Surgem logo duas coisas novas: interesse expressado a ti por Velazco Alvarado de um possível contato nessa minha viajem; possibilidade de contar com um avião soviético IL-62 de maior raio. Este último permite, se se quer, chegar em vôo direto a Santiago.
"Vai um esquema de trajeto e atividades para que tu acrescentes, suprimas e introduzas as modificações que estimes pertinente.
"Procurei pensar exclusivamente no que possa ser de interesse político sem preocupar-me muito o ritmo ou a intensidade do trabalho, mas fica tudo submetido em absoluto a teus critérios e considerações.
"Desfrutamos muito os êxitos extraordinários de tua viajem a Equador, Colômbia e Peru. Quando teremos em Cuba a oportunidade de emular com equatorianos, colombianos e peruanos no enorme carinho e no calor com que te receberam?"
Naquela viajem, cujo esquema transmiti ao presidente Allende, salvei milagrosamente a vida. Percorri dezenas de quilômetros ante uma multidão enorme, situada ao longo do caminho. A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos organizou três ações para assegurar meu assassinato durante essa viajem. Numa entrevista de imprensa anunciada com anterioridade, havia uma câmara fornecida por uma emissora televisiva da Venezuela equipada com armas automáticas, manejada por mercenários cubanos que com documentos desse país haviam ingressado no Chile. O valor lhes falhou aos que só tinham que apertar o gatilho durante o longo tempo que durou a entrevista e as câmaras me enfocaram. Não queriam correr o risco de morrer. Haviam-me perseguido, ademais, por todo o Chile, onde não me volveram a ter tão próximo e vulnerável. Só pude conhecer os detalhes da covarde ação anos mais tarde. Os serviços especiais dos Estados Unidos haviam chegado mais longe do que podíamos imaginar.
Em 4 de fevereiro de 1972 escrevi a Salvador:
"A delegação militar foi recebida com o maior esmero por todos aqui. As Forças Armadas Revolucionárias dedicaram praticamente todo o seu tempo durante esses dias para atendê-la. Os encontros foram amistosos e humanos. O programa intenso e variado. Minha impressão é que a viajem foi positiva e útil, que existe a possibilidade e é conveniente seguir desenvolvendo estes intercâmbios.
"Com Ariel falei sobre a idéia de tua viajem. Compreendo perfeitamente que o trabalho intenso e o tom da contenda política nas últimas semanas não te tenham permitido considerá-la para a data aproximada em que a mencionamos. É indubitável que não havíamos levado em conta estas eventualidades. De minha parte, aquele dia, véspera de meu regresso, quando jantávamos já de madrugada em tua casa, diante da falta de tempo e da premência das horas, me tranquilizava pensar que relativamente rápido nos voltaríamos a encontrar em Cuba onde íamos dispor a possibilidade de conversar extensamente. Tenho, não obstante, a esperança de que possas considerar a visita para antes de maio. Menciono este mês, porque a mais tardar, desde mediados do mesmo, tenho que realizar a viajem, já impostergável, a Argélia, Guinéa, Bulgária, outros países e a URSS. Esta ampla visita me levará considerável tempo.
"Agradeço-te muito as impressões que me comunicas sobre a situação. Aqui, cada dia mais familiarizados, interessados e afetados emotivamente todos com o processo chileno, seguimos com grande atenção as notícias que chegam daí. Agora podemos compreender melhor o calor e a paixão que deve ter suscitado a revolução cubana nos primeiros tempos. Poderia dizer-se que estamos vivendo nossa própria experiência invertida.
"Em tua carta posso apreciar a magnífica disposição de ânimo, serenidade e valor com que estás disposto a enfrentar as dificuldades. E isso é fundamental em qualquer processo revolucionário, especialmente quando se desenvolve nas condições sumamente complexas e difíceis do Chile. Eu regressei com uma extraordinária impressão da qualidade moral, cultural e humana do Povo Chileno e de sua notável vocação patriótica e revolucionária. A ti te ha correspondido o singular privilégio de ser seu condutor neste momento decisivo da história do Chile e da América, como culminação de toda uma vida de luta, como disseste no estádio, consagrada à causa da revolução e do socialismo. Nenhum obstáculo pode ser invencível. Alguém disse que numa revolução se marcha adiante com 'audacia, audacia e mais audacia'. Eu estou convencido da profunda verdade que este axioma encerra."
