COMO CARREIROS DE FORMIGAS
A luz do dia trouxe toda uma vida nova para aquela gente que sonhava com coisas maravilhosas como canteiros vicejantes e sorriam de esperança, e enquanto as mulheres cuidavam das crianças sob os toldos improvisados, homens velhos e homens novos, sem temor da chuva intensa que não parava, andavam pelo descampado e pelo mato ralo como se fossem carreiros de formigas, e seus certeiros golpes de facão cortavam as árvores finas que seriam os esteios das suas casas, e eles se ajudavam em grupos, e esqueletos de moradias que seriam cobertas de lona cresciam por toda a parte, e logo havia muitas, muitas casas novas, e toda uma cidade de lonas de plástico nascia ao mesmo tempo.
Depois de mais de quatro horas sem dar sossego a ninguém, de repente a chuva foi ficando fina, virou garoa... quando nos demos conta, havia parado! E os carreiros de formiga continuavam por todos os lados, e agora se traziam colchões, panelas, fogões antigos, ursos de pelúcia meio estraçalhados, baldes de plástico sem alça, trouxas de roupas – esperara-se a chuva acalmar para se descarregar ônibus e caminhões – e os carreiros de formiga faziam novas casas e mobiliavam as velhas, e mesmo estando o solo encharcado, as casas iam sendo organizadas, e
também se organizou uma assembléia para se decidir e se informar coisas sobre a posse da terra, e falou-se da terra que era fértil e não era de nenhum fazendeiro, o que afastava a possibilidade de jagunços, e como havia risos e sonhos, e vontade de trabalhar naquela gente que passara a noite sem dormir! Devia ser umas nove da manhã, o que quer dizer que faltavam sete horas para os canhões e os tanques, como se ali fosse a Palestina, ou o Iraque, ou o Afeganistão...
E os carreiros de formiga continuaram andando e carregando, e como era grande a Esperança!
A luz do dia trouxe toda uma vida nova para aquela gente que sonhava com coisas maravilhosas como canteiros vicejantes e sorriam de esperança, e enquanto as mulheres cuidavam das crianças sob os toldos improvisados, homens velhos e homens novos, sem temor da chuva intensa que não parava, andavam pelo descampado e pelo mato ralo como se fossem carreiros de formigas, e seus certeiros golpes de facão cortavam as árvores finas que seriam os esteios das suas casas, e eles se ajudavam em grupos, e esqueletos de moradias que seriam cobertas de lona cresciam por toda a parte, e logo havia muitas, muitas casas novas, e toda uma cidade de lonas de plástico nascia ao mesmo tempo.
Depois de mais de quatro horas sem dar sossego a ninguém, de repente a chuva foi ficando fina, virou garoa... quando nos demos conta, havia parado! E os carreiros de formiga continuavam por todos os lados, e agora se traziam colchões, panelas, fogões antigos, ursos de pelúcia meio estraçalhados, baldes de plástico sem alça, trouxas de roupas – esperara-se a chuva acalmar para se descarregar ônibus e caminhões – e os carreiros de formiga faziam novas casas e mobiliavam as velhas, e mesmo estando o solo encharcado, as casas iam sendo organizadas, e
também se organizou uma assembléia para se decidir e se informar coisas sobre a posse da terra, e falou-se da terra que era fértil e não era de nenhum fazendeiro, o que afastava a possibilidade de jagunços, e como havia risos e sonhos, e vontade de trabalhar naquela gente que passara a noite sem dormir! Devia ser umas nove da manhã, o que quer dizer que faltavam sete horas para os canhões e os tanques, como se ali fosse a Palestina, ou o Iraque, ou o Afeganistão...
E os carreiros de formiga continuaram andando e carregando, e como era grande a Esperança!
Nenhum comentário:
Postar um comentário