Escrevi-lhe de novo ao presidente Allende em 6 de setembro de 1972:
"Com Beatriz te mandei mensagem sobre distintos tópicos. Depois que ela partiu e por motivo das notícias que chegaram semana pasada, decidimos enviar o companheiro Osmany para ratificar-te nossa disposição de colaborar em qualquer sentido, e de tua parte tú podes comunicar-nos através dele tua apreciação da situação e tuas idéias com relação à viajem projetada a este e outros países. O pretexto da viajem de Osmany será inspecionar a Embaixada cubana, ainda que não se lhe dará publicidade alguma. Queremos que sua estadia aí seja muito breve e discreta.
"Os pontos colocados por ti através de Beatriz já se estão cumprindo...
"Ainda que compreendemos as atuais dificuldades do processo chileno, temos a confiança de que vocês encontrarão o modo de vencê-las.
"Podes contar inteiramente com nossa cooperação. Recebe uma saudação fraternal e revolucionária de todos nós."
Em 30 de junho de 1973 enviamos um convite oficial ao presidente Salvador Allende e aos partidos da Unidade Popular para a comemoração do 20º Aniversário do ataque ao Quartel Moncada.
Em carta a parte, lhe digo:
"Salvador:
"O anterior é o convite oficial, formal, para a comemoração do 20º Aniversário. O formidável seria que tu pudesses dar um pulo a Cuba para essa data. Podes imaginar-te o que significaria isso de alegria, satisfação e honra para os cubanos. Sei que isso todavia depende mais que nada de teus trabalhos e da situação aí. Deixamos-lhe por tanto a tua consideração.
"Entretanto estamos sob o impacto da grande vitória revolucionária do dia 29 e do teu brilhante papel pessoal nos acontecimentos. É natural que muitas dificuldades e obstáculos subsistirão mas estou seguro de que esta primeira prova exitosa lhes dará grande alento e consolidará a confiança do povo. Internacionalmente se deu grande destaque aos acontecimentos e se aprecia como um grande triunfo.
"Atuando como o fizeste no 29, a revolução chilena sairá vitoriosa de qualquer prova por dura que seja.
Reitero-te que os cubanos estamos a teu lado e que podes contar com teus fiéis amigos de sempre."
Em 29 de julho de 1973 lhe envio a última carta:
"Querido Salvador:
"Com o pretexto de discutir contigo questões referentes à reunião de países não alinhados, Carlos e Piñeiro realizam uma viajem aí. O objetivo real é informar-se contigo sobre a situação e oferecer-te como sempre nossa disposição de cooperar diante das dificuldades e perigos que obstaculizam e ameaçam o processo. A estadia deles será muito breve porque têm aqui muitas obrigações pendentes e, não sem sacrifício de seus trabalhos, decidimos que fizessem a viajem.
"Vejo que estão agora na delicada questão do diálogo com a D.C. em meio de acontecimentos graves como o brutal assassinato de teu ajudante de ordens naval e a nova greve dos donos de caminhões. Imagino por isso a grande tensão existente e teus desejos de ganhar tempo, melhorar a correlação de forças para o caso de que estoure a luta e, se possível, achar um leito que permita seguir adiante com o processo revolucionário sem contenda civil, ao mesmo tempo que salvar tua responsabilidade histórica pelo que possa ocorrer. Estes são propósitos louváveis. Mas caso a outra parte, cujas intenções reais não estamos em condições de valorar desde aqui, se empenhasse nuna política pérfida e irresponsável exigindo um preço impossível de pagar pela Unidade Popular e a Revolução, o qual é, inclusive, bastante provável, não esqueças por um segundo a formidável força da classe operária chilena e o respaldo enérgico que te ha brindado em todos os momentos difíceis; ela pode, a teu chamado diante da Revolução em perigo, paralisar os golpistas, manter la adesão dos vacilantes, impor suas condições e decidir de uma vez, se é preciso, o destino do Chile. O inimigo deve saber que está alertada e pronta para entrar em ação. Sua força e sua combatividade podem inclinar a balança na capital a teu favor ainda quando outras circunstâncias sejam desfavoráveis.
"Tua decisão de defender o processo com firmeza e com honra até o preço de tua própria vida, que todos te sabem capaz de cumprir, arrastarão a teu lado todas as forças capazes de combater e todos os homens e mulheres dignos do Chile. Teu valor, tua serenidade e tua audácia nesta hora histórica de tua pátria e, sobretudo, tua chefia firme, decidida e heroicamente exercida, constituem a chave da situação.
"Faça saber a Carlos e a Manuel em que podemos cooperar teus leais amigos cubanos.
"Te reitero o carinho e a ilimitada confiança do nosso povo."
Isto o escrevi mês e meio antes do golpe. Os emissários eram Carlos Rafael Rodríguez e Manuel Piñeiro.
Pinochet havia conversado com Carlos Rafael. Havia-lhe simulado uma lealdade e firmeza similares às do general Carlos Prats, Comandante em Chefe do Exército durante parte do governo da Unidade Popular, um militar digno ao que a oligarquia e o imperialismo puseram em total crise, que o obrigou a renunciar ao comando, e foi mais tarde assassinado na Argentina pelos esbirros da DINA, depois do golpe fascista de 1973.
Eu desconfiava de Pinochet desde que li os livros de geopolítica que me presenteou durante minha visita ao Chile e observei seu estilo, suas declarações e os métodos que como Chefe do Exército aplicava quando as provocações da direita obrigavam o presidente Allende a decretar o estado de sitio em Santiago do Chile. Recordava o que advertiu Marx no 18 Brumário.
Muitos chefes militares do exército nas regiões e seus estados maiores queriam conversar comigo em qualquer parte que chegava, e mostraram notável interesse pelos temas da nossa guerra de libertação e as experiências da Crise de Outubro de 1962. As reuniões duravam horas nas madrugadas, que era o único tempo livre para mim. Eu acedia para ajudar Allende, inculcando-lhes a idéia de que o socialismo não era inimigo dos institutos armados. Pinochet, como chefe militar, não foi uma exceção. Allende considerava úteis estes encontros.
Em 11 de setembro de 1973 morre heroicamente defendendo o Palácio da Moeda. Combateu como um leão até o último alento.
Os revolucionários que resistiram alí à investida fascista contaram coisas fabulosas sobre os momentos finais. As versões nem sempre coincidiam, porque lutavam em diferentes pontos do Palácio. Ademais, alguns de seus mais próximos colaboradores morreram, ou foram assassinados depois do duro e desigual combate.
A diferença dos testemunhos consistia em que uns afirmavam que os últimos disparos os fez contra si mesmo para não cair prisioneiro, e outros que sua morte sobreveio por fogo inimigo. O Palácio ardia atacado por tanques e aviões para consumar um golpe que consideravam trâmite fácil e sem resistência. Não há contradição alguma entre ambas formas de cumprir o dever. Em nossas guerras da independência houve mais de um exemplo de combatentes ilustres que, quando já não havia defesa possível, se privaram da vida antes de cair prisioneiros.
Há muito que dizer ainda sobre o que estivemos dispostos a fazer por Allende, alguns o escreveram. Não é o objetivo destas linhas.
Hoje se cumpre um século de seu nascimento. Seu exemplo perdurará.
Fidel Castro Ruz, 26 de Junho de 2008.
[ENADE] Documentos para melhor informar sobre o ENADE
LEI No 10.861, DE 14 DE ABRIL DE 2004
Dados e informações gerais (INEP)
Emendas que deu origem ao ENADE (quando o SINAES tramitava na Câmara)
Bases para uma nova proposta de avaliação da educação superior (Agosto de 2003)
Projeto de Lei que dispõe sobre gestão democrática e avaliação da educação superior (proposta do ANDES-SN)
Ciladas da avaliação de desempenho: o ENADE em questão
10 de set. de 2008
[CALCS] Reunião com a Coordenação do Curso 09/09/08 (Sobre as viagens acadêmicas)
Conversei (enquanto membro do CA e responsável pela viagem ao ERECS), como haviamos encaminhado... Lamentando a ausência do nosso companheiro gusta (responsável pela viagem ao ENECS) ontem (durante a noite) com MARISOL a respeito da coerência ética e política nossa, enquanto estudantes de uma universidade federal, pública e gratuita, e enquanto Coordenadora do Curso e funcionária publica...
proposta tirada nessa reunião.
COMO FORMA DE CO-RESPONSABILIZAR CADA UM DOS ESTUDANTES QUE ESTARÃO SE PROPONDO A VIAJAR, TIRANDO O PESO DO ESTUDANTE PROPONENTE DA VIAGEM - JÁ QUE A PRAE SOLICITA O NOME DE UM - E DO PROFESSOR RESPONSÁVEL... UMA LISTA COM NOME, RG, NÚMERO DE MATRÍCULA E ASSINATURA DE CADA UM DOS ESTUDANTES SE COMPROMETENDO...
FICAMOS DE ELABORAR O CONTEÚDO DESSE DOCUMENTO... [OS ORGANIZADORES DO ONIBUS] SENDO O OBJETIVO FORMAL, DESTE DOCUMENTO, É PARA CASO HAJA ALGUM PROBLEMA, TODOS SÃO RESPONSÁVEIS LEGAIS (AFINAL OFICIALMENTE TODOS SÃO MAIORES DE IDADE OU QUASE, APESAR QUE NEM SEMPRE ISTO SE MANIFESTA NAS AÇÕES)!!! TEMOS QUE ENTREGAR ANTES DA VIAGEM À MARISOL...
Essa foi a forma encontrada de não reduzir drasticamente o numero de alunos, já que é mais fácil e barato conseguir um ônibus do que passagem para todos... E o objetivo é viabilizar a ida dos estudantes INTERESSADOS... e não é pela falta (ou absurda) coerência de alguns (que facilmente estão dispostos a criticar... mas na hora de construir ou minimamente respeitar o espaço coletivo, o diferente, a liberdade de expressão coletiva, o dinheiro público etc. agem como se estivem em casa e a universidade fosse seu quintal privado!
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Ficou encaminhado uma passagem de sala para a próxima semana? DIVULGAR ANPOCS, CALENDÁRIO DO FINAL DO SEMESTRAL DO CALCS... ENADE, assembléia, SEMANA DE SOCIAIS 2009...
perdoem-me pelo ronco de hoje à tarde.
E dizer que apesar do quorum não muito elevado hoje na atividade sobre PESQUISA e EXTENSÃO pela tarde na IV Semana... o Conteúdo foi extremamente rico... Espaços de debates assim são extremamente instigadores... Amanhã tem MAIS!!!!
[Textos] Em defesa do Serviço Público e Contra o projeto das Fundações Estatais de Direito Privado
Of.Circ. 028/Dir/SINTUFSC/08 Florianópolis, 10 de setembro de 2008.
Da: Coordenação Geral do Sintufsc
Para: Entidades em Defesa do Serviço Público.
REUNIÃO DE ENTIDADES
EM DEFESA DO SERVIÇO PÚBLICO E CONTRA O PROJETO DAS FUNDAÇÕES ESTATAIS DE DIREITO PRIVADO
Convidamos esta entidade a participar de reunião no dia 11 de setembro, 5ª feira próxima, às 9 horas, na sede da APUFSC, para articular as lutas em defesa do serviço público e contra as privatizações. Tal tarefa se impõe com extrema urgência devido à tramitação do PL 92/2007, que institui no serviço público as Fundações Estatais de Direito Privado. Proposta pelo governo federal, o Projeto foi aprovado no início deste mês na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal, e está prestes a ir a votação no Plenário da Casa.
Segundo o texto do Projeto, as áreas do serviço público mais vitais para a população - saúde, educação, pesquisa, cultura, desporto, ciência e tecnologia, meio ambiente, previdência complementar, comunicação social, turismo e assistência social - passam a ser geridas por Fundações Estatais de Direito Privado. Assim, o poder público se exime da responsabilidade de manter instituições como hospitais, universidades, escolas, postos de saúde, etc. A maior prejudicada será a população trabalhadora, dependente de bons serviços públicos. Os futuros contratos de trabalho serão precários: regidos pela CLT, com salários e direitos reduzidos.
Em nível estadual, está em curso processo semelhante de privatização do HEMOSC e do CEPON, através de sua transformação em Organização Social.
Contamos com a presença de todas as entidades e movimentos sociais comprometidas com as lutas populares. A luta contra os projetos de desmonte do serviço público se faz mais do que nunca urgente e necessária.
Atenciosamente,
COORDENAÇÃO DO SINTUFSC
9 de set. de 2008
[Textos] Manobras, trapaças e coação para desmembrar a base do ANDES-SN
Quando não é a criminalização direta são outros os subterfúgios , mas os objetivos finais são os mesmos : desorganizar o povo e liquidar com nossos direitos!!!
Leiam com atenção!!!!!
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A FARSA CUTISTA DE 6 DE SETEMBRO E A DEFESA DO ANDES-SN
Num auditório com menos de cem lugares, no interior da sede da CUT, em São Paulo, com seguranças na entrada impedindo acesso da imprensa, constrangendo os docentes com desrespeitosa revista, fazendo a retenção de celulares e máquinas fotográficas, além de um simulacro de credenciamento feito um a um e apenas por uma pessoa, o que permitiu credenciar apenas 7 docentes em 45 minutos, teve lugar a farsa previamente anunciada: a encenação da criação de uma nova entidade sindical para representar os professores do ensino superior público federal (Universidades Federais).
Declarados pela mesa os 115 votos dos atores presentes, cuja vinculação a instituições federais de ensino superior demanda comprovação, e os 485 votos por procuração, nem sequer disponíveis na mesa e não previstos no edital, proclamou-se criada a forjada entidade. Foi eleita uma diretoria provisória e aprovado um estatuto, e tudo isto em apenas 15 minutos, para a perplexidade de alguns dos presentes contrários à proposta que conseguiram passar pelo credenciamento.
Impedidos de entrar, permaneceram em reunião assemblear defronte ao bunker cutista os mais de 200 professores de 36 instituições federais de educação superior filiados ao ANDES-SN que ali se encontravam, com contracheques na mão, para se contrapor à desqualificada iniciativa, mobilizados na defesa da entidade que, criada em 1981 como Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior – ANDES e, em 1988, transformada, por decisão democrática de seus associados, em congresso público realizado no Rio de Janeiro, após decisões de assembléias também públicas em todo o país, em Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, passando este a ser o legítimo representante dos docentes de todas instituições brasileiras de ensino superior.
O ANDES-SN sempre se orientou pela luta em defesa da valorização do trabalho docente e da universidade pública, gratuita, autônoma, democrática, laica e de qualidade socialmente referenciada. Mais do que isso, a partir da compreensão política da necessidade concreta de articular suas lutas com as lutas do conjunto da classe trabalhadora, sempre se pautou pela preocupação de jamais apartar a universidade, o trabalho acadêmico e a atividade política e sindical da dura realidade social em que estamos inseridos.
Essa postura permitiu desenvolver um pensamento e uma prática historicamente determinada pela realidade social e pela necessidade de sua transformação. Por tudo isso, o ANDES-SN sempre formulou suas propostas para a universidade e para a educação em geral a partir dos problemas vivenciados pela imensa maioria dos trabalhadores, orientando-se pela perspectiva histórica da construção de uma sociedade sem exploradores nem explorados.
Conforme divulgado pelo Sindicato Nacional em dossiê de 2004, na iniciativa que conduziu à presente encenação, teve protagonismo o governo e um grupo de docentes que perdeu as eleições do ANDES-SN naquele ano, de acordo com os documentos produzidos na reunião havida na ocasião entre aqueles docentes e os então Ministro da Educação, Tarso Genro, e Secretário Executivo do MEC, Fernando Haddad. É esse mesmo grupo de docentes que agora, à portas fechadas, pretende se legitimar na direção de um novo sindicato.
Nesse jogo em que, para garantir a cooptação e a domesticação dos movimentos sociais e dos sindicatos, vale tudo e em que ao braço sindical do governo tudo vale na perspectiva de abocanhar os recursos do imposto sindical para as recém-legalizadas centrais sindicais, os fins justificam os meios, e não há qualquer disfarce para a encenação feita: convoca-se uma assembléia que não corresponde ao coroamento de um processo democrático discutido na base da categoria a qual pretende representar, tendo como local um Estado onde justamente existem poucas universidades federais, indicando que se quer tomar uma decisão sem a efetiva participação da categoria e para a sede de uma central sindical agora alinhada com o governo e parceira de ataques ao sindicalismo independente e combativo.
É nesse cenário que convocamos todos à luta em defesa do ANDES-SN de seu patrimônio político construído pelos docentes brasileiros. Não permitiremos sua destruição por aqueles que se submetem incondicionalmente a um governo que se apresenta perante o grande capital como a garantia de que não haverá resistência dos trabalhadores à plena implementação de sua agenda política conservadora.
Não desistiremos da luta em defesa da educação pública superior, dos direitos da categoria e da sociedade, da ação sindical independente do Estado, dos governos, autônoma em relação aos partidos políticos e comprometida com procedimentos democráticos deliberados de modo público pela categoria. Protagonizaremos a luta em defesa da universidade pública, dos docentes, da nossa entidade, dos nossos princípios e da nossa história!
Brasília, 8 de setembro de 2008
Diretoria do ANDES-SN
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Roberto Leher
Como se fosse um ato burocrático e corriqueiro, um pequeno (mas capitalizado) grupo de professores, desconhecidos da imensa maioria de docentes que compõe as universidades federais, publicou em alguns jornais um edital convocando uma Assembléia de transformação da ONG que assessora o MEC em um "sindicato". Se vivêssemos em um contexto jurídico de pluralismo sindical, infelizmente inexistente em virtude de dispositivo constitucional, a iniciativa estaria circunscrita ao debate político na base e dado a forma de convocatória passaria despercebido. Mas a convocação para que a referida assembléia ocorresse na sede nacional da CUT em São Paulo, um dos estados com menor número de universidades federais (a única da capital reafirma que o Andes-SN é sua entidade legítima), atesta que o objetivo é de outra magnitude e que, a despeito das aparências, os seus verdadeiros proponentes são outros: a CUT, a ONG que assessora o MEC no campo sindical e o próprio governo federal que atribui a uma chapa derrotada na eleição para o Andes-SN o status de entidade sindical.
O histórico dessa ONG que assessora o MEC permite confirmar que esse "sindicato" está sendo criado para oferecer ao MEC uma casamata nas universidades em defesa dos projetos governamentais. Para a CUT, interessa a sua criação, pois, além de contribuir para o propósito da Central de enquadrar os sindicatos na condição de correias de transmissão do governo, abre caminho no serviço público para o recolhimento compulsório do imposto sindical atualmente não efetivado pelas entidades sindicais democráticas que recusam o sindicalismo atrelado ao Estado. Tanto para o governo, como para a CUT, pelos mesmos motivos, importa modificar a natureza da intervenção dos professores das grandes causas da educação brasileira para uma ação sindical estritamente econômico-corporativa. Não casualmente, três horas após a citada assembléia, a Agência Brasil de Comunicação, subordinada à Secretaria de Comunicação do Governo Federal, noticiava a criação do sindicato em tom ufanista, acusando o Andes-SN de partidarismo.
Não é possível explicar o suporte econômico a esse grupo e o seu acesso aos gabinetes e meios de comunicação governamentais sem considerar os vasos comunicantes entre o governo e a CUT. A simbiose da Central com o governo e com o Estado foi nutrida pelas verbas do Fundo de Amparo ao Trabalhador ao longo da última década. Com a eleição de Lula da Silva, a interdependência é tão estreita que um presidente da CUT "dormiu" dirigente sindical e "acordou" ministro do trabalho para fazer uma reforma trabalhista que "flexibilizaria" o trabalho e que, até alguns anos atrás, a CUT rejeitava peremptoriamente. Abandonado o princípio axial da autonomia que levou os sindicatos combativos e classistas a lutarem pela criação da Central, os seus dirigentes já não têm constrangimento em defender a unicidade e o imposto sindical nos velhos moldes do sindicalismo-de-Estado estudado por Evaristo de Moraes Filho.
A congruência de objetivos e formas de agir do Proifes-CUT não poderia ser diferente, pois a Central vem assessorando o grupo de professores que está a frente desse processo desde a única eleição para o Andes-SN em que foram vitoriosos em 1998 e, notadamente, nas sucessivas eleições em que foram derrotados após o campo autônomo e democrático derrotá-lo em 2000, ao final do único mandato em que estiveram a frente do Andes-SN. Provavelmente foi a CUT quem indicou que, não podendo vencer o pleito direto e democrático para a direção do Sindicato Nacional, a alternativa seria promover o desmembramento do Andes-SN, criando um sindicato que apartaria os docentes das IFES das demais universidades.
Os piores temores sobre como seria realizada a Assembléia foram confirmados. O esquema de segurança diante da sede da CUT e o aparato para "legitimar" a fraude constituída poderiam ser o cenário de "Hoffa - Um Homem, Uma Lenda", de 1992, dirigido por Danny De Vito e protagonizado por Jack Nicholson. Não pela impetuosidade de Jimmy Hoffa que fez do sindicato dos caminhoneiros uma organização poderosa ao reunir no Teamsters quase todos os caminhoneiros do país, mas pelo uso da violência, de golpes e trapaças contra os seus adversários.
O edital de convocação da Assembléia estabelecia o início das atividades para as 15h. Desde meio-dia, professores contrários ao desmembramento do Andes-SN constataram que os portões estavam fechados e, quando um grande número de docentes chegou à sede da CUT, após 14h, o aparato de segurança estava montado. Três linhas de segurança impediam o livre acesso dos mais de 200 docentes de 36 universidades que desejavam se manifestar contra o desmembramento do Andes-SN.
A trapaça para fraudar a democracia e impedir o acesso dos docentes foi feita de modo aberto. Os seguranças somente deixavam entrar um professor por vez. Após passar pela primeira barreira dos seguranças, o professor era conduzido à única mesa de credenciamento para preencher um cadastro (tendo que comprovar seu vínculo com uma universidade federal) e, a seguir, encaminhado à outra mesa para assinar o livro de presença e ser submetido à minuciosa revista corporal. Máquinas fotográficas, filmadoras, celulares e gravadores foram apreendidos: não poderia haver provas do que se passaria na AG. Somente após essas coerções é que o professor poderia se dirigir a um auditório com pouco mais que 100 lugares (embora a base das IFES ultrapasse 50 mil docentes). Entre a entrada e a liberação da revista, 10 minutos se passavam. Somente após este périplo o segurança deixava o próximo professor entrar na sede da CUT. Para que todos pudessem entrar, no ritmo imposto pela organização, seriam necessários 3h e 30 min. Enquanto os docentes contrários teriam que entrar a conta-gotas, o aparato já havia sido acionado e o complexo processo de deliberação de criação do sindicato, do estatuto e da nova diretoria foi feito em exóticos 15 minutos. As 15h15min tudo estava deliberado.
Os professores que puderam acompanhar o que se passou na AG relatam outras situações fraudulentas. Embora não previsto em Edital (e o fato de ser uma situação inusitada, pois obviamente permeável a fraudes), surgiram votos por procuração que somaram um total de 485. Segundo a mesa que presidia os trabalhos, os docentes efetivamente presentes totalizaram 115 professores, situação que não podia ser comprovada, pois havia diversos representantes da diretoria da CUT, entre os quais o Secretário João Felício e Julio Turra, bem como da CONTEE, entre outros, e, como já salientado, o auditório da sede da CUT não comporta mais de 100 pessoas. Detalhe: nenhum documento foi apresentado pelos que informavam os votos dos quais eram portadores. Eis o porquê da apreensão de câmaras, filmadoras e celulares.
Em contraste com essas práticas antidemocráticas, o ANDES-SN construiu sua legitimidade em um intenso e longo processo histórico. Nascido a partir da criação das associações de docentes em meados dos anos 1970, fazendo frente ao AI-5 e ao decreto 477, as associações foram um meio de luta em defesa da autonomia da universidade e de sua democratização. Ainda no contexto da ditadura empresarial-militar, as associações docentes se reuniram em uma Associação Nacional de Docentes em 1981, quando surgiu a Andes. Atuando com outras entidades, como a OAB e de outras categorias do serviço público, a Andes se empenhou na luta em defesa do direito a sindicalização dos servidores públicos, afinal conquistada na Carta de 1988. A transformação da ANDES em Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior demandou debates públicos, eleição de delegados em todas as instituições que faziam parte da ANDES, em número proporcional ao tamanho da base em cada instituição, em um processo que demorou pouco mais de dois anos. Em contraposição, o pretenso sindicato foi convocado por um edital firmado por um grupo de docentes reunidos em uma ONG sem qualquer debate de base.
Não é preciso ser um estudioso do Direito para saber que os procedimentos adotados pela CUT para o desmembramento do ANDES-SN são ilegais e ilegítimos. Certamente, haverá pronunciamento da justiça nesse sentido, mas não é possível ignorar que os interesses governamentais em torno desse processo se farão sentir, tanto pela referida simbiose CUT- governo, como pelo interesse de silenciar o ANDES-SN. Aqui reside a gravidade dos acontecimentos. Se não fosse pelos nexos com o aparato governamental, estaríamos diante de um ato de violência, fraude e trapaças sindicais. Mas é muito mais do que isso.
A seqüência dos acontecimentos é impressionante. A partir de questionamentos sem outras motivações que não o recolhimento do imposto sindical, alguns SINPROS objetaram a representação do ANDES-SN nas instituições privadas. Essas contendas existiam desde o final dos anos 1990, mas somente no governo Lula da Silva motivaram a suspensão do registro sindical do Andes-SN. A seguir, o Ministério do Trabalho edita portaria exigindo o recadastramento das entidades representativas dos trabalhadores do serviço público para fins da manutenção do processo de recolhimento das contribuições voluntárias de seus sindicalizados por meio da folha de pagamento, como acontece desde os anos 1980. Mas condicionam o recolhimento das contribuições ao registro sindical. Coincidência? A seguir, o mesmo ministério edita nova Portaria (186), "flexibilizando" o desmembramento de sindicatos e atribuindo ao governo o poder de escolher quem tem a representatividade.
Os nexos são evidentes. É a maior intervenção governamental nos sindicatos desde a ditadura empresarial-militar. Mas diferente de então, agora isso é operado em conluio com as maiores centrais sindicais do país. Nesse caso, a constituição do feixe sindicato-governo-trabalhadores-patrões que caracterizaram o fascismo não é somente uma analogia vazia: é o ovo da serpente que ameaça a democracia no país.
A reação do Andes-SN está referenciada em uma estratégia que tem como esteio a legitimidade de sua história. Existem batalhas jurídicas, de ordem tática, importantíssimas. A ilegalidade de tudo o que aconteceu até o momento é tão evidente que prevalecerá um posicionamento positivo ao Andes-SN. Mas uma ofensiva de tal envergadura somente pode ser respondida à altura pelas ações políticas. O diálogo verdadeiro com o conjunto dos docentes das IFES, esclarecendo o que está em curso, tem de fazer parte do núcleo sólido de todo esse processo. A energia criadora do movimento estudantil autônomo, o apoio da intelectualidade crítica, das entidades democráticas, das instituições universitárias, por meio de seus colegiados, tudo isso tem de ser feito com tal força e verdade que incendiará a indignação ativa dos docentes que saberão, nas palavras e nos gestos, defender a sua entidade construída ao longo de quase três décadas, lado a lado com as entidades democráticas que reconhecem o Andes-SN como um dos pilares da causa da educação pública no país.
Roberto Leher foi presidente do ANDES-SN e é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ - e do Laboratório de Políticas Públicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ.
http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/analise/manobras-trapacas-e-coacao-para-desmembrar-a-base-dos-andes-sn